Código: OCL0217
RELAÇÃO ENTRE OS GESTOS E A LINGUAGEM ORAL EM UM PAR DE GÊMEOS COM SINDROME DE DOWN |
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Autores: Fabíola Custódio Flabiano, Suelly Cecilia Olivan Limongi |
Instituição: LABORATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM SÍNDROMES E ALTERAÇÕES SENSÓRIO-MOTORAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP |
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A relação entre os gestos e a linguagem oral em crianças com síndrome de Down (SD) tem sido relatada por alguns estudos, os quais apontam para a grande importância dos gestos na construção da linguagem oral desses indivíduos. Porém, são escassos os trabalhos realizados em relação ao desenvolvimento da linguagem em gêmeos nessa população.
Neste sentido, o objetivo deste estudo é evidenciar a relação entre os gestos e o desenvolvimento da linguagem oral em um par de gêmeos monozigóticos com SD, do sexo masculino, com idades iniciais de 18 meses, por meio da comparação dos gestos e emissões orais apresentados entre os sujeitos.
Os dados foram coletados em 3 etapas: avaliação inicial, intervenção fonoaudiológica durante 12 meses e reavaliação. Todas as sessões foram registradas em protocolo específico e em vídeo.
A fundamentação teórica deste trabalho foi dada pela Epistemologia Genética, seguindo o modelo dialético-didático de observação.
Os resultados apontaram para o importante papel dos gestos na construção da linguagem oral. Assim, os gestos dêiticos como “apontar” e “chamar” e os representativos como “dar tchau”, fazer “não” com a cabeça, entre outros, acompanhados ou não de vocalizações, deram origem, por volta da 5ª. fase do período sensório-motor, às palavras correspondentes como “dá”, “té” (quero), “não”, “tau” (tchau), entre outros. Por volta da 6ª. fase do período sensório-motor, os sujeitos passaram a utilizar vocábulos não acompanhados de gestos na nomeação de pessoas como “mãe”, “eda”(Élida), “bé” (Beto), “nenê” etc.
Porém, apesar de apresentarem similaridades em relação ao uso dos gestos e a construção da linguagem oral, nossos gêmeos apresentaram um ritmo particular de desenvolvimento, evidenciando a presença de fatores intrínsecos de influência.
Nesse processo, a terapia fonoaudiológica, fundamentada nos princípios da Epistemologia Genética, mostrou-se um recurso importante e efetivo no trabalho realizado em relação ao desenvolvimento cognitivo e da linguagem dessas crianças. |
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Contato: fabiolaflabiano@yahoo.com.br |
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