Código: DCM0327
DIMENSÕES NASAIS E NASOFARÍNGEAS DE INDIVÍDUOS SEM EVIDÊNCIAS DE OBSTRUÇÃO NASAL AVALIADAS POR RINOMETRIA ACÚSTICA NO REPOUSO E NA FALA
 
Autores: Adriana de Oliveira Camargo Gomes, Inge Elly Kiemle Trindade
Instituição: HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS DA UNBIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Introdução: Devido às importantes inter-relações entre fala e respiração, é de interesse dos estudiosos da fala aferir a permeabilidade nasal e nasofaríngea. Nos últimos anos, a rinometria acústica passou a ser empregada na avaliação das dimensões internas nasais e na avaliação da atividade velofaríngea. Porém, há ainda que se estabelecer medidas de referência em indivíduos sem obstrução nasal, para a padronização do método e uso em populações específicas.
Objetivo: Determinar as áreas seccionais e os volumes de segmentos específicos da cavidade nasal e da nasofaringe, de indivíduos sem evidências de obstrução nasal, e os mesmos volumes na produção da fala, com vistas ao estabelecimento de valores de referência.
Método: Foram avaliadas, por rinometria acústica, áreas seccionais nos segmentos correspondentes à válvula nasal (AST1), região anterior da concha nasal inferior (AST2) e região posterior da concha nasal inferior (AST3) e volumes, nos segmentos correspondentes à região da válvula nasal (V1), dos cornetos (V2) e da nasofaringe (V3), em 30 voluntários caucasianos, com idade entre 18 e 30 anos, sendo 14 homens e 16 mulheres. As medidas foram feitas antes e após o descongestionamento nasal (DN), no repouso (suspensão voluntária da respiração) e na atividade velofaríngea (produção contínua e silenciosa do fonema /f/).
Resultados: Os valores médios (±DP) das áreas (em cm2) e volumes (em cm3) obtidos no repouso, foram: AST1=0,54±0,13, AST2=0,98±0,31, AST3=1,42±0,44, V1=1,68±0,32, V2=3,98±1,12 e V3=18,93±3,51. Após a DN os valores foram significantemente maiores (p<0,05). Na fala, os volumes foram: V1=1,80±0,22; V2=4,22±1,20; V3=15,32±5,40. O valor de V3 na fala foi significantemente menor que o observado no repouso (p<0,05).
Conclusão: A comparação das áreas seccionais e dos volumes obtidos com os relatados na literatura validam seu uso como valores de referência, assim como o emprego da rinometria acústica como método de avaliação objetiva da geometria nasal e da atividade velofaríngea na fala.
 
 
Contato: drigomes@usp.br
 

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