Código: TCV1830
DISFAGIA E DISFONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL PROLONGADA |
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Autores: Tatiana F. Dell Débbio Vilanova, Patricia Bortolotti, Anna Karinne Bandeira |
Instituição: HOSPITAL SÍRIO LIBANES |
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Introdução: A laringe é uma estrutura comum a uma série extensa de funções, como deglutição, fonação e respiração. A estrutura laríngea participa ativamente da fase faríngea da deglutição, na qual ocorre simultaneamente coaptação glótica, aproximação das pregas vestibulares e ariepiglóticas, assim como a elevação e anteriorização da laringe; agindo como válvula de proteção das vias aéreas superiores.
Objetivo: Avaliar e comparar o comprometimento vocal e de deglutição em pacientes submetidos a intubação orotraqueal prolongada.
Material e método: Participaram desta pesquisa 20 sujeitos (6 do sexo feminino e 14 do sexo masculino) e faixa etária de 54 a 90 anos (média de 76,3 anos), submetidos a intubação orotraqueal prolongada (IOT). Foram excluídos todos os indivíduos com alterações neurológicas e/ou qualquer patologia que pudesse causar alteração e/ou comprometer diretamente o funcionamento dos órgãos fonoarticulatórios. Todos sujeitos foram submetidos a avaliação da voz, utilizando-se protocolo CAPE-V proposto pela ASHA (2003) e avaliação da deglutição, classificada a partir da escala O’Neil 1999. As avaliações de voz e deglutição ocorreram no mesmo momento, pela mesma fonoaudióloga responsável e especialista nas áreas. Análise estatística foi realizada para comparação dos dados.
Resultados: Os resultados mostraram que 100% dos sujeitos apresentaram algum grau de alteração vocal, sendo as qualidades vocais mais descritas: rugosidade (62,5%), astenia (50%), soprosidade (37,5%) e voz molhada (25%). Em 14 (70%) indivíduos a disfagia esteve classificada em severa, em 3 (15%) disfagia moderada, 1 (5%) disfagia leve, 2 (10%) indivíduos apresentaram deglutição adaptada. Dos sujeitos com disfagia de grau severo 8 apresentaram qualidade vocal rugosa de grau moderado. Os indivíduos com deglutição adaptada (10%) apresentaram disfonia de grau leve e severo.
Conclusão: Pacientes submetidos a intubação orotraqueal prolongada evoluem muitas vezes com alterações de voz e/ou deglutição, concomitantes ou não, que podem ser minimizadas rapidamente com ação imediata da reabilitação fonoaudiológica. |
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Contato: pborto@terra.com.br |
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