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ACHADOS VIDEOFLUOROSCÓPICOS DA DEGLUTIÇÃO EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS COM QUEIXA DE TOSSE.
Apresentador : Helena Assef Guarino (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Autor(es) / Coautor(es) : Helena Assef Guarino, Nathalia Zambotti, Tereza Loffredo Bilton


Introdução: Com o avançar da idade alterações fisiológicas ocorrem no processo de deglutição. Dentre as modificações destacam-se: mudança no movimento mastigatório devido ao uso de prótese dentária; ingestão de menor volume de alimento; manipulação lenta do bolo alimentar; retardo de esvaziamento esofágico e presença de contrações terciárias. Já os principais sinais clínicos da disfagia são: engasgo, febre, secreção alta, infecção pulmonar e tosse durante ou após a ingestão do alimento O envelhecimento fisiológico não é, isoladamente, uma causa de disfagia, mas pode causar maior vulnerabilidade para os distúrbios da deglutição. Um aspecto relevante na avaliação da deglutição do idoso é que uma mesma queixa pode representar mais de uma alteração e a avaliação por imagem permite delimitar o local, a função ou a fase da deglutição que está alterada. A videofluoroscopia da deglutição é utilizada para observar todo o dinamismo da deglutição nas diversas consistências: líquida fina e engrossada, pastosa e sólida desde a entrada do alimento na boca até a chegada ao estômago. Objetivo: Descrever as alterações da deglutição que podem provocar a queixa de tosse em adultos e idosos através da videofluoroscopia. Método: Foram analisados os exames de videofluoroscopia da deglutição realizadas no Centro de Medicina Diagnóstica Fleury gravados em fita VHS. As queixas clínicas foram levantadas a partir da aplicação de uma anamnese e foram analisadas somente as queixas de tosse. O Método Estatístico que utilizado nesse estudo foi o teste de qui-quadrado, Resultados: Foram levantadas e selecionadas 119 anamneses de pacientes a partir de 40 anos com queixa de tosse e/ou engasgo. Foram analisados, então, os achados videofluoroscópicos, gravados em fita VHS, destes pacientes. Foram encontradas alterações relacionadas com a queixa principal em todas as fases da deglutição, observando maior alteração na faixa etária de 80 anos e mais, condizendo com as afirmações que os idosos sofrem mudanças importantes no processo de deglutição. Houve uma prevalência de alterações da fase esofágica em todas as faixas etárias, mesmo sendo a tosse e o engasgo queixas altas. No entanto, a partir dos 80 anos a prevalência muda e a quantidade de alterações da fase esofágica fica parecida com a quantidade de alterações da fase faríngea. Observando esses dados percebe-se que na medida em que a pessoa envelhece, a fase faríngea da deglutição sofre mudanças significativas. Dentre todas as alterações encontradas nesse estudo o refluxo gastroesofágico é o mais prevalente, seguido pela hérnia hiatal e pela aspiração laringotraqueal. Conclusão: Os dados encontrados apontam que é fundamental avaliarmos corretamente as três fases da deglutição. O tratamento para as alterações encontradas é variado, podendo ser cirúrgico ou medicamento, além de ser fundamental a terapia fonoaudiológica em casos de alterações orofaríngeas. A atuação do fonoaudiólogo no tratamento é importante para que a alimentação seja mantida de forma saudável e os sinais de tosse sejam eliminados. O fonoaudiólogo pode orientar quanto à proteção das vias respiratórias e promover treinamento específico para evitar atrofia e incoordenação muscular da deglutição.


Dados de publicação
Página(s) : p.381
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa