Código: TCL0775
CONCEPÇÕES DE PROFESSORES EM RELAÇÃO À LINGUAGEM ESCRITA: IMPLICAÇÕES NA ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA COM AS DIFICULDADES ESCOLARES |
|
Autores: Claudia Regina Mosca Giroto |
Instituição: DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL - UNESP - MARÍLIA/SP |
|
A relação professor-fonoaudiólogo é determinante para a adoção de critérios e instrumentos utilizados na atuação com as dificuldades inerentes ao processo de aquisição da escrita, visto que estes profissionais se constituem, junto ao aprendiz, em interlocutores – mediadores, em diferentes contextos de uso da escrita, o que torna importante a troca de experiências entre esses profissionais. Assim, esse estudo se propôs a investigar as concepções de professores sobre a linguagem escrita e suas implicações na atuação fonoaudiológica com as dificuldades escolares. A análise de conteúdo partiu das respostas de 21 professores alfabetizadores, de três escolas municipais de ensino fundamental, obtidas por meio de entrevista e subsidiou a elaboração de categorias relativas, entre outros aspectos, à concepção de linguagem escrita: “Escrita como representação da fala” (N=18) e “Escrita como meio de comunicação” (N=03); aos fatores que interferem na aquisição da escrita: Fatores benéficos”, subdividida em “Ausência de problemas na fala” (N=10), “Meio social favorável” (N=4), “Boa interação professor-aluno” (N=3), “Ausência de Resposta” (N=4) e “Fatores prejudiciais”, desmembrada em “Problemas na fala” (N=12), “Problemas psicológicos” (N=9); “Desinteresse familiar” (N=9) e “Problemas neurológicos” (N=4); à contribuição fonoaudiológica para o trabalho do professor com a escrita, em sala de aula: “Realização de diagnóstico e tratamento dos problemas de escrita” (N=21). Esses resultados demonstram o reducionismo conferido à linguagem escrita, centrada, exclusivamente, na noção de código gráfico, e à linguagem oral, reduzida à fala e esta, à idéia de código sonoro. A importância atribuída aos problemas da fala, confirma tal reducionismo, agravado pela localização de problemas no aluno como justificativa para o insucesso escolar e pela prioridade às ações fonoaudiológicas curativas. Ao fonoaudiólogo cabe, portanto, a conscientização do professor sobre a atuação com as dificuldades escolares pautada pela construção da escrita enquanto prática interativa e não apenas pela relação dos planos sonoro e gráfico. |
|
|
|
Contato: cmgiroto@terra.com.br |
|

Imprimir Trabalho |

Imprimir Certificado Colorido |

Imprimir Certificado em Preto e Branco |
|