Código: OCL1284
COMPLEXIDADE FRASAL NA LINGUAGEM DE CRIANÇAS COM DISTÚRBIOS DO ESPECTRO AUTÍSTICO – ESTUDO EVOLUTIVO
 
Autores: Patrícia Teles, Liliane Perroud Miilher, Karina Araújo, Daiane Oncala, Flávia Macarelli de Carvalho, Juliana Melo Vieira, Thalita Ubiali, Fernanda Dreux Miranda Fernandes
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Introdução:
O autismo é um transtorno psiquiátrico da infância que compromete globalmente o desenvolvimento. As alterações lingüísticas são uma das suas principais características diagnósticas (DSM-IV, 1994) acometendo todos os componentes da linguagem, inclusive aspectos formais, como a estrutura gramatical. Na literatura, poucos estudos investigaram os aspectos gramaticais das produções orais de crianças autistas. Devido a isto, este estudo tem como objetivo verificar a evolução da complexidade frasal em crianças autistas verbais.

Método
Sujeitos: 08 crianças pertencentes ao espectro autístico. Todos freqüentaram terapia fonoaudiológica durante o período mínimo de dois anos.
Material: fitas VHS da primeira situação de terapia filmada e outra gravação após dois anos de terapia.
Procedimento: Foram transcritos 30 minutos de cada filmagem (08 horas no total). O cálculo de concordância foi realizado por dois juízes. Foram analisados 100 segmentos de fala de cada paciente, nos quais foram observados os morfemas gramaticais referentes aos substantivos, verbos e artigos (MG-1) e preposições, conjunções e pronomes (MG-2), além do número de palavras, conforme proposto por Araújo (2003). Estes valores constituíram a extensão média do enunciado em morfema (EME-M) e em palavras (EME-P)
Análise dos dados: Foi realizada análise comparativa, entre filmagens, da quantidade dos morfemas utilizados.

Resultados:
Os resultados parciais mostram que houve aumento no MG-1 (média inicial de 150 e média final de 228); no MG-2 (valor médio inicial de 18,33 para 54) e no número de palavras (de 164,67 para 243,67). O valor da EME-M foi de 1,68 para 2,82 e a EME-P inicial foi 1,64 para 2,43.

Conclusões:
A análise parcial dos dados sugere evolução na complexidade frasal em crianças do espectro autístico. Isto mostra que, ainda que este aspecto não tenha sido primariamente enfocado na terapia de linguagem, o trabalho em uma perspectiva pragmática possibilita melhora na forma lingüística.
 
 
Contato: paty2404@ig.com.br
 

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