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DESEMPENHO DE CRIANçAS COM E SEM TRANSTORNO FONOLóGICO EM CONSCIêNCIA FONOLóGICA
Apresentador : Haydée Fiszbein Wertzner (Curso de Fonoaudiologia FMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Haydée Fiszbein Wertzner, Érika do Prado


Introdução: O Transtorno Fonológico (TF) é uma alteração de manifestação primária, de causa desconhecida, que apresenta alterações na organização e na representação fonológica e pode estar relacionada à questão cognitiva- lingüística ou à percepção auditiva ou à produção dos sons. Além disso, a gravidade e a inteligibilidade de fala são variáveis. Na literatura, encontram-se algumas medidas para quantificar esses dois aspectos. Entre essas, para quantificar o grau de gravidade, se destaca o Percentage of Correct Consonants-Revised (PCC-R), que implica na contagem de todos os sons consonantais corretos da amostra de fala analisada, na qual se considera como erro as substituições e omissões. Para quantificar a inteligibilidade de fala uma das medidas é a porcentagem de palavras inteligíveis produzidas em uma amostra de fala. Em função da dificuldade de representação fonológica, presente nas crianças com TF, a literatura também mostra que podem ter dificuldades de consciência fonológica. Esta se refere à consciência e ao acesso que o sujeito tem à estrutura oral da língua. É a habilidade para se refletir sobre, e para se manipular os sons da fala (Stackhouse et al, 2002), que permite o reconhecimento de que é possível segmentar a linguagem oral em unidades e que estas se repetem em diferentes palavras (Guimarães, 2003). Várias tarefas podem ser aplicadas para verificar as habilidades de consciência fonológica e entre estas estão a rima e a aliteração, consideradas tarefas de julgamento e que podem ser aplicadas em crianças pré-escolares e escolares. Objetivo: Verificar o desempenho de crianças com e sem Transtorno Fonológico nas tarefas de rima e aliteração no teste de sensibilidade fonológica visual (TSFV) e auditivo (TSFA), bem como a associação entre esse desempenho e o PCC-R e o índice de inteligibilidade de fala. Método: participaram do estudo 40 crianças; 20 constituíram o grupo transtorno fonológico (GTF), e 20 crianças constituíram o grupo controle (GC), com idades entre 4:05 e 10:10. Foram aplicadas as provas de fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW (Wertzner,2004); fala espontânea coletada por meio de história contada a partir de estímulo visual e os testes de rima e aliteração TSFV e TSFA (Herrero, 2001). O PCC-R foi calculado a partir das provas de fonologia e a de inteligibilidade de fala a partir da fala espontânea. Para a análise estatística, utilizou-se o teste não paramétrico de MANN- WHITNEY (nsig 0,05) e, a correlação de Spearman. Resultados e Discussão: A análise estatística evidenciou diferenças significantes entre GTF e GC no TSFV e TSFA bem como no PCC-R e na inteligibilidade de fala, sendo sempre inferior o desempenho do GTF. Observou-se correlações entre a inteligibilidade de fala e o PCC-R, entre a inteligibilidade de fala e o TSF A e TSF V.Conclusão: As diferenças encontradas entre os dois grupos bem como as correlações entre os testes de consciência fonológica e índices mostram a implicação da inadequada representação fonológica nos indivíduos com transtorno fonológico e suas conseqüências, principalmente em leitura e escrita.


Dados de publicação
Página(s) : p.565
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa