Código: TCD0531
ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA NO TRAUMA CERVICAL PENETRANTE ZONA II |
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Autores: Roberta de Andrade Pereira, Electra Brbosa de Paula, Dr Domingos André Fernandes Drumond |
Instituição: HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO JOÃO XXIII - REDE FHEMIG |
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ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA NO TRAUMA CERVICAL PENETRANTE ZONA II
Pacientes com trauma cervical podem apresentar disfagia e/ou disfonia comprometendo sua evolução clínica; a integridade das estruturas cervicais é necessária para a manutenção das funções vocais e funcionamento dos esfíncteres funcionais laríngeos.
O objetivo do trabalho foi avaliar incidência de disfagia e disfonia, em pacientes com Trauma Cervical Penetrante Zona II; e correlacionar a severidade do trauma ao grau de comprometimento: disfagia/disfonia.
Estudo prospectivo, descritivo, de janeiro a outubro/2003. Casuística: 12 pacientes, ambos os sexos, com trauma cervical penetrante Zona II (lesões que abrangem a cartilagem cricóide ao ângulo da mandíbula), encaminhados pela Clínica de Cirurgia Geral e do Trauma. A intervenção fonoaudiológica consistiu de anamnese, protocolo de avaliação perceptivo-auditiva vocal e avaliação funcional da deglutição. Pacientes acompanhados durante o período de internação.
Doze pacientes acompanhados, resultando em 83.3% (n=10) vítimas de lesão penetrante por projétil de arma de fogo e 16.6% (n=2) por perfuração (arma branca). Detectadas intercorrências de vias aéreas (n=8), sendo 87.5% destas em hipofaringe, 50% na laringe e 37.5% na traquéia.
A disfagia foi constatada em 75% (n=9) da amostra, configurando-se na maioria, comprometimento moderado (44,4%). A penetração laríngea e a aspiração traqueal de dieta foram identificadas em 5 pacientes (41.6%). A disfonia foi evidenciada em 83% (n=10) da amostra. A intervenção fonoaudiológica apresentou média de 06 sessões e o tempo médio necessário para liberação de dieta, incluindo o tempo de dieta oral suspensa e nutrição enteral, de 09 dias. Foi possível a liberação das consistências líquida e pastosa para todos os pacientes. A consistência sólida não foi liberada em 42% (n=5) dos casos, devido fratura mandibular e/ou inadaptação funcional da deglutição.
Haja vista relevância dos dados apresentados, a fonoterapia pode ser indicada em pacientes que apresentam trauma cervical penetrante Zona II, com o objetivo de reduzir o risco de intercorrências clínicas associadas à disfagia e disfonia, tais como a pneumonia aspirativa. |
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Contato: robertafono@gmail.com |
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