SESSO DE PSTERES


MAPEAMENTO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: DA EDUCAÇÃO BÁSICA À SUPERIOR
Autor(es): ANA PAULA DE OLIVEIRA SANTANA, SANDRA POTTMEIER, KAROLINE PIMENTEL DOS SANTOS


Introdução: As políticas da Educação Especial (EE) configuram um cenário democrático à educação brasileira e pressupõem a capacitação e formação docente como dispositivo necessário à inclusão de alunos com necessidades especiais (NE). A capacitação dos professores envolve uma atuação integrada entre as áreas da educação e saúde. Neste cenário, a Fonoaudiologia se destaca como promotora de conhecimentos, conscientização e estratégias que podem colaborar para formação e atuação docente. Mas, afinal, quais áreas têm trabalhado na formação docente na EE? Como a Fonoaudiologia tem se inserido neste contexto? Há diferenças entre o ensino básico e superior? Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar a formação docente do ensino básico ao superior no que se refere às áreas de educação e saúde. Método: Foi realizado um mapeamento da produção científica relacionada à formação docente na EE, de 1996 a 2015, na base de dados Scielo. O período de seleção fundamentou-se na promulgação da LDB 9.394/96, que dispõe a favor da formação docente na EE em nível básico e superior. As palavras-chaves utilizadas foram: formação docente e ensino superior; educação especial e ensino superior; inclusão e ensino superior; inclusão e formação docente; formação docente e educação básica; educação especial e educação básica, e inclusão e educação básica. Foram considerados como critérios de exclusão trabalhos não relacionados ao tema, ou de origem ou temática internacional. Resultados: Inicialmente, foram encontradas 284 produções científicas e, destas, 27 foram mapeadas. As demais inseriram-se nos critérios de exclusão. Cronologicamente, foi encontrada a seguinte relação ano/número de produções: 1999 (1); 2005 (1); 2006 (1); 2007 (1); 2008 (1); 2009 (2); 2010 (2); 2011 (8); 2012 (3); 2013 (3); 2014 (3); 2015 (1). 16 produções relacionavam-se à Educação básica, 9 ao Ensino Superior e 2 incluíram, igualmente, ambas modalidades no enfoque temático. Em relação às áreas de pesquisa, uma produção foi relacionada à Fonoaudiologia, 26 foram relacionadas à Educação. Questões coincidentes foram apontadas nos textos relacionados ao ensino básico e superior: desconhecimento de estratégias para inclusão de alunos NE; desconhecimento das necessidades destes alunos; falta de apoio ao docente e ao aluno com NE; formação continuada como foco na EE insuficiente ou ausente. Nestes trabalhos, observa-se uma ênfase na identificação dos problemas e dos atores responsáveis pelo fracasso na inclusão de alunos com NE, não havendo propostas de soluções ou relatos de experiências de ações modificadoras dessa realidade. Conclusões: Embora a Fonoaudiologia tenha tido sua origem na Educação, sua participação em ações relacionadas à formação docente é ainda muito restrita. Mesmo no que concerne à Fonoaudiologia Educacional, parece haver ainda um desconhecimento sobre a capacitação e formação de professores como ações integradas entre saúde e educação. Logo, o resultado da revisão de literatura apenas legitima a carência de ações da Fonoaudiologia que envolvam não apenas alunos, mas também docentes já que essa formação pode ser considerada como uma medida fundamental para a efetivação da inclusão de alunos com NE.


Dados de publicação
Página(s) : p.8041