Código: OEL1422
A GENERALIZAÇÃO OBTIDA PELO TRATAMENTO UTILIZANDO O “R-FRACO” PARA CRIANÇAS COM DESVIO FONOLÓGICO
 
Autores: Gabriele Donicht, Marcia Keske-soares, Helena Bolli Mota, Marizete Ilha Ceron
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
 
Toda terapia fonológica visa a maior generalização possível em um menor espaço de tempo, a qual é o critério essencial para medir a eficácia do trabalho terapêutico. Esse trabalho teve por objetivo verificar a aquisição dos sons no sistema fonológico de crianças tratadas por diferentes modelos de terapia fonológica para os desvios fonológicos evolutivos (DFE). A amostra constou de 6 sujeitos com DFE, 4 do sexo feminino (66,66%) e 2 do masculino (33,33%), com idades entre 3:9 e 7:6. Essas crianças foram submetidas às avaliações fonoaudiológica, fonológica, e exames complementares. Posteriormente, foi aplicado tratamento pelos Modelos de Ciclos Modificado (Tyler, Edwards & Saxman, 1987) para S1 e S2; “ABAB-Retirada e Provas Múltiplas” (Tyler & Figursky, 1994) para S3 e S4; e Oposições Máximas Modificado (Bagetti, Mota & Keske-Soares, 2005) para S5 e S6. Todos foram tratados com o /r/, ausente no sistema fonológico dos sujeitos. Observou-se que, no pré-tratamento, havia ausência no sistema fonológico de S1 e S2 de 1 segmento. S3 e S4 apresentavam ausentes 4 e 1 segmentos, respectivamente. O S5 apresentava 2 segmentos ausentes e 1 parcialmente adquirido e, o S6 tinha 4 segmentos ausentes no sistema fonológico. Após tratamento, S1 permaneceu com 1 segmento ausente e S2 apresentou sistema fonológico completo. O S3 apresentou ausência de 3 segmentos e 1 estava parcialmente adquirido, enquanto S4 adquiriu parcialmente o segmento que se encontrava ausente no pré-tratamento. O S5 apresentou ausência de 1 segmento e 1 estava parcialmente adquirido, enquanto o S6, possuía 3 segmentos ausentes e 1 parcialmente adquirido.Verificou-se que o tratamento com o rótico /r/, considerado por Rangel (1998) segmento de maior complexidade no Modelo Implicacional de Complexidade de Traços, possibilitou a aquisição de segmentos ausentes ou parcialmente adquiridos, além da generalização a outros sons não treinados, demonstrando a eficácia da terapia com base na hierarquia implicacional dos traços distintivos.
 
 
Contato: keske-soares@uol.com.br
 

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