Código: TED1840
REABILITAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PÓS-LARINGECTOMIA SUBTOTAL COM EPIGLOTECTOMIA PARCIAL – RELATO DE CASO
 
Autores: Carla Maffei, Maria Inês Rebelo Gonçalves, Noemi Grigoletto de Biase, Marçal Motta de Mello
Instituição: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ – HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA DO PARANÁ – HOSPITAL SÃO VICENTE
 
Descrição do caso: paciente do sexo feminino, 64 anos, pós laringectomia subtotal com preservação da aritenóide esquerda e epiglotectomia parcial à direita, e reconstrução com retalho miocutâneo de platisma, iniciou fonoterapia após radioterapia. Apresentava afonia e disfagia, com aspiração pulmonar para todas as consistências, utilizando dieta enteral.
Objetivo: verificar a eficácia da aplicação da técnica da fonação reversa associada à manobra corporal de mãos em gancho, para a reabilitação da voz e da deglutição por meio das avaliações nasolaringológica e videofluoroscópica, e da análise perceptivo-auditiva vocal.
Procedimento: Realizou videofluoroscopia evidenciando aspiração tráqueopulomonar para todas as consistências e nasolaringoscopia que constatou ausência de coaptação das estruturas laríngeas remanescentes, sendo que durante o exame foram realizadas várias provas terapêuticas e somente a fonação reversa (Powers,1964), associada à manobra de mãos em gancho e à emissão da vogal /i/, foi a que favoreceu algum grau de constrição ariepiglótica, sendo a seguir encaminhada à fonoterapia a qual constituiu-se da realização desta técnica. A fonoaudióloga orientou dez séries de dez emissões diárias pelo período de dois meses. Após este período a paciente foi novamente encaminhada para os exames de controle.
Resultados obtidos: Após a fonoterapia observou-se coaptação das estruturas remanescentes (aritenóide e epiglote), propiciando a melhora da qualidade vocal de áfona para rouca-soprosa severa. Embora este tipo de fonação e manobra corporal promovesse um movimento inverso à fisiologia normal da fonação, mostrou-se de grande auxilio para a melhora do mecanismo de proteção das vias aéreas, impedindo a aspiração. Houve necessidade da utilização de espessante para líquidos finos, para que ocorresse a alimentação via oral e a retirada da sonda.
Conclusão: A aplicação da técnica da fonação reversa associada à manobra de mãos em gancho, neste caso, mostrou-se eficaz para o restabelecimento das funções da deglutição e fonação.
 
 
Contato: carlamaffei@uol.com.br
 

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