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O FENóTIPO DO TRANSTORNO FONOLóGICO DE ACORDO COMO PCC-R E OS PROCESSOS FONOLóGICOS
Apresentador : Ana Carolina Camargo Salvatti Papp (USP)
Autor(es) / Coautor(es) : Ana Carolina Camargo Salvatti Papp, Haydée F. Wertzner


O tema central deste trabalho é o transtorno fonológico (TF) que é definido pela dificuldade em produzir os sons da fala, além do uso inadequado das regras do sistema fonológico da língua que incluem os fonemas, a sua distribuição e os tipos de estrutura silábica (INGRAM, 1976; ELBERT; GIERUT, 1986; WERTZNER, 1992; TOPPELBERG; SHAPIRO, 2000; DSM IV, 2007). Trata-se de uma manifestação que apresenta diferentes causas prováveis e que interferem nas respostas aos diversos modelos terapêuticos. Portanto, há necessidade tanto de descrições fonológicas detalhadas que possam contribuir de forma significativa para a determinação de seu fenótipo, como de indicação de possíveis causas do transtorno que possibilitariam a identificação de subtipos.A classificação da gravidade do TF auxilia na identificação e classificação dos subtipos. Além disso, ao estabelecer o índice de gravidade inicial, é possível acompanhar a melhora do sujeito no decorrer do tratamento.O objetivo foi verificar se existem correlações fonológicas entre os sujeitos com TF que apresentam história de transtorno de fala e linguagem em seus familiares e os processos fonológicos apresentados por seus familiares, bem como verificar se há diferença entre os valores do índice de gravidade PCC-R dos sujeitos com TF com e sem história de distúrbios de fala e/ou linguagem na família.Fizeram parte da pesquisa 64 crianças com diagnóstico de transtorno fonológico (GTF) e 204 sujeitos que constituem o núcleo familiar (GTFF) que consta do Grupo de Pais (GP), Grupo de Mães (GM) e o Grupo de Irmãos (GI). Das 64 crianças participantes 23 eram do gênero feminino e 41 do masculino, com idade entre 03:08 e 15:01 anos. Dessas, 60 crianças apresentaram histórico positivo de distúrbios de fala e/ou linguagem em seus familiares. Os resultados mostraram que houve correlação mais forte entre alguns processos fonológicos do GTF e do GP, GM e GI mostrando que quando ocorre um processo no sujeito seu familiar vai apresentar outro diferente ou o mesmo processo.Em relação ao PCC-R constatou-se uma maior concentração de sujeitos no nível de gravidade levemente moderado, com média de 74,7%, independentemente da presença de histórico de distúrbio de fala e/ou linguagem na família. Como o número de crianças sem histórico era muito pequeno no presente estudo não foi possível analisar e fazer comparações com o grupo com história nesta pesquisa.A pesquisa evidenciou influência do aspecto genético como causa do TF uma vez que o número de sujeitos que apresentam história de distúrbios de fala e/ou linguagem na família é muito alto. Além disso, os processos fonológicos empregados por eles apresentaram correlação com os de seus familiares.Já o índice de gravidade PCC-R não diferenciou o grupo com história de distúrbios de fala e/ou linguagem na família do grupo sem história na família, mas deve ser levado em conta que o número de crianças sem história familiar foi muito baixo.


Dados de publicação
Página(s) : p.1371
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa