Código: OCA0097
ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO BUCAL E DEFICIÊNCIA AUDITIVA.
 
Autores: Adriana de Souza Martins, Márcia Ribeiro Vieira, Marilena Manno Vieira, Priscila Karla Santana Pereira
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
 
Sabe-se que a respiração nasal propicia a sinergia funcional entre nariz, laringe e pulmões, além de constituir uma defesa para as vias aéreas inferiores, cavidades paranasais e auriculares. Entretanto, inúmeras alterações podem causar obstrução nasal, dificultando ou impedindo a passagem do ar pelo nariz e, conseqüentemente, levar à respiração bucal. Esta, impede que o nariz realize suas funções de umidificação, aquecimento e filtragem do ar, podendo levar a alterações em diversos sistemas, entre eles, o sistema auditivo devido a infecções recorrentes de orelha média, sendo possível a ocorrência de perdas auditivas. Sendo assim, este estudo teve como objetivo verificar a existência de relação entre a respiração bucal e a deficiência auditiva. Foram avaliadas 61 crianças e adolescentes (31 do sexo feminino e 30 do sexo masculino), com idades entre 7 e 18 anos. Foram excluídos da pesquisa indivíduos com diagnóstico prévio de deficiência auditiva, neurológica, psicológica, sensorial e/ou estrutural global. Todos foram submetidos a uma avaliação fonoaudiológica que constou de anamnese, avaliação miofuncional e avaliação audiológica convencional, sendo encontrados 29 respiradores bucais (56,67% do sexo masculino e 38,71% do sexo feminino) e 32 respiradores nasais (43,33% do sexo masculino e 61,29% do sexo feminino). A respiração bucal foi mais freqüentemente encontrada em crianças na faixa etária de 7 a 12 anos, N=16 (57,14%). Em relação aos achados audiológicos, verificou-se alteração auditiva do tipo condutiva em 13 indivíduos da amostra (21,31%), ocorrendo em maior freqüência no sexo masculino, N=7 (23,33 %), e na faixa etária de 7 a 12 anos, N=8 (28,57 %). Alterações auditivas foram observadas em 13 indivíduos respiradores bucais (44,83 %), sendo possível observar diferença estatisticamente significante entre os resultados audiológicos e o modo de respiração (P<0,001). Diante dos achados deste estudo cremos poder concluir a existência de maior freqüência de ocorrência de perda condutiva nos respiradores bucais.
 
 
Contato: adriana_smartins@yahoo.com.br
 

Imprimir Trabalho

Imprimir Certificado Colorido

Imprimir Certificado em Preto e Branco