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DIFERENÇAS ENTRE GÊNERO E IDADE DURANTE O DESENVOLVIMENTO FONOLÓGICO TÍPICO
Apresentador : Daniela Evaristo dos Santos Galea (Universidade de São Paulo)
Autor(es) / Coautor(es) : Daniela Evaristo dos Santos Galea, Haydée Fiszbein Wertzner


Objetivo: O objetivo da pesquisa foi verificar a diferença entre meninos e meninas da mesma faixa etária quanto aos fonemas, aos encontros consonantais e às estruturas silábicas CV, CVC e CCV, durante o desenvolvimento fonológico típico, bem como comparar os gêneros de faixas etárias diferentes quanto aos mesmos parâmetros.Método: Foram sujeitos da pesquisa 88 crianças, agrupadas de acordo com a idade e o gênero: GI F– 23 meninas e GI M– 18 meninos todos entre 2:1 e 2:6 anos de idade e, GII F– 24 meninas e GII M- 23 meninos todos com idade entre 2:7 e 3:0 anos.Todas as crianças freqüentavam creches conveniadas à Prefeitura do Município de São Paulo e não apresentavam queixa de problema de linguagem, mais de três ocorrências de otite média e não eram bilíngües. A coleta de dados foi realizada por meio de três provas de fonologia: nomeação, imitação e fala espontânea. Os fonemas, encontros consonantais e cada uma das estruturas silábicas foram analisados em sílaba inicial, medial e final (Teste t, n. sig 0,05).Resultados: Comparando gêneros da mesma faixa etária, houve diferença apenas quanto aos fonemas, em sílaba inicial da imitação, nas crianças mais velhas (p=0,013). Nesta, as meninas tiveram melhor desempenho que os meninos. Comparando o mesmo gênero de idades diferentes, as meninas do GII-F mostraram mais acerto nos encontros consonantais em sílaba inicial da imitação (p=0,003).Quanto aos fonemas, houve diferença entre meninas em sílaba medial (p=0,010) e final (p=0,016) da fala espontânea, em sílaba inicial (p<0,001), medial (p=0,048) e final (p<0,001) da imitação e, na nomeação, em sílaba inicial (p= 0,003) e final (p= 0,004). Os meninos apresentaram diferença em sílaba medial da fala espontânea (p= 0,012) e em inicial (p= 0,002) e medial (p= 0,036) da imitação. Em todas as comparações as crianças mais velhas apresentaram melhor desempenho que as mais novas.Nas estruturas silábicas, houve diferença entre meninas na imitação para CV em sílaba inicial (p= 0,018) e na nomeação em sílaba inicial (p= 0,013) e final (p=0,022). Não houve diferença entre os gêneros em CCV. Quanto à estrutura CVC, foi observada diferença apenas na imitação tanto para meninos como para meninas em sílaba inicial (p= 0,022 e p <0,001, respectivamente) e em sílaba final, entre os meninos (p= 0,021). Nestas ocasiões em que foram observadas diferenças nas estruturas silábicas, as crianças mais velhas tiveram melhor desempenho que as mais novas.Discussão/Conclusão:Houve diferença entre os gêneros no grupo de crianças mais velas apenas em fonemas na sílaba inicial da imitação. Assim, não há evidencias de diferença entre os gêneros da mesma faixa etária. Para o português, MEZZOMO (2007) mostrou que meninas adquirem o arquifonema /R/ antes dos meninos e estes adquirem o arquifonema /S/ antes das meninas. Para processos fonológicos, GALEA (2003) não relatou diferença. Algumas diferenças foram observadas entre crianças do mesmo gênero de idade diferente. O melhor desempenho das crianças mais velhas indica a fase de desenvolvimento fonológico e aquisição das regras da língua (YAVAS, 1988; WERTZNER, 1992; GALEA, 2003).


Dados de publicação
Página(s) : p.852
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa