Introdução: Uma literatura extensa existe sobre os prejuízos relacionados à linguagem na Doença de Alzheimer (DA), contudo, pouco é conhecido sobre os padrões de linguagem na Demência Vascular (DV). As diferenças cognitivas entre DA e DV, especialmente em habilidades de linguagem são pouco descritas. Os poucos estudos diretamente relacionados às funções de linguagem em DA versus DV analisam aspectos lingüísticos isolados e tem produzido resultados conflitantes. Objetivos: Descrever e comparar as habilidades comunicativas e lingüísticas de pacientes com DV e DA. Métodos: 13 pacientes com Doença de Alzheimer (idade média: 77,5 anos e escolaridade média: 7 anos), 13 pacientes com Demência Vascular (idade média: 73,9 anos e escolaridade média: 8,6 anos) e 13 controles (idade média: 73 anos e escolaridade média: 11,4 anos) foram avaliados com a Bateria Arizona para Desordens da Comunicação em Demência (BADCD). Todos os pacientes tinham idade igual ou superior a 65 anos e escolaridade igual ou superior a 4 anos e estavam em fase inicial da doença. As médias do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) para cada grupo são 27,5 (controles), 21,9 (DV) e 20,6 (DA). Resultados: Nos cinco construtos avaliados pela BADCD (estado mental, memória episódica, expressão lingüística, compreensão lingüística e construção viso-espacial), os pacientes com DA apresentaram pior desempenho em quatro, com exceção do construto de construção viso-espacial em que os pacientes com DV tiveram um desempenho inferior. Conclusões: Os pacientes com DA apresentaram um maior prejuízo já esperado de memória episódica. Os dados revelaram uma maior dificuldade dos pacientes DV nas provas de construção viso-espacial. A BADCD diferenciou os controles dos pacientes com DA e os controles dos pacientes com DV.
|
;window.print();)