Código: TCM0747
ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS OCORRIDAS EM FRATURAS DO ASSOALHO ORBITÁRIO
 
Autores: Michelle Karine Uguetto, Mario Mantovani, Marcelo Guidi
Instituição: FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
 
Introdução: As fraturas orbitárias podem acarretar diminuição da excursão mandibular devido à compressão do processo coronóide após o trauma, bem como parestesia da região periorbitária, nasal e lábio superior, devido a lesões do nervo infraorbitário.
Objetivo: Avaliar as manifestações fonoaudiológicas de traumatizados com fraturas de assoalho orbitário, atendidos e tratados cirurgicamente.
Método: Avaliou-se o sexo, faixa etária, tratamento cirúrgico, complicações e alterações fonoaudiológicas de 8 pacientes com fratura de assoalho orbitário.
Resultados: O sexo mais acometido foi o masculino (75%), com a faixa etária de maior incidência entre 31 a 40 anos (37,5%). A principal causa das fraturas de assoalho orbitário foi evento com bicicleta (37,5%). 62,5% dos casos apresentaram fraturas de assoalho orbitário à direita. O tratamento com fixação interna rígida com miniplaca de titânio foi realizado em 87,5% dos casos. Quanto às complicações pós-cirúrgicas, 12,5% apresentaram infecções tardias, 12,5%, mal oclusão e, 50%, diminuição de abertura máxima de boca. Quanto às alterações fonoaudiológicas, 37,5% apresentaram dor durante a excursão mandibular, dentre estes, 66,6% referiram dor durante abertura máxima de boca, 100% durante rotação mandibular, 33,3% durante lateralização à esquerda e 66,6% durante lateralização à direita. Durante a mastigação, 12,5% apresentaram mastigação verticalizada, 25%, mastigação bilateral, 50%, unilateral à direita e, 25%, unilateral à esquerda. Quanto à excursão mandibular, 50% apresentaram abertura máxima de boca inferior a 40 mm, 37,5% apresentaram lateralização à direita inferior a 8 mm, 25% apresentaram lateralização à esquerda inferior a 8 mm e 37,5% apresentaram protrusão inferior a 6 mm. 37,5% apresentaram crepitação à direita, 12,5% à esquerda, 12,5 % estalo à direita e 12,5% estalo à esquerda.
Conclusão: Os resultados obtidos foram concordantes com a literatura especializada, apresentando maior ocorrência no sexo masculino, com maior prevalência nos eventos de bicicleta. As fraturas acometeram, preferencialmente, o assoalho orbitário à direita, acarretando em dor durante a excursão mandibular, diminuição da sensibilidade orofacial, alteração da mastigação, crepitação e estalido na articulação têmporo-mandibular e limitação da excursão mandibular, principalmente na abertura máxima de boca.
 
 
Contato: miuguetto@uol.com.br
 

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