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FONOAUDIOLOGIA E AS AçõES DE MATRICIAMENTO: UM ESTUDO EM DOIS MUNICíPIOS DA CIDADE DE SãO PAULO
Apresentador : Luana Almeida Magalhães (PUC-SP)
Autor(es) / Coautor(es) : Luana Almeida Magalhães, Daniella Sampaio Zorzi, Flávia Cardoso, Mariana Fernandes Campos, Silvia Daniella Reis Guedes, Vera Lúcia Ferreira Mendes


Introdução: O matriciamento surge como proposta para integrar serviços das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e das URs (Unidades de Referência), a fim de garantir a integralidade das ações de saúde e favorecer a construção de uma rede de cuidados. Além do apoio e retaguarda clínico/diagnóstica de demandas especializada em saúde, a aposta do matriciamento é gerar momentos relacionais e de conversação entre profissionais e equipes, estabelecendo trocas de saberes e a invenção de novos dispositivos de cuidado a partir da implicação de usuários, profissionais e gestores na implementação de uma nova lógica de serviços e práticas de saúde, baseada na trasndisciplinariedade e na produção de redes de trabalho em saúde que sejam capazes de: acolher e responder as necessidades de saúde da população, fortalecer o trabalho em equipe, promover ações intersetoriais e otimizar recursos institucionais e comunitários. Objetivo: Analisar a operacionalização, potencialidades e limites da proposta de matriciamento, a partir das experiências desenvolvidas em uma micro-região da Zona Leste de São Paulo (1) e no Distrito de Saúde Sul da cidade de Campinas (2). Método: Analisar os princípios e diretrizes da proposta de matriciamento, ações e produtos, considerando as diferentes formas e contextos de implantação do mesmo. Na situação (2), as ações de matriciamento envolvonvem 17 UBSs de ESF, sendo que o apoio matricial é mensal em cada UBS. Já na situacão (1), cada fonoaudióloga é referência para 2 UBS de ESF e 2 UBS tradicionais. Vale ressaltar que embora haja variações significativas no número de unidades atendidas entre um município e outro, a população é numéricamente proporcional. Merece destaque o fato das ações de matriciamento sofrerem variações decorrentes das diferenças observadas por meio do diagnóstico territorial que expressam diferentes condições e situações de saúde, gerando distintos planejamentos em cada uma das experiências analisadas. Resultados: Em ambas experiências, observou-se que o matriciamento aumentou a resolutividade e a co-responsabilidade dos serviços, promoveu a construção de protocolos de registro e de formas de organização do fluxo da demanda a partir da definição de critérios e criação de práticas de cuidado com o envolvendo dos diferentes serviços da rede. Algumas ações fonoaudiológicas merecem destaque: participação nas reuniões de equipe, discussão de casos e construção de projetos terapêuticos conjuntos, referência qualificada, capacitação em serviço, consulta em conjunto, ações intersetoriais. Há necessidade de estabelecer processos de avaliação visando a reflexão e (re)definição das ações implementadas. Conclusões: Faz-se necessário monitoramento e sistematização das ações e dos limites e potencialidades deste modelo, visando seu aprimoramento e apropriação do mesmo como importante estratégia de atenção integral, de inserção da Fonoaudiologia no SUS e de ampliação do acesso da população a este serviço.


Dados de publicação
Página(s) : p.1047
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa