Código: OED0946
REABILITAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM UM CASO DE TETRALOGIA DE FALLOT TENDO A DISFAGIA COMO MANIFESTAÇÃO
 
Autores: Antonella Mattana, Andrea Sacco, Ana Maria Furkim, Camila Fussi, Kátia Alonso
Instituição: IGD-INSTITUTO DE GERENCIAMENTO EM DEGLUTIÇÃO
 
Este estudo teve como objetivo descrever a evolução fonoaudiológica de um caso com cardiopatia e disfagia. MAAT, 1 ano, sexo masculino, com diagnóstico de Tetralogia de Fallot- Q21.4 comunicação artopulmonar, compareceu ao Hospital do Coração para realização de cirurgia cardiovascular. Evoluiu com quadro de neuropatia proveniente da Síndrome de Guillain-Barré, tendo como seqüelas o déficit motor simétrico de instalação aguda, de caráter progressivo e ascendente com arreflexia e disfagia orofaríngea. Na avaliação clínica fonoaudiológica, o paciente mostrou-se gemente e pouco colaborativo. Fazia uso de SNE exclusiva, grande quantidade de sialorréia e tônus global diminuído. Foi verificada ausência de vedamento labial, ausência de movimento de sucção, ausência de pressão intra-oral e tensão de língua diminuída durante a sucção não-nutritiva. Na sucção nutritiva, foi observada tentativa de sucção com insucesso pela falta de força muscular, ausência de preensão labial e movimentação mandibular, postura de língua anteriorizada, apresentando esforço respiratório. A ausculta cervical foi negativa, apresentando retenção de alimento em recessos faríngeos sem realizar manobras de clareamento voluntárias. Para alimento pastoso, não apresentou captação voluntária e adequada do bolo com ausência de vedamento labial. Presença de escape extra-oral e força de retropropulsão diminuída. Estase de alimento em cavidade oral, aumento do trânsito orofaríngeo e presença de escape prematuro. A ausculta cervical foi positiva sem apresentar sinal clínico de aspiração. Como conduta, MAAT foi encaminhado para fonoterapia no próprio hospital. O paciente foi submetido a fonoterapia durante 18 dias. Houve melhora significativa, sendo que, no momento da alta, o paciente saiu do hospital sem fazer uso de SNE, permanecendo com via oral exclusiva e aceitação adequada. Foi observada melhora significativa do tônus global, sendo capaz de firmar o pescoço e acompanhar os estímulos com o olhar. Como conclusão, a fonoterapia contribuiu no diagnóstico e foi fundamental e eficaz na reabilitação do caso descrito.
 
 
Contato: amattana203@yahoo.com.br
 

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