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DIAGNóSTICO E GERENCIAMENTO DA DEGLUTIçãO EM INDIVíDUOS JOVENS E IDOSOS APóS INTUBAçãO OROTRAQUEAL PROLONGADA
Apresentador : Gisele Chagas de Medeiros (Instituto Central - HCFMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Gisele Chagas de Medeiros, Aline Rodrigues Padovani, Tatiana Magalhães de Almeida, Danielle Pedroni Moraes, Claudia Regina Furquim de Andrade


Introdução: A disfagia é freqüentemente observada em sujeitos submetidos à intubação orotraqueal prolongada (IOT), sendo que a atuação fonoaudiológica à beira do leito é importante para detectar e gerenciar o distúrbio de deglutição. Alguns estudos indicam que pacientes acima de 55 anos apresentam maior risco de aspiração após IOT, quando comparados a indivíduos de menor faixa etária. Objetivo: Investigar e comparar o diagnóstico e gerenciamento da deglutição em indivíduos jovens e idosos após período de intubação orotraqueal prolongada. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo, por meio de análise de prontuários (maio de 2007 a maio de 2008). Foram incluídos pacientes de 20 a 80 anos, avaliados pela equipe de fonoaudiologia nas UTIs ou semi-intensivas, submetidos à IOT prolongada (>48h), cuja avaliação foi realizada entre o primeiro e quinto dia após extubação. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 – com idade entre 20 a 50 anos e grupo 2 – com idade entre 51 a 80 anos. Os critérios de exclusão para ambos os grupos compreenderam pacientes cujos prontuários não forneciam informações suficientes para as variáveis determinadas; pacientes cuja avaliação inicial foi inconclusiva por falta de dados; pacientes que foram submetidos a mais de três procedimentos de intubação e pacientes que tinham história prévia ou atual de traqueostomia, afecções neurogênicas e/ou neoplasias de cabeça e pescoço. Para a comparação entre os grupos, foram utilizadas a Escala de Gravidade da Disfagia (Padovani et al, 2007) e a Escala Funcional de Ingestão Oral (Crary et al, 2005) para avaliar os resultados funcionais da deglutição e a possibilidade de ingestão oral. Para investigar as diferenças no gerenciamento da deglutição, também foram comparados o tempo entre a avaliação fonoaudiológica e a introdução de dieta por via oral, o número de atendimentos fonoaudiológicos necessários e o tempo entre a avaliação até a alta fonoaudiológica. Resultados: Os grupos apresentaram-se equiparáveis quanto à idade, número e tempo total de intubação e tempo de extubação na data da avaliação. Em relação ao diagnóstico fonoaudiológico, o grupo 1 apresentou maior porcentagem de deglutição normal/funcional (66,7% vs. 41,7%) enquanto o grupo 2 apresentou maior concentração de disfagia (54,2 vs. 33,3), A média observada na Escala Funcional de Ingestão Oral na data da avaliação foi maior no grupo 1 (4,0 vs. 2,8) e na data da alta fonoaudiológica a média foi equiparável entre os grupos. Quanto à análise dos dados sobre o gerenciamento da deglutição, observou-se menor média de tempo para o início da ingestão via oral (1,0 vs. 3,6 dias), média de número de atendimentos fonoaudiológicos necessários (2 vs. 4,3 atendimentos) e média de tempo entre a avaliação até a alta fonoaudiológica (4 vs. 9,4 dias) nos pacientes do grupo 1 quando comparado aos pacientes do grupo 2. Conclusão: Neste estudo, observamos que a incidência de disfagia após a intubação orotraqueal prolongada foi maior no grupo de pacientes com mais de 50 anos, os quais também necessitaram de maior tempo para resolução do distúrbio de deglutição.


Dados de publicação
Página(s) : p.162
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa