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ANáLISE DA VELOCIDADE DE FALA EM CRIANçAS COM E SEM TRANSTORNO FONOLóGICO
Apresentador : Amanda Pagliotto da Silva (Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo)
Autor(es) / Coautor(es) : Amanda Pagliotto da Silva, Haydée Fiszbein Wertzner


Detalhar a descrição das características fonológicas dos sujeitos que apresentam transtorno fonológico (TF) tem sido alvo de vários estudos, na medida em que este é heterogêneo tanto nas suas manifestações fonológicas como em relação às suas causas. A caracterização do TF envolve aspectos lingüístico-cognitivos, perceptivos e de produção da fala. Na produção, a velocidade de fala tem se mostrado importante para o diagnóstico diferencial dos subtipos do TF, identificando casos em que ocorram dificuldades relacionadas à velocidade de produção articulatória. O objetivo desta pesquisa foi verificar a diferença de desempenho de crianças com e sem transtorno fonológico em seis provas de velocidade de fala, bem como qual o tipo de prova mais adequado para essa população. Foram analisadas amostras de fala de 92 crianças, com idades entre 4:11 e 10:10, de ambos os gêneros. Essas crianças foram divididas em dois grupos: controle (GC), e com transtorno fonológico (GTF). Participaram do GC 51 crianças cujos critérios de inclusão foram: não apresentar queixa de alteração de linguagem oral e escrita; ter desempenho adequado para a idade nas provas de fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW . O GTF foi composto por 41 crianças com diagnóstico de TF, realizado no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fonologia da FMUSP.A velocidade de fala foi avaliada por meio de seis provas. Para a primeira prova de fala espontânea, foi solicitado à criança que contasse uma história conhecida a partir das figuras de um livro - Chapeuzinho Vermelho ou Branca de Neve e os Sete Anões (EL). Na outra prova, a criança contava a história a partir de quatro figuras do tema No Parque, do livro Esconde-esconde de Eva Furnari (EF). As provas de imitação constam de imitação de frases padrão (IFP) igual para todas as crianças, e a de imitação de frases próprias da criança (IFPr), que foram retiradas dos primeiros três minutos da fala espontânea da EL de cada criança. Cada uma das provas foi composta de dois tipos de sentenças: uma curta (com menos de seis sílabas) e outra longa (com mais de seis sílabas). Após a transcrição da amostra de fala de cada uma das seis provas foi calculado o número de sílabas por segundo (sil/seg). Nos resultados, a ANOVA evidenciou diferença entre o GC e GTF nas seis provas, sendo sil/seg maior no GC. Comparando as seis provas a ANOVA sugeriu diferenças entre os dois grupos. As comparações de Bonferroni indicaram diferença entre as duas provas de fala espontânea (EL e EF) e as quatro de Imitação, em que sil/seg é maior nas IFP e IFPr. A correlação de Pearson indicou significância entre as EL e EF e, entre EL e IFP. Como mostram alguns estudos, constatou-se no GTF velocidade de fala diminuída em relação ao GC, evidenciando uma dificuldade na produção dos sons da fala, o que pode levar a uma maior ininteligibilidade de fala. As provas EL e IFP mostraram-se mais adequadas para o GTF.


Dados de publicação
Página(s) : p.929
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa