Código: TCC0359
ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL (VHI) APÓS LARINGECTOMIA FRONTO-LATERAL
 
Autores: Ana Paula Brandão Barros, Débora Dos Santos Queija, Monica Caiafa Bretas, Lília Carmona Sophie, Rogério Aparecido Dedivitis, André Vicente Guimarães
Instituição: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS – UNIMES / CENTRO DE TRATAMENTO E PESQUISA HOSPITAL DO CÂNCER – A. C. CAMARGO
 
Introdução: VHI (Voice Handicap Index) é um protocolo que avalia a percepção dos indivíduos sob sua desvantagem vocal.
Objetivo: Caracterizar a desvantagem vocal após laringectomia fronto-lateral com reconstrução de Bailey.
Método: Foram aplicados 13 protocolos em 12 homens e 1 mulher com a idade média de 64,5 anos. No momento da avaliação todos tinham no mínimo 3 meses de pós-tratamento oncológico. Apenas 1 paciente ainda fazia uso da cânula. Todos os 13 pacientes evoluíram no pós-operatório com sinéquia na comissura anterior, 2 (15%) com edema de aritenóide e 1 (8%) com fístula. Um total de 11 (84,5%) pacientes se submeteu à fonoterapia num período que variou de 3 a 10 meses. Os escores do VHI foram correlacionados com queixa vocal, qualidade vocal (QV) (grau de disfonia), a presença de intercorrências no pós-operatório, local e estádio do tumor. Neste questionário quanto maior a pontuação, maior a desvantagem vocal.
Resultados: Observamos que 7 (54%) pacientes referiram queixas vocais com média 24 no VHI global sendo que, no grupo sem queixa a média foi 19. O grau de disfonia mais encontrado foi moderado em 7 (54%) pacientes. A média do VHI global dos pacientes com vozes mais alteradas foi 5. Observamos predomínio de loudness fraca (92%); pitch agudo (69%) e ressonância laringofaríngea em todo o grupo (100%). Quanto às intercorrências, a média do VHI global no paciente canulizado foi 84, os pacientes com T1bN0 apresentaram média 15 no VHI global e nos que apresentavam T2N0 a média foi 45.
Conclusão: Os resultados sugerem que embora a alteração vocal seja uma seqüela inerente às laringectomias fronto-laterais elas não representam um grande impacto na vida do paciente oncológico como já demonstrado em outros estudos. Há uma tendência à percepção de outras alterações como a presença de traqueostomia e o medo da recidiva tumoral.
 
 
Contato: dqueija@uol.com.br
 

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