REFLETINDO SOBRE O TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DE FALA: ASPECTOS FONÉTICOS, FONOLÓGICOS E AUDITIVOS
Katia Flores Genaro
Coordenador(a)
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CAMPUS BAURU
 
A fala é um ato motor complexo e refere-se a uma das formas de expressão da linguagem. Para a sua concretização, faz-se necessidade a integridade do sistema nervoso central e neuromuscular, função auditiva e aspecto cognitivo lingüistico desenvolvidos, além da integridade anatômica e funcional das estruturas ou órgãos envolvidos na produção desta. O desenvolvimento do sistema fonológico permite a organização dos sons da fala em grupos que compõem e dão sentido às palavras faladas. Quando tem-se alterações na fala, estas podem ocorrer por questões neurológicas, morfológicas, musculares ou fonológicas. Nesta apresentação, não pretendemos abordar as questões relacionadas aos fatores neurológicos, como casos relacionados à distúrbios na programação e execução motora da fala. Fazendo parte do processo de atuação fonoaudiológica nos distúrbios da fala, encontra-se a história clínica fonoaudiológica que visa investigar aspectos quanto ao desenvolvimento global e específico, bem como questões da saúde atual e pregressa, as questões relacionadas função auditiva, assim como aspectos ambientais, os quais possam direcionar o raciocínio clínico. Já, na avaliação propriamente dita, o propósito é investigar a capacidade de produção e organização da fala e, nesse sentido, investigar aspectos funcionais e estruturais tornam-se fundamentais. Determinar quais os possíveis fatores que interferem nas alterações presentes, havendo necessidade de se verificar a função auditiva, favorecerá o raciocínio clínico para o processo de reabilitação. Após a caracterização das alterações de fala presentes, bem como o conhecimento dos aspectos relacionados à fala que encontram-se alterados, pode-se organizar o plano de trabalho visando sanar as alterações, a partir de intervenção quanto aos aspectos musculares, se necessário, e, principalmente, do desenvolvimento da atenção acústico articulatória para a produção e organização dos sons que serão utilizados em diferentes contextos de fala. Por esta razão, nesse processo de reabilitação, as questões fonéticas, fonológicas e auditivas se interrelacionam e não podem ser desconsideradas, a fim de se desenvolver um trabalho em menor espaço de tempo.
 
Contato: ktgen@fob.usp.br
 

Imprimir Palestra