Código: OCS1715
AVALIAÇÃO DA MAMADA DE RECÉM-NASCIDO DE BAIXO PESO AO NASCER INTEGRANTES DO MÉTODO-MÃE-CANGURU - ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA
 
Autores: Adriana Alves Martins da Silva, Maria Teresa Cera Sanches, Carla Vanessa Vilela Bueno Nhani, , Honorina de Almeida, Sonia Isoyama Venâncio, Daisuke Onuke
Instituição: JICA/SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE-SP /AUTARQUIA HOSPITALAR REGINAL DO CAMPO LIMPO/INSTITUTO DE SAÚDE/SES/SP
 
Introdução: Devido às condições iniciais de vida dos recém-nascidos baixo peso (RNBP) geralmente surgem dificuldades no manejo da amamentação que poderão influenciar no ganho de peso, crescimento global, vínculo mãe-bebê e desmame precoce. Apesar do Método Mãe-Canguru (MM-C) otimizar o processo de amamentação, esta prática é pouco utilizada e entre vários fatores envolvidos interferentes estão as alterações do funcionamento oral na amamentação, sendo imprescindível a observação detalhada da mamada.
Objetivo: Avaliar o impacto do Método Mãe-Canguru (MM-C) para prática da amamamentação, mediante avaliação fonoaudiológica da amamentação para RNBP. Este estudo integrou o projeto: “Diagnóstico da Evolução de Recém-nascidos do HCL, antes/após implantação da Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso – MMC)/Projeto Hospital Amigo da Família”.
Avaliou-se 53 díades mãe-RNBP, nascidos em 2004, sendo 20 do Grupo I (controle, pré-implantação do MMC) e 23 do Grupo II (Canguru), assistidos na Unidade Neonatal (mínimo sete dias).
A avaliação realizou-se no período antecedente a alta-hospitalar, por duas fonoaudiólogas com treinamento em Amamentação e MM-C. Utilizou-se protocolo específico baseado em outros estudos incluindo: identificação, análise do ambiente, queixas maternas, testagem da sucção-não-nutritiva, aspectos de prontidão para mamada (observação das mamas; avaliação estrutural do sistema oral, estado de consciência, organização global, reflexos orais, número de sucção/pausa do RNBP) e avaliação fonaudiológica da mamada (postura RN/mãe, pega, sucção, ritmo de sucção, duração, término).

Resultados: Encontrou-se diferenças estatisticamente significantes em aspectos consideráveis para o estabelecimento da amamentação: Posicionamento correto - GI: 20%, GII 69.6% (p=0,000); Pega adequada - GI 40%, GII 87% (p=0,001); Sucção adequada - GI 30%, GII 82,6% (p=0,000); Coordenação sucção/deglutição/respiração GI 60% ,GII 90%; Uso complemento pós-mamada – GI 80%, GII 39,1% (p=0,007).

Conclusão: O MM-C mostrou-se facilitador para a prática da amamentação, sendo possível pela avaliação desta, a intervenção precoce para pares mães/RNBP com risco de problemas iniciais na amamentação.
 
 
Contato: mtsanches@isaude.sp.gov.br
 

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