PROCESSOS DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
Simone Rocha de Vasconcelos Hage
Palestrante
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - CAMPUS DE BAURU
 
Uma perspectiva holística durante o processo de entrevista e de avaliação inicial parece ser aquela que tem contribuído mais efetivamente no diagnóstico das alterações de linguagem infantil. Essa perspesctiva tem exigido do fonoaudiológo domínio não só de conhecimentos específicos do desenvolvimento e investigação das manifestações comunicativas e lingüísticas, mas do desenvolvimento e avaliação de áreas correlatas. Da mesma forma, tem exigido que ele saiba combinar diferentes procedimentos de avaliação que contribuam para o entendimento das alterações encontradas e direcionem o processo terapêutico. Quando se trata da avaliação de linguagem com oralidade, há dois procedimentos distintos: amostra de linguagem espontânea e/ou semidirigida, tendo como parâmetro para análise o desenvolvimento normal da linguagem, e testes, tendo como parâmetro tabelas com confiabilidade estatística. Em ambos, o objetivo é se obter informações sobre como está a organização dos diferentes níveis lingüísticos. A avaliação de linguagem, além de responder a questão sobre quais os níveis de linguagem que estão afetados e quais estão preservados, deve buscar informações sobre os múltiplos processos psicolingüísticos envolvidos com a organização deste níveis. Em linhas bem gerais, as dificuldades fonológicas, morfossintáticas, lexicais e de compreensão têm sido atribuídas à limitações do processamento temporal, de memória de curto prazo e de representação fonológica. Assim, a avaliação de linguagem deve incluir protocolos e testes que possam investigar a memória de curto prazo, as habilidades para discriminação auditiva verbal e para consciência metalingüística, especificamente a fonológica. Já quando se trata da avaliação de linguagem sem ou com restrita oralidade, a observação comportamental é o procedimento indicado. A observação comportamental é um procedimento em que se analisa o comportamento geral da criança, incluindo os comunicativos. Em geral, procura-se observar pelo que a criança se interessa, o que pega, como manipula os objetos, para onde olha, se presta atenção à fala ou atividade do outro.
 
Contato: simonehage@uol.com.br
 

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