Código: OCC1352
CORRELAÇÃO DE EXERCÍCIOS FONOAUDIOLÓGICOS DE FONOARTICULAÇÃO COM RESSECÇÕES DE CAVIDADE ORAL E/OU OROFARINGE. |
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Autores: Carolina Fontes Guadagnoli, Glaice Dias, Viviane Carvalho Teles |
Instituição: INSTITUTO DO CÂNCER ARNALDO VIEIRA DE CARVALHO - ICAVC |
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O câncer de boca/ cavidade oral acomete cerca de 210 mil casos novos/ ano no mundo. As estruturas que constituem a boca e orofaringe são fundamentais para o desempenho de funções como mastigação, deglutição e fala, portanto, o próprio tumor ou o tratamento do câncer que acomete essas regiões, pode causar seqüelas temporárias ou permanentes aos pacientes. A reabilitação fonoaudiológica destes, se inicia freqüentemente pelas alterações de deglutição (devido ao risco oferecido ao paciente), deixando as de fonoarticulação em segundo plano. Tal fato se reflete na escassez de exercícios desenvolvidos especificamente para este público, tanto na prática clínica quanto na literatura, nos obrigando a adaptarmos os que usamos comumente com outros tipos de alteração (motricidade oral, fonoarticulação). Objetivo: correlacionar os exercícios de fonoarticulação com as ressecções de cavidade oral e/ou orofaringe. Método e Casuística: análise retrospectiva de 94 prontuários de pacientes com ressecções de cavidade oral e/ou orofaringe, atendidos entre 1999 e 2003, através de protocolo com dados: oncológicos, do tratamento e da reabilitação fonoaudiológica. Critério de exclusão: pacientes com tumores em outras localizações. Resultados: as cirurgias mais encontradas foram: pelveglossomandibulectomias associada ao esvaziamento cervical bilateral 45%, glossectomias parciais 14%, glossectomias totais 22%, sendo as alterações encontradas: deglutição, articulação e voz. No entanto este trabalho restringe-se às alterações de fonoarticulação e apenas 54% realizaram exercícios para esta finalidade. Destes, 54% fizeram exercícios isotônicos e isoméricos de OFA’s, 52% de sobrearticulação, 26% de compensação articulatória e 21% de redirecionamento de fluxo aéreo. Foi feita orientação fonoaudiológica pré-operatória em 66 casos sendo que 36% iniciaram terapia entre 1 e 2 meses após a cirurgia. A média foi de, aproximadamente, 11 sessões de fonoterapia: 16% dos pacientes ainda estão em tratamento e em apenas 8 casos foi estabelecida a alta fonoaudiológica. Conclusão: a terapia para a fonoarticulação deve ser tão importante quanto para a disfagia, podendo ser feito um trabalho concomitante, pois a sociabilização dos pacientes também tem que ser prioridade no tratamento fonoaudiológico. |
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Contato: inaguadagnoli@ig.com.br |
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