Código: TCL0480
ESTUDO DA PERCEPÇÃO E AÇÃO DOS FAMILIARES DE CRIANÇAS COM ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM
 
Autores: Maria Elizabeth Siqueira Lemos, Cláudia Gonçalves de Carvalho Barros, Regina Helena Caldas de Amorim
Instituição: UNICENTRO IZABELA HENDRIX E FACULDADE MEDICINA UFMG
 
A linguagem possibilita a comunicação, a interação social, a transmissão cultural e a vivência de pertencer ao grupo. É fundamental no processo de conhecer o mundo, conhecer-se e definir-se como identidade. As alterações de linguagem podem criar problemas nas relações familiares e interferir no desenvolvimento e aprendizagem das crianças. É longa a espera das famílias por atendimento especializado em Fonoaudiologia, na Rede Pública de Saúde e nas diversas Clínicas-escola. A partir dessas concepções e constatações, e com o objetivo de verificar como os pais percebem e agem frente às alterações de linguagem de seus filhos, foi realizada uma pesquisa, em uma Clínica-escola de Fonoaudiologia. Os sujeitos eram familiares de 17 crianças, de 3 a 6 anos, com alterações de linguagem, que aguardavam vaga para atendimento. Foi utilizado o Método Clínico Qualitativo, com recurso de entrevistas individuais semi-estruturadas, para elucidar crenças, valores, concepções e comportamentos dos pais. Os dados foram submetidos a Analise de Conteúdo, que possibilitou a identificação de similaridades, complementaridades e divergências, entre o discurso dos entrevistados. Os resultados revelaram as concepções e crenças dos familiares a respeito das dificuldades de seus filhos: comparavam sua criança com outras; relacionavam as dificuldades com ciúmes entre irmãos; buscavam explicações orgânicas; culpabilizavam-se por não saberem lidar com a situação. Os resultados evidenciaram, ainda, que tais concepções interferem no modo como os pais conduzem suas ações no enfrentamento dessas dificuldades. Para melhorar a comunicação da criança, os familiares utilizam diferentes recursos: buscam compreender, estimulam a fala, superprotegem, corrigem ou castigam a criança. Os dados do presente estudo mostram que, apesar dos limites sócio-culturais e da falta de assistência, as famílias são receptivas, querem ajuda e orientação para o enfrentamento das dificuldades. Embora as alterações de linguagem sejam pouco valorizadas, trata-se de um tema de Saúde Coletiva a ser discutido e abordado em prevenção.
 
 
Contato: siqlemos@terra.com.br
 

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