Código: TCS0289
RUÍDO EXCESSIVO NA ESCOLA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS REDES DE ENSINO PÚBLICA E PARTICULAR
 
Autores: Carolina Alves Ferreira de Carvalho, Eliane Lopes Bragatto, Alda Christina Lopes de Carvalho Borges
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
 
Introdução:O dano mais comum da poluição sonora sobre o homem é o desconforto acústico que acaba por afetar sua saúde física e mental (Oliveira,2000).Entre os efeitos não-auditivos está o prejuízo cognitivo, que pode ser melhor observado em locais como as salas de aula (Costa-Félix,1998).Nas escolas, instalações incompatíveis com a crescente demanda por vagas e as adaptações físicas, geram salas, quadras e pátios em condições impróprias e sem tratamento acústico. Objetivo:Realizar um estudo comparativo entre as opiniões dos professores das redes pública e privada de ensino, quanto ao ruído excessivo produzido pelos escolares. Método:Foi aplicado um questionário, proposto por Borges e col.(2002),em 16 professores de uma escola particular de São Paulo. As questões foram relativas ao ruído excessivo produzido pelos escolares, inclusive possíveis prejuízos em integrantes da escola.Os resultados foram comparados àqueles encontrados pelas autoras em trabalho anterior, junto à rede pública de ensino. Resultados:Distinções entre as opiniões dos professores das redes pública e particular de ensino, sobre o barulho, foram, respectivamente: 87,9%- 18,8% o consideram desagradável ou insuportável, agravando-se ao longo da semana (75,8%-62,5%) e do ano letivo (97%-53,3%); aquele, cuja fonte é externa à sala é o mais lesivo para 18,2%-37,5%; prejudica muito a aprendizagem (90,9%-73,3%) e acarreta queda do desempenho profissional (57,7%-25%). Em sala de aula, é conseqüência da contaminação provocada por poucos alunos (66,7%-87,5%) e pelos mais velhos (15,2%- 40%); 56,2%-100% obtiveram sucesso aplicando estratégias compensatórias. Entretanto, há concordância nas opiniões sobre aspectos de saúde dos educadores: 81,1%-83,5% aumentam a intensidade vocal para compensar o barulho, destes 63,6%-68,8% refere rouquidão e 27,3%-37,6% realizaram exame audiológico. Conclusão:Campanhas visando redução do ruído excessivo nas escolas devem contemplar as necessidades específicas de cada comunidade atendida, adequadas aos recursos materiais e humanos disponíveis na rede de ensino correspondente. Porém, quanto à saúde, as condutas de prevenção, diagnóstico e intervenção são comuns.
 
 
Contato: carolcarvalho_fono@yahoo.com.br
 

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