Código: TCF0472
PREVALêNCIA FAMILIAL E RAZÃO SEXUAL DOS DISTÚRBIOS DA FLUêNCIA NOS FAMILIARES DE PROBANDOS GAGOS |
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Autores: Cristiane Moço Canhetti de Oliveira, Antonio Richieri-costa |
Instituição: UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA |
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A etiologia da gagueira ainda não está precisamente identificada, porém, evidências sustentam a predisposição genética na transmissão do distúrbio. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência familial e razão sexual dos distúrbios da fluência entre familiares de probandos com gagueira persistente. Após aprovação do Comitê de Ética (nº 194/2001), os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os indivíduos foram classificados como gagos persistentes ou recuperados, taquifêmicos, gagos/taquifêmicos e, não gagos e não taquifêmicos (Yairi et al., 1996; Preus, 1996; ASHA, 1999). A confiabilidade interavaliadores mostrou 85% de concordância. Participaram 26 famílias, provenientes de 26 probandos gagos (22 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idade entre 8 a 42 anos) das quais, 16 apresentaram somente gagueira persistente, 7 gagueira persistente e recuperada e 3 gagueira e taquifemia. Utilizamos histórias clínica e familial, triagem fonoaudiológica dos familiares, e avaliação da fluência dos probandos e dos familiares afetados. Os 26 probandos apresentaram 88 familiares afetados, com razão masculino/feminino de 2,52, sendo 93,2% gagos, 4,5% taquifêmicos e 2,3% gagos/taquifêmicos, sugerindo, que gagueira persistente e recuperada, assim como gagueira e taquifemia são distúrbios relacionados. A prevalência da gagueira foi significativamente maior nos familiares do sexo masculino, o sexo do probando não influenciou significativamente a prevalência de gagueira nos familiares. Os parentes de primeiro grau apresentaram significativamente maior prevalência de gagueira do que os parentes de segundo e terceiro graus. Gagueira persistente ocorreu significativamente com maior prevalência no sexo masculino (razão M/F = 4,05:1); gagueira recuperada e gagueira/taquifemia apresentaram a mesma razão sexual (1:1), e; taquifemia ocorreu mais freqüentemente nos indivíduos do sexo feminino (razão sexual M/F = 0,33:1). Finalmente, os dados sugerem que há um componente genético na transmissão dos distúrbios da fluência, que possivelmente numa interação com o ambiente ainda não esclarecida, determina o surgimento do distúrbio. |
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