DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO: ELETROFISIOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA AUDIÇÃO |
Alessandra Giannella Samelli
Palestrante |
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS |
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Os métodos eletrofisiológicos permitem o estudo da atividade elétrica de uma grande população de neurônios e da maneira como eles interagem no sistema nervoso. No caso da avaliação da audição, os métodos eletrofisiológicos utilizados são os potenciais elétricos evocados de curta, média e longa latência. Embora as emissões otoacústicas não sejam métodos eletrofisiológicos propriamente ditos, também serão abordadas, dada a objetividade do procedimento.
Os potenciais elétricos evocados auditivos resultam da atividade elétrica dos neurônios da via auditiva registrada após uma estimulação acústica. Estes potenciais podem ser classificados de acordo com o tempo (latência) em que ocorre a resposta auditiva, após a apresentação do estímulo. Desta forma, dividem-se em potenciais de curta latência (ocorrem até 10 ms após o início do estímulo auditivo), média latência (são gerados de 10 a 80 ms após o início do estímulo) e longa latência (ocorrem de 80 a 600 ms após o início do estímulo).
Já as emissões otoacústicas são sons gerados dentro da cóclea, espontaneamente ou em resposta à estimulação acústica externa. As otoemissões surgem da ação contrátil das células ciliadas externas, liberando energia sonora que chega no conduto auditivo externo e pode ser registrada por meio de um microfone.
Em conjunto, estes métodos objetivos de avaliação auditiva podem fornecer informações relevantes para o diagnóstico audiológico, uma vez que retratam o funcionamento da via auditiva desde a cóclea até o córtex auditivo. Sendo assim, são procedimentos que complementam os procedimentos audiológicos básicos, auxiliando no diagnóstico de lesões ou disfunções auditivas, fornecendo informações sobre limiar eletrofisiológico, bem como sobre integridade, funcionamento e maturação da via auditiva.
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Contato: alesamelli@ajato.com.br |
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