Notice: Undefined variable: titulacao in /home/sbfa/domains/sbfa.org.br/public_html/portal/anais2008/anais_select.php on line 156
 
A DISFAGIA APóS A CIRURGIA DA COLUNA CERVICAL POR ACESSO ANTERIOR
Apresentador : Tatiana Magalhães de Almeida (Instituto Central - HCFMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Tatiana Magalhães de Almeida, Aline Rodrigues Padovani, Suelly Cecília Olivan Limongi, Claudia Regina Furquim de Andrade


Introdução: A cirurgia de coluna cervical por acesso anterior tem sido comumente utilizada no tratamento das patologias da coluna cervical. No entanto, a realização desse procedimento cirúrgico pode trazer algumas complicações, entre elas as disfagias orofaríngeas e esofágicas. Objetivo: O objetivo desse estudo foi determinar, por meio de revisão bibliográfica, a relação entre a cirurgia da coluna cervical por acesso anterior e os seguintes aspectos da disfagia pós-cirúrgica: incidência, etiologias, fatores de riscos associados, duração, gravidade, sintomas, sinais, métodos de avaliação e tratamentos. Método: Realizou-se uma revisão de artigos publicados entre janeiro de 1997 e agosto de 2007, referentes à cirurgia da coluna cervical por acesso anterior e a relação desta com a disfagia orofaríngea e esofágica. As seleções dos artigos foram realizadas por meio das bases de dados PubMed/Medline, utilizando-se as palavras-chave anterior cervical surgery e dysphagia. Foram encontrados noventa e um artigos, entre os quais apenas vinte e dois encaixaram-se nos critérios de inclusão e exclusão. Resultados e discussão: Foram analisados os seguintes aspectos da disfagia após cirurgia de coluna cervical por acesso anterior: Incidência: mostrou-se bastante variável, de 2% a 67%, conforme os diferentes autores. As discrepâncias nos valores foram justificadas em alguns estudos. Métodos de avaliação: avaliações subjetivas, clínicas e objetivas. Duração: disfagia transitória ou permanente. Fatores etiológicos: lesões do nervo laringeo recorrente; lesões do nervo laringeo superior, do hipoglosso e também do glossofaríngeo, deslocamento do enxerto ósseo, das placas e parafusos, hematomas e edemas locais, perfurações da faringe e do esôfago, fístulas faringocutâneas, abscessos e coleção de fluidos retrofaríngeos. Sintomas e sinais: muito heterogêneos, variando conforme a metodologia do estudo. Os principais sintomas descritos foram: dificuldade de deglutição com todas as consistências, dificuldade de deglutição de saliva, odinofagia e sensação de alimento parado na garganta. Os sinais da avaliação objetiva mais freqüentemente observados foram: redução da abertura no esfíncter esofágico superior e da motilidade faríngea, movimentação ineficiente da epiglote, elevação laríngea reduzida, resíduos em valéculas e seios piriformes, redução da força propulsora de língua e penetração e/ou aspiração. Entre os sinais da avaliação clínica, foram observados pigarro, tosse após a deglutição, voz molhada e deglutições múltiplas. Gravidade: Disfagia leve, disfagia moderada e disfagia grave. Fatores de riscos: Fatores como o sexo, idade, variedade cirúrgica entre outros foram significantes para o desenvolvimento da disfagia em alguns estudos e em outros não. Tratamentos: Os tratamentos descritos incluíram terapia fonoaudiológica, miotomia do cricofaríngeo, uso de antibióticos, remoção dos implantes deslocados e drenagens de abscessos. Conclusão: A incidência da disfagia após cirurgia de coluna cervical por acesso anterior tem sido freqüentemente relacionada na literatura com a presença da disfagia. Entretanto, observam-se achados heterogêneos e divergências na discussão dos resultados. Mais pesquisas nesta área são necessárias.


Dados de publicação
Página(s) : p.162
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa