ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM CRIANÇAS COM CÂNCER - ONCOPEDIATRIA |
Tatiana Couto Radzinsky
Palestrante |
Instituição: UNIFESP-EPM |
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A prática fonoaudiológica na área da oncologia pediátrica é relativamente recente. Sua intervenção se dá geralmente nos casos de tumores do sistema nervoso central, que na presença do tumor ou por conseqüências de tratamentos cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico provocam seqüelas afetando as funções da fala, voz, deglutição, linguagem e audição. O atendimento pode ser realizado à beira do leito ou em ambulatório, dependendo do tipo de seqüela apresentada pelo paciente. Pode ser realizado com crianças de todas as idades, envolvendo orientação e conscientização aos pais quanto ao prognóstico, evolução e tratamento das alterações fonoaudiológicas, para que possam apoiar e estimular seus filhos quanto à sua recuperação. Inicialmente a criança é submetida a uma triagem fonoaudiológica que servirá para determinar a escolha de protocolos e encaminhamentos específicos de avaliação. O fonoaudiólogo tem também como suporte para uma avaliação mais específica, os exames de videofluoroscopia da deglutição para os casos de alteração da deglutição; nasofibroscopia nos casos de alteração vocal e, audiometria tonal, óssea, logoaudiometria, impedânciometria, Emissões otoacústicas e BERA nos casos de pacientes que apresentam alteração auditiva.
O acompanhamento fonoaudiológico pode iniciar-se no período pré-operatório, no qual se estabelece um vínculo entre paciente, familiares e fonoaudiólogo. Nesta etapa podem ser fornecidas orientações quanto às possíveis seqüelas e quanto à reabilitação fonoaudiológica. No pós-operatório imediato o fonoaudiólogo auxilia o paciente quanto às dificuldades de comunicação e deglutição. A fonoterapia no pós-operatório tardio tem como base de tratamento a orientação, a realização de exercícios específicos e o desenvolvimento de adaptações e compensações em relação à comunicação e/ou à alimentação. Muitas vezes não é possível restaurar a função alterada dentro dos padrões de normalidade, mas pode-se desenvolver mecanismos compensatórios que permitam à criança uma reabilitação funcional com o mínimo possível de limitações.
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Contato: tati_radz@yahoo.com.br |
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