Código: OES0674
ESTUDO DE CASO DE DISFAGIA ASSOCIADO A FATORES PSÍQUICOS
 
Autores: Luana Almeida Magalhães, Luiz Augusto de Paula Souza
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
 
Descrição do caso: atendimento domiciliar de paciente do sexo feminino, 82 anos, com diagnóstico de disfagia orofaríngea, afasia de expressão e disartrofonia. Terapia iniciou-se em junho de 2004; à avaliação, paciente apresentava quadro de paresia e parestesia facial à esquerda, com presença de resíduos de alimento em cavidade oral do lado esquerdo. Suspeita de risco de escape tardio do alimento, que poderia causar penetração laríngea e/ou aspiração traqueal. Não utilizava via alternativa de alimentação, nem traqueostomia. Tomografia revela lesão cerebral por AVC isquêmico no hemisfério direito/lobo parietal, o que justificava diminuição de sensibilidade e de força na hemiface esquerda.
Procedimento: Exercícios miofuncionais para aumentar sensibilidade, tonicidade, mobilidade e coordenação de lábios, língua, bochechas, laringe, faringe e coaptação glótica, a fim de maximizar controle oral, ejeção de língua e evitar aspiração. Levantamento da história de vida e dos hábitos relacionais e alimentares da paciente para análise do caso. (Caso de pesquisa com parecer do Comitê de Ética do PEPG em Fonoaudiologia da PUC-SP)
Resultados: Paciente apresentou melhora na mastigação e diminuição do resíduo e cavidade oral. A mudança no padrão articulatório foi obtida pelas modificações nos padrões dos órgãos fonoarticulatórios. Observaram-se episódios em que foi possível alcançar alimentação sem presença de resíduos em cavidade oral e sem engasgos ou escape labial de saliva, sugerindo que poderiam ser iniciadas outras ações terapêuticas, voltadas às dificuldades de linguagem que a incomodavam. Porém, os sintomas de disfagia retornaram e foi necessário retomar a estimulação miofuncional em três momentos distintos.
Conclusão: No que se refere à terapia de reabilitação da disfagia, nota-se que a paciente apresentou melhoras significativas, permitindo investir no trabalho voltado a atividades discursivas. No entanto, a história de vida, os hábitos e a recorrência dos sintomas de disfagia (engasgos, pigarros, alteração da qualidade vocal e tosses), a despeito dos resultados da adequação da deglutição – anteriormente apresentados –, indica presença de fatores psíquicos e de linguagem implicados com a disfagia.
 
 
Contato: luana.magalhaes@gmail.com
 

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