DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO: ELETROFISIOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA AUDIÇÃO
Doris Ruth Lewis
Coordenador(a)
 
A avaliação da audição é realizada, atualmente, por meio de uma bateria de testes audiológicos. Assim sendo, torna-se necessário para cada paciente, para cada situação, escolher os testes necessários a serem aplicados. Em primeiro lugar, é fundamental a aplicação de entrevista com a família, ou com o próprio paciente, para obtenção dos dados referentes ao período pré-natal, neonatal e pós-natal, no que se refere a ocorrências que poderiam ter causada a perda de audição, além de dados de audição e linguagem que possam nortear o exame audiológico. Em seguida, no caso de crianças abaixo de 3 anos de idade, sugere-se a seguinte bateria de testes: Timpanometria, pesquisa do reflexo do músculo do estapédio, emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e por produto de distorção, logoaudiometria, audiometria tonal, potencial evocado auditivo do tronco encefálico. No caso deste último, em caso de rebaixamento auditivo, e na impossibilidade de se obter informações com fidedignidade em freqüências específicas ou por via óssea, o potencial também deve ser registrado com clicks por via óssea e por via aérea com tone burst. Para crianças abaixo de 6 meses de idade, a avaliação comportamental inclui a pesquisa do nível mínimo de resposta na Observação do Comportamento Auditivo; para crianças entre 6 meses e 3 anos de idade recomenda-se a Audiometria de Reforço Visual; entre 3 anos e 5 anos de idade a técnica utilizada para avaliação comportamental é a Audiometria Lúdica Condicionada. Com esta bateria de testes é possível avaliar a audição no que se refere ao seu sistema periférico, com testes comportamentais, eletrofisiológicos e eletroacústicos, de forma objetiva e subjetiva. Tais dados são de fundamental importância para conclusão diagnóstica e para a conduta que será dada a cada paciente. As informações adequadas possibilitam a seleção de aparelhos de amplificação sonoroa individuais, ou outras medidas necessárias, iniciando assim o tratamento que inclui além da terapia fonoaudiológica, a escolha de um dispositivo que possa minimizar ao máximo a privação sensorial auditiva, possibilitando o desenvolvimento da linguagem.
 
Contato: drlewis@uol.com.br
 

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