Código: OCA0970
AVALIAÇÃO AUDITIVA EM CRIANÇAS E ADULTOS DIABÉTICOS INSULINO-DEPENDENTES (TIPO 1)
 
Autores: Adriana Bueno Benito Pessin, Regina Helena Garcia Martins, Marisa Portes Fioravante, Walquíria Pimenta
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP
 
INTRODUÇÃO. O diabetes mellitus (DM) é uma doença sistêmica crônica, causada pela deficiência relativa ou absoluta da secreção de insulina. Em seu curso, surgem as microangiopatias com espessamento da membrana basal dos capilares, levando a complicações em vários órgãos incluindo as vias auditivas, sendo que nestas por vezes as alterações são multisetoriais.

OBJETIVO. Avaliar a acuidade auditiva de pacientes com DM insulino-dependentes (tipo 1).

CASUÍSTICA. grupo amostral (G I), quarenta pacientes diabéticos tipo 1 com até 30 anos, com diagnóstico confirmado por exames de glicemia de jejum. Excluíram-se pacientes com queixas pregressas ou atuais de alterações de orelha média, otoscopia alterada, uso de ototóxicos, ou exposição a ruido. Grupo controle (G II) vinte indivíduos não diabéticos, de faixa etária semelhante ao GI. MÉTODOS. Anamnese, revisão dos prontuários médicos, otoscopia, audiometria, imitanciometria e BERA.

RESULTADOS. No GI, 57,5% dos pacientes tinham menos de 15 anos de idade e, 40% diagnosticaram o DM há menos de 5 anos. O sexo feminino foi predominante (55%). Todos os pacientes de GI usavam insulina e 5% usavam antidiabético oral associado. Os valores médios de glicemia de jejum encontraram-se alterados em 92% de GI. Constatou-se, nos paciente de GI, retinopatia diabética em 10% deles, neuropatia em 7,5% e nefropatia em 7,5%. Dos sintomas cocleovestibulares referidos, o zumbido e a surdez foram os mais prevalentes (25%). Em GI, a audiometria detectou perda auditiva de grau leve em 6 orelhas (7,5%), com maior incidência na faixa etária entre 16 e 30 anos (66%) e sem relação com o tempo de diagnóstico da doença. No BERA, 11,25% das orelhas testadas já apresentavam alterações. Em todos os indivíduos de GII as avaliações auditivas estavam normais.

CONCLUSAO. Alterações auditivas precoces foram observadas em um número significativo de pacientes diabéticos tipo 1, mais evidentes no BERA, indicando possível comprometimento inicial das vias auditivas retrococleares.
 
 
Contato: abenito@uol.com.br
 

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