ESTUDO DE CASO - TRAUMA DE FACE E DOR OROFACIAL: ABORDAGENS TERAPÊUTICAS |
Luciana Moraes Studart Pereira
Palestrante |
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Em casos de Trauma de Face e de Disfunção da Articulação Temporomandibular, sabe-se que alguns dos principais objetivos do atendimento fonoaudiológico são: atenuar as queixas, minimizando as seqüelas em caso de trauma; quebrar o ciclo tensão/dor nos casos de Disfunção temporomandibular; e, na medida do possível, reabilitar as funções estomatognáticas. Entretanto, não se pode deixar de relacionar a patologia ao indivíduo que a carrega, pois disso dependerá o sucesso da terapia.
As evidências científicas mostram a influência das questões emocionais em casos de dor assim como em pacientes traumatizados. Por esse motivo, os profissionais que lidam com esses pacientes precisam estar sensíveis a essa questão.
O processo da terapia fonoaudiológica, por ocorrer em sessões sistemáticas, facilita o aprofundamento dos laços terapeuta/paciente, aumentando a possibilidade de ressaltar outros aspectos que, de alguma forma, se relacionam com a patologia ou com o indivíduo de forma geral. É fundamental procurar as relações e inter-relações entre cada fenômeno e seu contexto, as relações de reciprocidade todo/partes: como uma modificação local repercute sobre o todo e como uma modificação do todo repercute sobre as partes. Trata-se não apenas de estruturas anatômicas e funcionais que se relacionam entre si, mas das interfaces do ser humano que precisam estar organizadas de uma forma global.
Dificilmente esses pacientes chagam ao consultório fonoaudiológico sem indicação prévia, confirmando a idéia de que o trabalho em equipe é indispensável. Em geral, são oriundos dos serviços de Cirurgia Bucomaxilofacial, que cada vez mais acredita na atuação da fonoaudiologia. É importante destacar que, atrelado ao mérito e ao reconhecimento provenientes da relação interdisciplinar, vem a responsabilidade científica e ética que essa ligação exige.
Quando todos possuem o mesmo ponto de vista, sem que isso signifique invasão a área de outros profissionais, os pacientes só têm a se beneficiar. É preciso conservar as noções chave: cooperação, objetivo comum, e, principalmente, projeto comum.
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Contato: luciana.studart@uol.com.br |
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