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DESEMPENHO DE CRIANçAS COM TRANSTORNO FONOLóGICO NO TOLD-P:3, MEDIDAS DE GRAVIDADE E DIADOCOCINESIA
Apresentador : Marcia Mathias Castro (Curso de Fonoaudiologia FMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Marcia Mathias Castro, Haydée Fiszbein Wertzner, Francine Tovo Ortigoso Broggio, Renata Ramos Alves


A alteração do sistema fonológico é o aspecto que caracteriza o Transtorno Fonológico (TF). Durante o processo diagnóstico bem como o de intervenção deve-se considerar que os aspectos fonológicos interagem com outros aspectos do comportamento lingüístico. A gravidade da manifestação fonológica no TF pode ser calculada por meio do índice de Porcentagem de Consoantes Corretas-Revisado (PCC-R), aplicado a uma amostra de fala obtida em provas de nomeação, imitação ou fala espontânea.Um teste bastante usado para a língua inglesa é o Test of Language Development-Primary: Third Edition (TOLD P-3) constituído por uma bateria de testes das habilidades de linguagem oral elaborados especificamente para avaliar a competência da linguagem falada ao nível expressivo e receptivo quanto a Semântica, Sintaxe e Fonologia em crianças entre 4:0 e 8:11 anos. Este teste foi adaptado ao Português Brasileiro (PB) por Broggio (2005)Outro aspecto a ser considerado no TF é a produção dos sons. Para verificar a velocidade e consistência da produção da fala pode ser aplicado o teste diadococinético (DDK), que avalia as habilidades motoras orais e a capacidade de alternar ações musculares diametralmente opostas por meio de movimentos repetitivos, rápidos e alternadas dos articuladores. Esta prova oferece evidências sobre o nível de maturação dos componentes neuromotores das estruturas orais usadas para apoiar a produção do som, proporcionando informações sobre a integração neuromotora do indivíduo.O objetivo deste trabalho é descrever o desempenho de crianças com TF nos testes DDK e TOLD P:3, bem como quanto à gravidade.Participaram da pesquisa 10 crianças com diagnóstico de TF, com idade entre 5:02 e 8:07 anos de ambos os gêneros. Foram aplicadas as provas de fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW, para as quais foi calculado o índice PCC-R. Em seguida foram aplicados os subtestes do TOLD P:3: Semântica (Vocabulário a partir de Figura) e Sintaxe (Compreensão Gramatical) adaptado ao PB e, posteriormente o DDK, verificando a velocidade de repetição em seqüências por segundo de au, iu e ai. Os resultados revelaram que os valores mínimo e máximo do PCC-R obtido nesse estudo foram respectivamente 33,3% e 93,3% para a prova de nomeação e 37,8% e 97% para a prova de imitação. No TOLD P:3 o desempenho desses sujeitos nos subtestes da área de Semântica variaram de 36,7% a 86,7% de acertos e de 36% a 84% para a área de Sintaxe. A velocidade de repetição em seqüências por segundo medida pelo DDK mostrou-se variável entre 1,14 e 4,00 para (iu); entre 1,55 e 3,63 para (au) e entre 2,11 e 4,67 para (ai). Assim, houve evidências de variabilidade no TOLD P:3 dentro do grupo, com melhora do desempenho em função do aumento da idade, sugerindo que as crianças deste estudo têm dificuldades específicas na área da Fonologia. Quanto ao PCC-R e DDK nota-se além da grande variabilidade nas crianças com TF, diferenças em relação aos resultados obtidos em estudos com crianças sem queixas de linguagem e fala, da mesma faixa etária, evidenciando dificuldades nas habilidades motoras orais.


Dados de publicação
Página(s) : p.565
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa