Código: OCA1456
O ESTUDO DE PREVALêNCIA DE ALTERAÇÕES VESTIBULARES EM IDOSOS COM QUEIXAS DE TONTURA
 
Autores: Débora Eschenazi, Roberta Portela, Fernanda Rocha, Ana Paula Perez, Márcia Cavadas
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
 
INTRODUÇÃO: Estima-se que 85% da população idosa apresenta queixas referentes ao equilíbrio. Dentre essas, as mais freqüentes são: tontura, zumbidos, vertigem, queda, náuseas, desvio de marcha e instabilidade. As alterações do controle postural têm um grande impacto nos idosos, uma vez que podem levá-los a uma diminuição de sua autonomia social, já que estão associadas a um maior risco de queda e suas conseqüentes seqüelas, que apresentam elevada morbidade. Muitas são as etiologias responsáveis pelo distúrbio do equilíbrio na população idosa. Doenças vestibulares, psiquiátricas, cervicais e vasculares, hipotensão postural, uso de medicamentos, além das alterações metabólicas podem ser citadas como as causas mais comuns desse desequilíbrio corporal que acomete o idoso.
OBJETIVO: A intenção deste estudo é caracterizar a prevalência das alterações vestibulares centrais ou periféricas, irritativas ou deficitárias em idosos com queixas de alterações do equilíbrio.
MÉTODOS: O trabalho foi realizado, em 163 indivíduos com queixa de desequilíbrio e/ou tontura, com idades variando entre 65 e 86 anos, com média de idade de 71,54 anos. Os exames foram realizados entre janeiro de 2002 e maio de 2005, caracterizando o perfil da população de idosos quanto ao resultado da vectoeletronistagmografia, nesta Instituição.
RESULTADOS: Na análise dos dados obtidos, observamos que 25,8% (42 pacientes) apresentaram síndrome vestibular periférica irritativa e 15,9% (26 pacientes), síndrome vestibular periférica deficitária, e 0,61% (1 paciente), apresentou como resultado síndrome vestibular central irritativa, representando uma prevalência total de 42,3% de distúrbios vestibulares.
CONCLUSÃO: Os achados da pesquisa indicam que a hipótese diagnóstica de síndrome vestibular periférica irritativa é a mais freqüente, comparada aos demais diagnósticos na população estudada e chamam a atenção para a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para a compreensão do desequilíbrio e seu adequado tratamento na população idosa.
 
 
Contato: popiperez@ig.com.br
 

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