Notice: Undefined variable: titulacao in /home/sbfa/domains/sbfa.org.br/public_html/portal/anais2008/anais_select.php on line 156
 
PROCESSAMENTO AUDITIVO E AUDIÇÃO EM ALTAS FREQUÊNCIAS
Apresentador : Seisse Gabriela Gandolfi Sanches (FMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Seisse Gabriela Gandolfi Sanches, Nathália Leite Alves, Ivone Ferreira Neves, Renata Mota Mamede Carvallo


Introdução:indivíduos com Transtorno do Processamento Auditivo geralmente apresentam os limiares auditivos tonais nas freqüências de 250 a 8.000 Hz dentro da normalidade; porém apresentam dificuldade de compreender a fala e de escutar no ruído. Objetivo: investigar os limiares auditivos de altas freqüências em indivíduos com Transtorno de Processamento Auditivo e sua relação com o desempenho em testes de reconhecimento de fala. Metodogia: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Instituição (227/05), incluindo 30 indivíduos, sendo 16 do gênero masculino e 14 do gênero feminino; com idades entre 8 e 14 anos, atendidos entre maio e outubro de 2007. Os critérios de inclusão foram ausência de alterações de orelha média e limiares auditivos não superiores a 25 dBNA nas freqüências entre 250 e 8000Hz. A amostra foi dividida de acordo com os resultados dos limiares de altas freqüências, configurando dois grupos: Grupo I: sujeitos com transtorno de processamento auditivo e limiares auditivos de altas frequências alterados, Grupo II: sujeitos com transtorno de processamento auditivo e limiares auditivos de altas frequências dentro da normalidade. Os procedimentos iniciais realizados foram meatoscopia e imitanciometria e audiometria tonal limiar, nas frequências de 250 a 8.000 Hz, sendo que os limiares (em dBNA) foram obtidos variando-se a intensidade em degraus descendentes em 10dB, e ascendentes em 5dB. Na seqüência, foram obtidos os limiares para altas frequências, de 9.000 a 20.000 Hz após a adaptação dos fones para avaliação de frequências altas (Sennheiser HDA – 200). O teste foi iniciado pela freqüência de 9.000 Hz, e a seguir foram testadas as frequências de 10.000, 11.200, 12.500, 14.000, 16.000, 18.000 e 20.000 Hz, nessa ordem. Todos os participantes foram submetidos a testes de processamento auditivo, incluindo provas de escuta monótica, dicótica e de integração temporal. Resultados: para a análise estatística dos resultados foram utilizados os testes não-paramétricos de Kruskal Wallis e Friedman, e adotado o nível de significância de 5%. Foram estabelecidas as medidas descritivas para cada freqüência estudada, levando-se em consideração a orelha, gênero, presença ou ausência de reflexo acústico em 4kHz e desempenho no teste SSW. Os parâmetros orelha, gênero e desempenho no teste SSW não mostraram diferenças estatisticamente significativas, enquanto que o parâmetro de presença ou ausência de reflexo acústico em 4kHz apresentou diferença, de acordo com os resultados descritos na literatura especializada. Na comparação entre os grupos GI e GII foram observados diferentes resultados no desempenho em reconhecimento de fala. O grupo GI apresentou melhor desempenho no teste de processamento auditivo SSW do que o grupo II; porém essa diferença não foi estatisticamente significativa. Conclusão: A média dos limiares auditivos de altas frequências para os sujeitos com ausência de reflexo acústico na frequência de 4kHz ipsi-lateralmente apresentou-se mais elevada em todas as frequências analisadas. Os parâmetros orelha e gênero não influenciaram os resultados. O GII apresentou melhor desempenho no teste SSW do que o GI, porém essa diferença não foi estaticamente significativa.


Dados de publicação
Página(s) : p.613
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa