Código: OEL1042
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA JUNTO A CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME DA DISPLASIA CAMPOMÉLICA
 
Autores: Janice Mainardi Kaminski, Lisiane Zorzella Linassi, Marcia Keske-soares, Helena Bolli Mota
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
 
A síndrome da displasia campomélica é uma osteocondrodisplasia congênita rara, geralmente fatal, causada por uma mutação no gene SOX-9 do cromossoma 17, alterando a esqueletogênese. A maioria das mortes ocorre no período neonatal por insuficiência respiratória devido a alterações ósseas da caixa torácica, diâmetro reduzido da laringe, traqueomalácea, laringomalácea e complicações associadas. As alterações existentes referem-se a evidências físicas, tais como: baixa estatura/nanismo, dificuldade respiratória, face achatada, pescoço curto, tórax estreito, fenda palatina, hipotonia, micrognatia, hidrocefalia, anomalia traqueal e laríngea. Este trabalho teve por objetivo apresentar o relato de caso da atuação fonoaudiológica precoce de gêmeas que apresentavam a síndrome da displasia campomélica. Esta é uma pesquisa qualitativa, observacional, descritiva, e longitudinal, composta de relato de caso, devidamente autorizado pelos pais. Duas meninas, gêmeas (G1 e G2), com 1:10, realizaram fonoterapia desde janeiro de 2005, tendo como queixa não falar, fenda palatina não reparada e dificuldade para se alimentar. Na avaliação fonoaudiológica constatou-se alteração na alimentação, na sucção, fenda palatina, comunicação através de gestos, G1 apresenta laringomalácea e G2 traqueomalácea. A terapia fonoaudiológica embasada na teoria sócio-construtivista de aquisição e desenvolvimento da linguagem, privilegiando a atividade dialógica, baseou-se em: adequar a alimentação, orientando-se sobre o furo da mamadeira, posicionamento durante a alimentação e consistências alimentares; adequar estruturas e funções do sistema estomatognático, através de exercícios de mobilidade, sensibilidade e sopro; e estimular a linguagem compreensiva e expressiva. Os resultados de ambas pacientes, após 5 meses de intervenção fonoaudiológica, foram as seguintes: melhor organização global; adequação de ritmo, força e pausas na sucção e coordenação sucção-deglutição-respiração, e favorecimento da interação mãe/bebê. Quanto à comunicação, observou-se que, após intervenção a aquisição e desenvolvimento da linguagem expressiva e compressiva desenvolveu-se adequadamente. Conclui-se que a estimulação precoce possibilita prevenir futuros problemas de alimentação, de linguagem, emocionais e de aprendizagem.
 
 
Contato: keske-soares@uol.com.br
 

Imprimir Trabalho

Imprimir Certificado Colorido

Imprimir Certificado em Preto e Branco