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ADAPTAçãO DE UM MODELO TERAPêUTICO PARA APRAXIA DE FALA ADQUIRIDA POR LESõES NEUROLóGICAS DA LíNGUA INGLESA PARA O PORTUGUêS BRASILEIRO
Apresentador : Amanda Pagliotto da Silva (FMUSP)
Autor(es) / Coautor(es) : Amanda Pagliotto da Silva, Daniela Kuaye Tomotani, Silmara Rondon, Letícia Lessa Mansur, Veronique Agnes Guernet Steiner, Marília Barbieri Pereira


São escassas na literatura propostas terapêuticas para a reabilitação de apraxia de fala que evidenciem a eficácia das ações fonoaudiológicas. O modelo de Wanbaugh et al. busca sanar essa lacuna. Analisa os efeitos de aquisição, generalização e manutenção da produção de sons por meio da terapia de pares de palavras contendo fonemas em oposição mínima, em conjunto com a terapia tradicional (estimulação integral e treino articulatório) para a língua inglesa. Para isso, utiliza pares de palavras monossilábicas contendo os fonemas de maior dificuldade para cada sujeito e o fonema correspondente em oposição mínima.O modelo americano inclui 15 sessões terapêuticas, com três sessões semanais de uma hora. Em cada sessão o treino é realizado em sete ciclos, com cinco passos facilitadores para produção de palavras (utilizados quando a produção dos fonemas alvo, por imitação, não era realizada adequadamente). O programa mede a evolução clínica a cada duas sessões por meio de uma lista de verificação contendo dez frases simples de duas palavras em que uma delas continha o fonema alvo. Para a adaptação ao Português Brasileiro foram utilizadas palavras dissilábicas, dada a baixa ocorrência das palavras monossilábicas nesta língua. Ademais, a mesma quantidade de sessões foi adaptada para ser realizada uma vez a cada semana com duração de uma hora.Assim, o programa foi aplicado com dois pacientes, um do gênero feminino, com 51 anos (P1), e um do gênero masculino, com 68 anos (P2), ambos com Afasia de Broca e Apraxia de Fala. Para a seleção dos fonemas-alvo para terapia, foi levantado o inventário fonético dos pacientes, por meio da prova de Apraxia de Fala, adaptada de Rosembeck e Wertz. Assim, para o primeiro sujeito, os fonemas treinados foram o /f/ e o /v/, dado que realiza o ensurdecimento de fricativas, e para o segundo sujeito os fonemas /p/ e /b/, dado que realiza a sonorização de plosivas. Foi necessário realizar pré-treinamento de duas sessões com o P1, utilizando-se pseudopalavras para a estimulação de habilidades metafonológicas, enfatizando a utilização da rota fonológica.Os pacientes realizaram quatro das 15 sessões previstas pelo programa, sendo aplicado teste para verificação de desempenho geral a cada duas sessões. A aplicação do programa está em andamento. Até o momento, observou-se que ambos os pacientes demonstraram maior dificuldade na repetição das palavras quando apresentadas em pares do que isoladamente. O P1 atingiu mais de 80% de acerto (critério para mudança do par de fonemas trabalhado) na terceira sessão, enquanto que o P2 somente na quarta sessão. Funcionalmente, observamos aumento da inteligibilidade de fala de P1 após a aplicação parcial do programa; porém, não houve aproveitamento do programa na melhora da emissão de P2, provavelmente por este apresentar oralidade muito prejudicada.


Dados de publicação
Página(s) : p.929
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa