Código: OCL0500
A NARRATIVA ORAL EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE CASO CONTROLE
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Autores: Cristiane Scramim Rios , Ana Carina Tamanaha |
Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO |
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Introdução: A Síndrome de Down é uma patologia genética que compromete todo o desenvolvimento infantil, incluindo as funções motoras, intelectuais e comunicativas.
Dentre as inúmeras manifestações, desvios na aquisição e desenvolvimento de linguagem são marcantes nesta patologia. A análise da narrativa oral, por exemplo, pode evidenciar as dificuldades semânticas e sintáticas descritas pela literatura.
Objetivo: Analisar a narrativa oral de portadores de Síndrome de Down.
Metodologia: A amostra foi constituída por 20 crianças, de 5 a 10 anos, de ambos os sexos, diagnosticadas como portadoras de Síndrome de Down, sendo todas verbais e matriculadas em Apaes de São Carlos e Ibaté. (Grupo Down).
Avaliamos ainda, 40 crianças, sem queixa no desenvolvimento, matriculadas em escolas de educação infantil , pareados numa proporção 2:1, com o Grupo Down, de acordo com a idade cronológica e sexo. (Grupo Controle).
Utilizamos três tipos de seqüências lógico-temporais propostas por Baron Cohen & Col (1986). As seqüências deveriam ser ordenadas e posteriormente, as crianças foram encorajadas a narrar as histórias. As narrativas foram classificadas de acordo com a proposta original (descritiva; causalidade e intencional).
Resultados: Verificamos melhor desempenho na ordenação das cenas, independente do tipo de sequência, do Grupo Controle, na comparação com o Grupo Down.
Na análise da narrativa houve predomínio do tipo descritiva nos três tipos de seqüências no Grupo Down (em média, 70% de descritiva, 20% causalidade e 10% intencional). Já no Grupo Controle houve predomínio de narrativas do tipo causalidade (80%) e intencional (20%), em média, nos três tipos de seqüências apresentadas.
Conclusão: O Grupo Down demonstrou significativo prejuízo tanto na ordenação, quanto no ato de narrar, quando comparado ao Grupo Controle. Ficou evidente ainda, que a dificuldade na ordenação acentuou os déficits na narrativa das histórias. Esses achados comprovam as falhas semânticas e sintáticas descritas em portadores de Síndrome de Down. |
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Contato: criscramim@bol.com.br |
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