ESTUDO DE CASO - DIFERENÇAS NO PROCESSO TERAPÊUTICO ENTRE RESPIRADORES ORAIS ALÉRGICOS E NÃO ALÉRGICOS
Ana Carolina Rocha Gomes Ferrei
Apresentador(a) de Caso
Instituição: FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS GOVERNADOR LAMENHA FILHO - UNCISAL
 
A respiração nasal favorece o necessário aporte de oxigênio para o metabolismo celular, estabelece o correto desenvolvimento anatômico e funcional das diversas estruturas do corpo, em particular para os fonoaudiólogos o sistema estomatognático. Por sua vez, a respiração oral acarreta alterações craniofaciais, dentárias, nos órgãos fonoarticulatórios, nas funções orais, na postura corporal, dentre outras. Por esta razão, é de grande interesse clinico para os fonoaudiólogos, em particular os que atuam com a motricidade oral, compreender como se processa e trata as alterações consequentes da respiração oral. Esta apresentação demonstra um estudo de caso de um paciente respirador oral não alérgico, estudante, 16 anos, sexo feminino, encaminhada pelo ortodontista na finalização do tratamento com queixa de respiração oral. Após avaliação miofuncional orofacial evidenciou-se: lábios entreabertos com tônus diminuído, hipercontração do mentual, língua com marcas nas laterais em soalho com tônus diminuído, bochechas assimétricas, palato ogival, narinas estreitas, entre outras. Quanto as funções estomatognáticas verificou-se respiração oro-nasal, tipo superior e alterações na fonoarticulação, mastigação e deglutição. O processo terapêutico teve enfoque na conscientização sistemática do problema e os benefícios na realização do tratamento fonoaudiologico; explanação da fisiologia do trato respiratório; limpeza das narinas com soro fisiológico; aeração nasal com espelho de Glatzel; propriocepção do olfato com diferentes odores; adequação da postura e tônus dos órgãos fonoarticulatórios através de exercícios e massagens faciais; adequação das funções estomatognáticas; automatização através de da conscientização e propriocepção dos receptores labiais favorecendo maior permanência de vedamento labial além da observação do fluxo aéreo tanto em terapia como em casa. O tratamento teve a duração de 17 sessões com duração de 45 minutos semanalmente, com evolução satisfatória.
 
Contato: acr_fono@yahoo.com.br
 

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