Código: OCA0930
RECÉM-NASCIDOS HIPERBILIRRUBINÊMICOS: AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS NESTA POPULAÇÃO
 
Autores: Bianca Arruda Manchester de Queiroga, Diana Babini Lapa de Albuquerque, Anna Tereza Pessoa da Silva Reis, Gabriella Duarte Morais de Miranda, Evelyn Priscilla Barbosa Sales, Neuza Maria Vieira, Clécia Natália de Siqueira da Silva
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
 
Uma causa comum que compromete a audição do recém-nascido (RN) é a hiperbilirrubinemia. Esta afecção apresenta como principal seqüela o comprometimento da audição, podendo afetar a cóclea, o tronco e o córtex cerebral. Diante dessas informações, o objetivo do estudo foi avaliar o funcionamento coclear de RN’s hiperbilirrubinêmicos. O estudo foi realizado com 351 prontuários de RN’s da maternidade de um Hospital Universitário de Recife-PE, que possui o serviço de Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), no período de agosto de 2003 a abril de 2005. Deste quantitativo 62 prontuários foram excluídos da pesquisa por apresentarem preenchimento dos dados incompleto. Para análise de dados foi utilizado o Software Microsoft Excel, versão 2000 e o programa estatístico SPSS 10, tendo sido utilizado a apresentação tabular gráfica e distribuição de freqüência. A identificação das funções cocleares foi realizada através dos resultados de Emissões Otoacústicas Transientes (EOATs) e do reflexo cocleopalpebral (RCP) arquivados nos prontuários. Do total de 289 prontuários de RNs analisados, 88,5% apresentaram hiperbilirrubinemia. Destes, 37,1% apresentaram apenas hiperbilirrubinemia e 62,9% apresentou hiperbilirrubinemia associada a pelo menos um fator de risco. Dos 37,1% que apresentaram apenas hiperbilirrubinemia, 49,4% falharam no EOATs e 25,6% tiveram RCP ausente. Dos 62,9% com hiperbilirrubinemia associada a pelo menos um fator de risco, 62,7% falhou nas EOATs e 39,1% apresentaram ausência de RCP. Diante dessas informações, pode-se concluir que há alta prevalência de alteração no funcionamento coclear dos recém-nascidos hiperbilirrubinêmicos, principalmente se associado a outro fator de risco para surdez. Assim faz-se necessária realização de acompanhamento periódico, para que a detecção de alterações auditivas e intervenção sejam iniciadas o quanto antes, a fim de garantir à criança portadora de perda auditiva um desenvolvimento lingüístico e social compatível com crianças ouvintes da mesma faixa etária.
 
 
Contato: dianababini@terra.com.br
 

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