Código: OCF0711
COMPARAÇÃO DOS ACHADOS DOS FATORES DE RISCO PARA A CRONICIDADE DA GAGUEIRA EM CRIANÇAS GAGAS COM SEM RECORRêNCIA FAMILIAL DO DISTÚRBIO |
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Autores: Cristiane Moço Canhetti de Oliveira, Daniela Cristina do Nascimento, Manuela Beneti, Giovanna Cestaro, Fernanda de Oliveira Costa, Thais Pondaco Gonsales |
Instituição: UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA |
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Pesquisas recentes têm mostrado que fatores genéticos estão freqüentemente envolvidos na transmissão da suscetibilidade da gagueira. Porém, existe um sub-grupo de gagos que não apresenta histórico familial positivo. Portanto, para melhor compreender estes sub-grupos, o objetivo deste trabalho foi comparar achados dos fatores de risco da cronicidade da gagueira em crianças gagas com e sem recorrência familial do distúrbio. Após parecer da comissão de ética e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes deu-se início à coleta dos dados. Participaram 30 crianças gagas (resultado disfluente na triagem e mais de 3% de disfluências gagas na avaliação), separadas em 2 grupos: com recorrência familial (GF – grupo familial) e sem recorrência familial (GNF – grupo não familial) do distúrbio. A idade variou de 3 a 11 anos (76,6% do sexo masculino). Foram utilizadas a triagem fonoaudiológica (Andrade e Rosal, 1998) para levantar os dados dos fatores de risco, história familial aplicada para elaboração do heredograma, e avaliação da fluência para confirmar o diagnóstico. Os resultados mostraram que os fatores relacionados à idade, sexo, tipologia e tempo de surgimento das disfluências não apresentaram diferenças significativas. Porém, quanto ao tipo de início das disfluências, componentes estressantes, histórico mórbido pré-peri e pós natal e reação da criança, as diferenças foram estatisticamente significativas. O GF apresentou significativamente mais crianças com o início da gagueira persistente do que o GNF. A presença de histórico mórbido positivo, de componentes estressantes que ocorreram próximos ao surgimento das disfluências e de reações negativas da criança foi significantemente mais freqüente no GNF. Concluímos que este trabalho revelou dados importantes na compreensão da natureza da gagueira e foi concordante com a literatura sobre a presença mais freqüente de componentes estressantes emocionais e físicos em crianças gagas sem recorrência familial. |
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Contato: cmcoliveira@terra.com.br |
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