Código: OCD0436
INCIDÊNCIA DE DISFAGIA EM PACIENTES INTERNADOS COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
 
Autores: Carla Maria Corrêa Tanure, Fernanda Karla Castro e Silva, Janaina Pinheiro Barboza, Mauro Kleber Souza e Silva
Instituição: HOSPITAL SEMPER
 
Introdução: A disfagia é reconhecida como um dos principais fatores de risco para pneumonia aspirativa e uma das complicações mais freqüentes do Acidente Vascular Encefálico (AVE). Objetivos: identificar a incidência de disfagia em pacientes internados com diagnóstico de AVE. Métodos: Foi realizado avaliação clínica fonoaudiológica em dezesseis pacientes com diagnóstico de AVE, confirmado pela Tomografia Computadorizada, em internação hospitalar no período de junho à outubro de 2004. Resultados: quanto à história da alimentação anterior, quatorze (87,5%) pacientes apresentavam alimentação via oral, um (6,25%) paciente utilizava sonda naso-entérica (SNE) e um paciente alimentava por via oral e por SNE. Onze (68,75%) não apresentaram complicações pulmonares, três pacientes (18,75%) tinham respiração ruidosa e dois pacientes (12,5%) apresentaram episódio de pneumonia, quatro (25%) faziam uso de traqueostomia. Sete pacientes (43,75%) conseguiam deglutir saliva, oito (50%) apresentou acúmulo de saliva em cavidade oral e um (6,25%) apresentou engasgos freqüentes com a saliva. A ausculta cervical foi encontrada alterada em nove (56,25%) pacientes. Os achados clínicos fonoaudiológicos foram: quatro pacientes com déficit na sensibilidade oral, dez (62,5%) com paralisia facial, nove (56,25%) com movimento ântero-posterior da língua ineficiente, sete com dificuldade no movimento de lateralização de língua, dez (62,5%) com proteção de via aérea ineficaz e dez (62,5%) com suspeita aspiração. Dois (12,5%) pacientes tiveram deglutição normal, quatro (25%) com disfagia leve, cinco (31,25%) com disfagia moderada e cinco (31,25%) com disfagia grave. A dieta oral foi introduzida em cinco (31,25%) pacientes e onze (68,75%) tiveram indicação de SNE. Conclusão: A avaliação clínica fonoaudiológica identifica os sinais e sintomas dos distúrbios de deglutição em pacientes internados. O fonoaudiólogo deve fazer parte da equipe multidisciplinar que atua na prevenção e tratamento dos pacientes com seqüelas do AVE desde o momento da confirmação do diagnóstico.
 
 
Contato: carlatanure@ig.com.br
 

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