Código: TCF0026
PERFIL FAMILIAL DA GAGUEIRA – ESTUDO DO RISCO
 
Autores: Claudia Regina Furquim de Andrade
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Introdução - Os fatores de risco para a gagueira idiopática ou do desenvolvimento não são suficientemente conhecidos e a base de pesquisas sobre o assunto também é limitada. O histórico familiar positivo para o distúrbio é considerado um fator de alto risco. Os estudos genéticos sobre a gagueira estão em fase de grande desenvolvimento e apontam a existência de modelos de transmissão consistentes, embora ainda sem consenso.

Objetivo – O estudo propõe a análise da distribuição dos afetados numa mesma família a partir do probando (criança) e a proporcionalidade dessa distribuição segundo o grau de risco para gagueira persistente.

Método – foi analisada a distribuição de familiares afetados pela gagueira a partir de 83 probandos/crianças de 2 a 12 anos, de ambos os sexos, sem distinção de raça e condições sócio-economico-culturais. Foram constituídos os heredogramas dos participantes e atribuído o grau de risco para gagueira persistente, segundo protocolo proposto por Andrade (1999).

Resultados – Para a 44% das crianças de baixo risco não existe histórico familiar reconhecido para gagueira mas existe uma tendência leve dessas crianças (56%) a apresentarem antecedentes familiares próximos e distantes para o distúrbio. As crianças de risco apresentam uma tendência a histórico familiar positivo para a família próxima e distante (77%). As crianças de alto risco apresentam uma tendência a histórico familiar positivo para a família próxima e distante (66%).

Conclusão – A presença de histórico familiar positivo (próximo e distante) para a gagueira desenvolvimental crônica não está diretamente relacionada ao grau de risco para o distúrbio segundo o protocolo utilizado. Os resultados do estudo corroboram a necessidade de pesquisas específicas sobre o tema.
 
 
Contato: clauan@usp.br
 

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