Código: OCL1032
DISTÚRBIOS ARTICULATÓRIOS APRESENTADOS POR PRÉ-ESCOLARES DE ESCOLAS ESTADUAIS DE SANTA MARIA-RS
 
Autores: Maísa Tatiana Casarin, Gigiane Gindri, Marcia Keske-soares, Helena Bolli Mota
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
 
Este estudo teve por objetivo identificar e descrever os distúrbios articulatórios apresentados por pré-escolares, bem como determinar os fonemas mais alterados na fala destas crianças. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, as escolas foram contatadas e, expostos os objetivos do estudo, os diretores das escolas assinaram o Termo de Autorização Institucional. Os pais que concordaram em participar da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam a anamnese. Participaram deste estudo transversal 54 pré-escolares com idades entre 4 anos e 2 meses e 6 anos e 6 meses, de três Escolas Estaduais de Ensino Fundamental de Santa Maria-RS. As crianças foram submetidas à triagem fonoaudiológica. A triagem fonoaudiológica consistiu na observação do comportamento neuropsicomotor, avaliação da linguagem expressiva e compreensiva, voz, avaliação dos órgãos fonoarticulatórios e triagem da atenção. Para analisar as respostas obtidas nas diferentes provas da triagem foi utilizado procedimento estatístico do tipo descritivo. Verificou-se que nesta população o distúrbio articulatório foi de 36% (n=10), sendo que 5,26% (n=1) apresentavam distúrbio fonológico, 5,26% (n=1) apresentavam distúrbio fonético, e 89,48% (n=8) das crianças apresentavam distúrbio fonético-fonológico. Há alta ocorrência de alterações de fala em crianças em idade pré-escolar. Dentre estas se destacam a persistência dos distúrbios articulatórios, muitos deles associados a hábitos orais deletérios (uso persistente de mamadeira e chupeta). No que concerne aos distúrbios articulatórios, várias crianças apresentaram sistema fonológico incompleto e dificuldades na articulação dos fonemas. Os fonemas mais afetados na produção articulatória foram: /r/, /S/ e /Z/, juntamente com a redução de encontros consonantais. As relevantes alterações identificadas na triagem fonoaudiológica indicam a necessidade de prevenção e intervenção em crianças desta faixa etária, pois o atendimento fonoaudiológico nesta fase proporcionará melhores condições para a aprendizagem e poderá evitar prováveis dificuldades na aquisição da língua escrita.
 
 
Contato: keske-soares@uol.com.br
 

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