Código: OCL1260
FREQÜÊNCIA DE ITENS LINGÜÍSTICOS EM NARRATIVA ORAL E ESCRITA DE ESCOLARES COM DIFICULDADES DO APRENDIZADO (DAP)
 
Autores: Katia Reis de Souza Costa, Liliane Perroud Miilher, Clara Regina Brandão de Ávila
Instituição: UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
 
Apesar das diferenças intrínsecas às modalidades oral e escrita, há pontos comuns entre elas que justificam pensar que a escrita é uma continuação da linguagem oral (Santos e Navas, 2002). Porém, o desenvolvimento da linguagem escrita também sofre a influência da vivência que a criança tem com a cultura escrita e literária no convívio familiar (Miilher e Ávila, 2003), estabelecendo diferenças notáveis entre esses dois meios de comunicação. Nos escolares com dificuldades do aprendizado (DAp), esta influência, tanto quanto a continuidade do desenvolvimento das duas modalidades, mostram-se prejudicadas.
O objetivo deste trabalho foi caracterizar as narrativas oral e escrita a partir de estímulo visual, de escolares com DAp, segundo a freqüência de uso de itens lingüísticos, por categoria gramatical. Apresentou-se a mesma figura de ação a 12 escolares (meninos e meninas) de diferentes séries do ensino fundamental (09 a 14 anos). Cada narrativa oral foi gravada e sua transcrição canônica comparada à produção escrita. Realizaram-se análises comparativas entre as duas modalidades de narrativa, calculando-se o número total de palavras e a freqüência de substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, artigos, conjunções e preposições. A análise por classe mostrou, para as duas modalidades, maior freqüência do uso de verbos (25,25 oral e 14 escrita), seguida dos substantivos (18,75 oral e 13,33 escrita) e artigos (14,33 oral e 8,91 escrita). Os adjetivos foram os menos utilizados (2,66 oral e 1,83 escritas).
Na modalidade oral, os itens conjunção e advérbio foram menos utilizados (10,75 e 10,33 respectivamente), seguidos pela preposição (4,75). Na escrita foi possível observar, em ordem decrescente de ocorrência, o uso de advérbios (3,91), conjunções (3,83) e preposições (2,66).
Conclusão: Os resultados demonstram não haver diferenças significantes quanto ao uso dos diferentes tipos de itens lingüísticos, à exceção do substantivo e adjetivo, entre narrativas orais e escritas dos escolares com dificuldades do aprendizado.
 
 
Contato: katiareisfono@ig.com.br
 

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