Código: OCL1515
REFLEXÕES SOBRE A LINGUAGEM ESCRITA EM INDIVÍDUOS DISFÁSICOS |
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Autores: Rachel Ferreira Campos Loiola, Luciana Alves Mendonça |
Instituição: FEAD |
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O trabalho a seguir apresenta uma diferenciada visualização do processo de transferência do sistema oral para o sistema escrito de linguagem. Questiona-se sobre o desvinculamento do conceito de língua da visão tradicional, que considera esta como um código restrito e fechado e sugere-se uma visão da língua enquanto sistema, construída a partir da interação do indivíduo com seu meio, sendo estruturada e modificada em função dos resultados dessas interações. As alterações de linguagem, muitas vezes, permitem uma melhor compreensão dos fenômenos lingüísticos normais. Optou-se assim, por uma análise de indivíduos portadores de disfasia. Esses indivíduos apresentam, de uma forma geral, alterações no funcionamento da linguagem oral, seja esta compreensiva ou expressiva. Os comprometimentos da linguagem escrita aparecem como uma das seqüelas das alterações comunicativas. O objetivo do trabalho é demonstrar a influência da linguagem oral na linguagem escrita em indivíduos disfásicos. Foram analisados a escrita de seis indivíduos disfásicos, quatro do sexo masculino e dois do sexo feminino, não sendo relevante aqui a especificação dos tipos de disfasia, mas o funcionamento da linguagem escrita como um todo. Todos os indivíduos possuem idade superior a 30 anos, foram alfabetizados no mínimo até a 4ª série do ensino fundamental e apresentam disfasia há mais de dois anos, o que nos permite sugerir que já existe certa adaptação das condições patológicas. Como resultado observou-se que a produção escrita dos indivíduos refletiu o funcionamento da linguagem oral, justificando que os processos de escrita não são simplesmente apropriados pelo indivíduo, mas referem-se a um processo de construção. Diante da perda desta habilidade, vimos que a linguagem escrita apresenta-se intimamente relacionada ao funcionamento da linguagem oral, não sendo um produto apropriado a partir de estímulos externos impostos pelo meio, mas construídos a partir da relação do próprio indivíduo com a sua concepção de linguagem. |
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Contato: rachel.loiola@fead.br |
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