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TIMPANOMETRIA COM TOM PROVA DE 226HZ E 1000HZ EM UM GRUPO DE LACTENTES
Apresentador : Michele Picanço do Carmo (PUC-SP)
Autor(es) / Coautor(es) : Michele Picanço do Carmo, Doris Ruthi Lewis


Introdução: Para o diagnóstico audiológico de neonatos e lactentes são necessárias avaliações comportamentais, eletrofisiológicas e eletroacústicas, entre as quais destacam-se as Medidas de Imitância Acústica. A Timpanometria avalia as condições da orelha média (OM), ou seja, da cadeia tímpano-ossicular. As alterações da orelha média são as mais comuns em lactentes e crianças e podem passar despercebidas nas triagens audiométricas. Para Margolis e Hunter (2001) e Baldwin (2006) em orelhas de neonatos com patologia de orelha média confirmada, os timpanogramas obtidos com sonda de freqüência de 226Hz não são fidedignamente diferentes dos obtidos em orelhas normais e por estas razões, este tipo de timpanometria não é um teste efetivo para detectar tais patologias em recém-nascidos. A atual recomendação da American Speech-Language-Hearing Association (ASHA, 2007) é que seja usada timpanometria com sonda de 1000Hz na avaliação audiológica de lactentes até seis meses.Objetivo: Descrever os achados da timpanometria com tom prova de 226 e 1000Hz em um grupo de lactentes até seis meses de idade.Método: Participaram da pesquisa 19 neonatos (38 orelhas), 10 do sexo masculino e 9 do sexo feminino com indicadores de risco para deficiência auditiva segundo os critérios do Joint Committee on Infant Hearing (2007). Os neonatos foram submetidos à triagem auditiva neonatal com equipamento automático de Emissões Otoacústicas (EOA) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) à 35dBNA e à Timpanometria na modalidade de admitância com freqüência de tom prova de 226 e 1000Hz. Para a freqüência de 226Hz as curvas timpanométricas foram classificadas em A, B, C e Pico Duplo (PD) e na freqüência de 1000Hz foram classificadas em A, Assimétrica (AS), Pico Invertido (PI) e Pico Duplo (PD). Resultados: A idade no momento do teste variou entre 13 dias e 6 meses. Com sonda de 226Hz foram encontradas 17 curvas tipo A, 14 tipo PD e 7 curvas tipo B. Com sonda de 1000Hz foram encontradas 13 curvas tipo AS e 25 tipo A. O PEATE estava ausente em apenas 1 orelha e as EOA ausentes em 3 orelhas e estas apresentaram curva tipo B com sonda de 226Hz e tipo AS com sonda de 1000Hz. Ao se comparar os resultados encontrados com as duas sondas, observa-se que das 7 curvas classificadas como tipo B com sonda de 226Hz, 6 foram classificadas como tipo AS com 1000Hz; das curvas classificadas como tipo A com sonda de 226Hz, 9 foram classificadas como tipo A, 1 tipo PD e 7 como tipo AS com sonda de 1000Hz; e das classificadas como PD em 226Hz, todas foram classificadas como tipo A em 1000Hz.Conclusão: Foram encontrados tipos de curvas que diferem do modelo descrito por Jerger (1970). Com sonda de 1000Hz houve maior ocorrência de curva tipo A e com sonda de 226Hz houve equilíbrio entre os tipos A e pico duplo. O tom prova de 1000Hz mostrou-se melhor para caracterizar as curvas normais, o que reafirma que esta deve ser a freqüência de escolha para a população abaixo de 6 meses.


Dados de publicação
Página(s) : p.1257
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa