Código: TEA1265
PREPONDERÂNCIA DIRECIONAL EM PACIENTE COM SÍNDROME DEFICITÁRIA: RELATO DE CASO
 
Autores: Denise Utsch Gonçalves, Patrícia Cotta Mancini, Lílian C. Simões
Instituição: UFMG
 
Descrição do quadro: Trata-se de uma labirintopatia deficitária com vectoeletronistagmografia seriada até 1 ano da crise, para demonstração da compensação vestibular. Paciente do sexo masculino, 46 anos, avaliado com vertigem súbita, 24 horas de duração, sem queixas auditivas. Procedimento: Propedêutica de imagem e laboratorial. Foram realizadas provas calóricas seqüenciais para acompanhar a evolução do paciente. Resultados obtidos: Propedêutica de imagem e laboratorial estabeleceram o diagnóstico de neuronite vestibular à esquerda. Um mês depois, a prova calórica demonstrou arreflexia esquerda e hiperreflexia direita, com valores acima de 70°/s. Seis meses após, exame demonstrou OE44°C=6°/s, OE30°C=25°/s, OD44°C=58°/s, OD30°C=24°/s, com PL direita de 45% e PD para direita de 47%. Um ano após, exame demonstrou OE44°C=6°/s, OE30°C=10°/s, OD44°C=16°/s, OD30°C=22°/s, com PL direita de 41% e PD para esquerda de 4%. Conclusão: o relato descreve uma clássica compensação central em paciente que teve neuronite vestibular. A arreflexia esquerda um mês após a crise, confirmou o diagnóstico. Nesse momento, a hiperreflexia direita, mimetizando, uma síndrome irritativa, estava relacionada, na verdade, à liberação da resposta de tronco cerebral do labirinto saudável, que ocorre nas fases iniciais de compensação. O exame realizado após 6 meses apresenta a evolução da compensação central. A PL e PD para a direita indicaram que o labirinto esquerdo estava com função deficitária em relação ao direito e que a compensação central ainda não havia se estabelecido, pois permanecia uma PD para direita. O exame realizado 1 ano após a crise apresenta um paciente compensado (PD normal), com uma assimetria de função do labirinto, devido a neuronite, que levou a perda parcial da função do labirinto esquerdo. A PD pode estar presente tanto nas labirintopatias irritativas quanto nas deficitárias na fase anterior à compensação vestibular.
 
 
Contato: pmancini@medicina.ufmg.br
 

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