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COMPARAçãO ENTRE A REPRESENTAçãO FONOLóGICA EM SUJEITOS COM DISTúRBIO ESPECIFICO DE LINGUAGEM (DEL) E SUJEITOS EM DESENVOLVIMENTO NORMAL DE LINGUAGEM (DNL)
Apresentador : Ana Carolina Paiva Bento (Universidade de São Paulo)
Autor(es) / Coautor(es) : Ana Carolina Paiva Bento, Débora Maria Béfi-Lopes, Ana Carulina Pereira Spinardi


Introdução Representação fonológica descreve a armazenagem de informação fonológica sobre as palavras na memória de longo termo.Alguns autores propõem que essa representação é a base para a produção de fala e escrita. Uma representação fonológica desenvolvida pode conter informação auditiva e visual sobre uma palavra, que possibilita que essa seja percebida e diferenciada de outras. De acordo com o Modelo de Reestruturação Lexical, as representações lexicais são holísticas e com crescimento vocabular se tornam mais refinadas e/ou baseadas segmentalmente, sendo assim, as palavras podem ser distinguidas rápida e precisamente. Crianças com Distúrbio Especifico de Linguagem (DEL) apresentam dificuldades no processamento de fala e esses prejuízos afetam o desenvolvimento de representações fonológicas.ObjetivoO objetivo deste estudo foi avaliar as habilidades de crianças em desenvolvimento normal de linguagem (DNL) e com DEL em distinguir palavras de pseudopalavras em uma tarefa de decisão lexical. MétodoParticiparam deste estudo dois grupos: Grupo Controle (GC), sem alterações de linguagem, composto por 36 sujeitos, e Grupo Pesquisa (GP), 18 sujeitos, com diagnóstico de DEL, com idades entre 4:0 – 8;9 anos.As crianças de ambos os grupos foram distribuídas em 3 subgrupos de acordo com o desempenho obtido na prova de vocabulário receptivo. Dessa forma, foram constituídos os subgrupos de 4, 5 e 6 anos, de acordo com a idade lexical de cada criança.Foram selecionadas 48 palavras trissílabas a partir da prova de vocabulário expressivo do Teste de Linguagem Infantil ABFW.As palavras foram divididas em dois grupos. O primeiro grupo foi composto por 24 palavras reais e o segundo por 24 que foram manipuladas a fim de se obter pseudopalavras.Três variáveis foram consideradas: (a) extensão de modificação – modificação leve, sem alteração de extensão e modificação importante, com alteração; (b) posição de modificação, inicial, medial e final; e (c) tipo de modificação, deleção ou adição de elementos. Foi utilizada uma tarefa de decisão lexical, em que as crianças teriam que decidir se uma seqüência fonológica falada consistia de uma palavra ou não.ResultadosApesar das crianças de ambos os grupos terem sido pareadas pela idade lexical a partir da prova de vocabulário receptivo houve diferença entre os GP e o GC, sendo que o GP apresentou maior dificuldade na decisão lexical tanto de palavras quanto de pseudopalavras. O tipo, extensão e posição da modificação se mostrou uma variável importante, já que em ambos os grupos quanto mais significativas foram as modificações, mais complexa a tarefa se mostrou.Tanto as crianças do GP quanto as crianças do GC com idade lexical de 4 anos apresentaram maior dificuldade na tarefa se compararmos aos grupos de idade lexical maior (5 e 6 anos).ConclusãoDessa forma, temos que crianças com DEL apresentam déficit na representação fonológica quando comparadas com crianças em DNL e esta diferença de desempenho pode ser explicada pela diferença na formação e retenção das representações na memória de trabalho, discriminação auditiva e planejamento e execução motora. Este estudo mostra a importância da avaliação destes aspectos possibilitando melhor direcionamento do processo terapêutico.


Dados de publicação
Página(s) : p.351
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa