Código: TCM1682
TEMPO MASTIGATÓRIO EM CRIANÇAS COM SINAIS DE RESPIRAÇÃO ORAL
 
Autores: Giovana Diaféria, Maria Luiza Piassi, Cristiane Alvez de Souza Lima Araújo, Ivone Carmen Dias Gomes
Instituição: CEFAC/SÃO PAULO
 
Introdução: Na prática fonoaudiológica é comum encontrarmos crianças com respiração oral, levando à alterações no sistema estomatognático, ou seja, a dificuldade em respirar pelo nariz determina o uso da cavidade oral para mastigar, deglutir e respirar, ao mesmo tempo que inviabiliza o controle adequado. Objetivo: Verificar a duração da mastigação em crianças entre 8 e 10 anos de idade que apresentam sinais de respiração oral. Método: Realizou-se avaliação fonoaudiológica em 32 crianças, 19 masculino e 13 feminino, de 8 a 10 anos de idade, estudantes da terceira série do ensino fundamental da rede municipal. As crianças apresentavam pelo menos dois sinais de respiração oral: mordida aberta anterior, lábios evertidos ou flácidos, alargamento da base do nariz, olheiras, projeção anterior da língua nos fonemas /t/, /d/, /s/, /z/, flacidez facial, lábios ressecados e/ou rachados, palato atrésico, modificações corporais com elevação da cabeça e ombros jogados para frente, comprimindo a região torácica para compensar a hiperextensão anterior do pescoço. As crianças foram submetidos a uma avaliação do tempo mastigatório, usando-se o cronômetro durante a mastigação de 5g de pão francês. Resultados: A média da duração da mastigação nestas crianças foi 0,6s, sendo 0,7s para o sexo feminino e 0,5 para o masculino. Os principais sinais de respiração oral foram: lábios entreabertos (72%), palato ogival (53%) e lábio inferior evertido (34%). Conclusão: A criança com respiração oral, possui alteração na velocidade em mastigar os alimentos, em geral alimenta-se mal e pouco, pois a deglutição compete com a respiração, que também é oral. Dessa forma, a alimentação propicia falta de exercícios mastigatórios, resultando em alterações funcionais dos músculos, alterando assim os estímulos necessários para o crescimento facial. Tais achados contribuem na compreensão destas estruturas e suas funções, podendo o fonoaudiólogo intervir nestas estruturas e adequá-las contribuindo para o sucesso do procedimento terapêutico indicado.
 
 
Contato: gidiaferia@uol.com.br
 

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