Código: OEM1177
LIMITAÇÕES DA FONOTERAPIA EM CASO DE UVULOPALATOFARINGOPLASTIA: RELATO DE UM CASO
 
Autores: Tatiana Leonel da Silva Costa
Instituição: FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (FAHUB)
 
A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) apresenta alta mortalidade e morbidade cardiovascular. Doença crônica, progressiva, incapacitante (Aloé, 1997), atinge qualquer idade. Os vários tratamentos devem ser analisados para cada caso. A UVULOPALATOFARINGOPLASTIA (UPFP) retira gordura ampliando a luz da faringe, (remove palato mole, úvula, pilares anteriores, amígdalas), reduz e até anula ronco, mas nem sempre a apnéia. UPFP pode trazer seqüelas irreversíveis (Zucconi, 1999; Hungria, 1995). Descrição: ML, sexo feminino, 51 anos, compareceu dia 02/12/04, após cirurgia UPFP realizada dia 13/11/04. Anamnese: “Não consigo comer direito, volta pelo nariz; as palavras não saem como quero, minha voz ficou muito fanhosa. Sabia que mudaria, mas não assim” (SIC). Refere que roncava, não apresenta queixa sobre sono, antecedentes patológicos, excesso de peso. Bebia/fumava final de semana. Avaliação: Sistema Estomatognático: OFAs sem alterações. Tensão cervical. Cicatriz fibrosando. ATM sem alteração. Mastigação: parte alimento com a mão, predomínio esquerdo. Deglutição: retorno nasal pastoso/líquido. Fala: articulação travada, inteligibilidade diminuída. Voz: hipernasal, tensa. Cul-de-sac indica insuficiência velofaríngea. Abertura bucal: 43,40mm. Vias aéreas, Escala Malampatti (Meyer, Woodson, 2003), Classe III (local palato mole/base da úvula). Procedimentos: 20 sessões. Orientações, massagem cicatriz-vascularização, sobrearticulação, massagem cervical, adaptação exercícios para roncadores (propriocepção, sensibilidade, isométricos/isotônicos), adaptação exercícios fissura (hipernasalidade), exercício abertura de boca. Dia 21/02/05 nasolaringoscopia. “Insuficiência velofaríngea, refluxo oronasal, rinolalia”. Resultados: 26/05/05. Diminuição tensão cervical. Cicatriz sem fibrose. Mastigação bilateral alternada. Deglutição retorno nasal pastoso/liquido controlado. Fala clara, bem articulada (melhor ressonância). Voz hipernasal, porém sem tensão, adaptada à estrutura. Abertura bucal: 46,00mm. Vias aéreas, Escala Malampatti, Classe II (local do palato mole e úvula). Conclusão: Resultado satisfatório considerando limitações. Manutenção. Repetir nasolaringoscopia/polissonografia Junho/2005. “Não é mais um martírio comer. Minha fala está ótima, a voz melhorou muito. Meus amigos agora me entendem. Estou satisfeita. Mas não vou deixar os exercícios, pois no dia que esqueço, pioro”. (SIC)
 
 
Contato: tatianafono@globo.com
 

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