Código: OEL0560
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA CENTRADA EM ATENÇÃO VISUAL E AUDITIVA EM UM CASO DE MICROCEFALIA DE ETIOLOGIA NÃO DETERMINADA E DIAGNÓSTICO DE AUTISMO
 
Autores: Cibele Pereira Soares, Renata Rodrigues Neves, Vivian Maris Ohashi, Ivy da Costa Andrade, Rosangela Viana Andrade, Claudia Ines Scheuer
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Descrição do caso: J.; sexo feminino, 4.1 a, grave atraso global do DNPM, audição normal bilateral, não fala, faz pouco contato, não tem atenção para pessoas e objetos; não anda, não tem controle esfincteriano, tem espasmos, apresenta microcefalia de etiologia não determinada e diagnóstico de autismo (F.84.0;DSM-IV). Por apresentar DRGE, quadro médico grave e atraso de desenvolvimento, resolveu-se intervir para trabalhar atenção, a função cognitiva mais necessária para comunicação e linguagem. J. iniciou atendimento em fevereiro de 2003, foi interrompido em função do DRGE, em 2003, e retornou às sessões em outubro de 2004.
Procedimento: Foram realizadas sessões semanais para trabalhar atenção visual e auditiva para objetos familiares, bem como para sons produzidos por estes. Movimentos e sons de objetos desencadeiam movimentação ocular e de cabeça, no sentido de acompanhá-los. Para tentar algum contato com a terapeuta, trabalharam-se os verbos dar, pegar, utilizando objetos ou brinquedos de borracha; chocalhos. Os pais foram orientados sobre o DRGE, e acompanhados pela terapeuta que regulou suas ações.
Resultados: Com o trabalho fonoaudiológico, J. passou a ficar mais atenta aos objetos e aos sons, sustentando o contato visual; mantendo alguma atenção na terapeuta e nos pais. No entanto, não é possível apresentar resultados, porque a criança parece ter uma importante alteração cognitiva (dm) que contribui para o agravamento do quadro. Quando houve interrupções mais prolongadas J. pareceu perder o que já havia conseguido na terapia. No entanto, a terapeuta de J. manteve-se de um ano para o seguinte e foi reconhecida por meio de um olhar enfocado e sustentado, demonstrando ter lembrado e reconhecido a terapeuta, sua face e voz.
Conclusão: O trabalho fonoaudiológico voltado para aspectos cognitivos primários em pacientes com quadros tão complexos é importante e deve ser explorado, pois pode ser um canal para a comunicação e linguagem futuras.
 
 
Contato: cibelinhafono@yahoo.com.br
 

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