Código: OEM0274
FRATURA DE CÔNDILO - TRATAMENTO CONSERVADOR |
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Autores: Luciana Moraes Studart Pereira |
Instituição: HOSPITAL OSWALDO CRUZ |
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Quedas acidentais, acidentes automobilísticos, agressões físicas, acidentes motociclísticos e também os esportivos são os principais fatores etiológicos associados às fraturas condilares.
Das fraturas mandibulares, as condilares são encontradas com maior freqüência. Em razão das controvérsias do tratamento e da importância de sua boa condução, vêm sendo alvo de muito estudo.
M.J.S.L.S foi vítima de acidente motociclístico (11/07/2004). Apesar de apresentar dificuldade na abertura bucal imediatamente após o acidente, procurou a equipe de Cirurgia Bucomaxilofacial apenas dez dias depois, quando então, foi diagnosticado fratura alta do côndilo direito. A equipe optou por tratamento conservador utilizando barras de Grich e ligas.
Foi encaminhada para avaliação fonoaudiológica (17/08/2004) onde se observou mordida aberta anterior; laterognatia para o lado da fratura e dor na palpação da articulação contralateral; tensão cervical; limitação da abertura bucal em 23mm, ausência quase total de lateralidade; articulação da fala com desvio no percurso mandibular para o lado direito.
A intervenção fonoaudiológica destinou-se ao trabalho miofuncional visando estabelecer a mobilidade mandibular, amplitude da abertura da boca e restabelecimento das funções estomatognáticas e, na medida do possível, evitar adaptações nocivas.
A conduta utilizada foi inspirada no Protocolo de Terapia Para Fraturas de Côndilo proposta por Esther Mandelbaum G. Bianchini, modificado em algumas circunstâncias em decorrência da dor assistemática na articulação temporomandibular contralateral à fratura.
Na oitava semana de acompanhamento fonoaudiológico obteve 35mm de abertura bucal, simetria e estabilidade funcional. A continuidade do trabalho miofuncional assegurou 38mm de amplitude bucal. Contudo, a melhora da lateralidade não segue os padrões de medida, permanecendo em 05mm para ambos os lados.
A ajuda fonoaudiológica é benéfica e necessária uma vez que atenua as queixas principais e, na medida do possível, reabilita as funções estomatognáticas, objetivo principal da atuação fonoaudiológica junto aos pacientes com trauma de face. |
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Contato: luciana.studart@uol.com.br |
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