Código: TEL0512
MEMÓRIA FONOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE LINGUAGEM EM UM SUJEITO COM DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM (DEL)
 
Autores: Debora Maria Befi-lopes , Juliana Perina Gândara, Amalia Rodrigues
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Foi realizado estudo longitudinal de um sujeito com DEL do sexo masculino, dos 6:1 aos 6:9 anos. Nesse período realizaram-se duas avaliações quanto a Fonologia (Wertzner, 2004), Vocabulário Expressivo (Befi-Lopes, 2004) e Memória Fonológica (Rodrigues, 2005).
Na primeira avaliação, apresentou 35% de acertos na Memória Fonológica com tipologias de erros caracterizadas por contaminações, trocas e deslocamentos de fonemas. No Vocabulário, obteve 34% de designações corretas e, na Fonologia, apresentou ocorrência assistemática de processos fonológicos idiossincráticos e de desenvolvimento, principalmente metateses (inter e intra-silábicas). A gravidade da alteração fonológica foi moderadamente severa (Shriberg e Kwiatkowski, 1982).
Depois da primeira avaliação, o enfoque principal em terapia foi o treino de memória fonológica a partir da repetição de seqüências de palavras reais e de não-palavras. Iniciou-se pela repetição de seqüências de monossílabos de palavras reais, com apoio de figuras que auxiliavam mostrar à criança quando ela havia omitido palavras ou invertido a ordem de apresentação. Com as evoluções, foram trabalhadas seqüências de dissílabas e trissílabas com figuras. A seguir as figuras foram retiradas, porém a criança não repetia seqüências maiores do que três palavras ou polissílabas reais sem realizar contaminações. Após algumas sessões, foi trabalhada a repetição de não-palavras com dissílabos, progredindo para trissílabos.
Na segunda avaliação, apresentou 67,5% de acertos na Memória Fonológica, com diminuição significativa da ocorrência das tipologias. Realizou 48,3% de designações corretas no Vocabulário e, na Fonologia, houve eliminação de alguns processos assistemáticos e redução de metateses. Sua gravidade tornou-se levemente moderada.
Após intervenção, o sujeito demonstrou maior capacidade em armazenar e repetir palavras reais e não-palavras e mudanças na organização fonológica, porém a dificuldade de nomeação manteve-se pela dificuldade de acesso lexical característica do seu quadro. Apresentou melhoras significativas quanto à compreensão de linguagem, ao uso de vocábulos em sentenças e à inteligibilidade de fala.
 
 
Contato: jugandara@globo.com
 

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