OFICINA DE VOZ FALADA
Maria Lucia Graziano M. Torres
Coordenador(a)
Instituição: UNB - NESPROM - CEAM
 
Acredito que o nome de oficina de voz falada escolhido para uma mesa de trabalho deste XIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia seja explicado por dois motivos. O primeiro está baseado na definição e idéia da concepção do termo oficina. O segundo baseia-se na voz, isto é, no uso das mais variadas possibilidades da voz humana considerando mais especificamente a prática da arte da oratória. O dicionário Aurélio diz que oficina é, entre outras definições, “lugar onde trabalham os oficiais e aprendizes de alguma arte ou ofício”, portanto, toda oficina é um espaço de construção. Na oficina de voz se constrói sons e o modo como eles são formados, ouvidos e sentidos. A voz é construída com suas entonações e intenções variadas. No entanto, toda oficina também é um espaço de “desconstrução”, onde o que foi antes construído pode ser destruído para ser modificado e reconstruído criativamente. Oficina também é um espaço de experimentação para onde se traz o conhecimento adquirido em nossas experiências de vida e por isso é também um espaço de troca. A experiência vocal está diretamente ligada à experiência da escuta. Procura-se romper com os conceitos tradicionais de treinamento auditivo, de modo a preparar o ouvinte para as mais novas formas de falar hoje e para o ambiente acústico como um todo. É a troca de experiências de ouvir e falar que vai ajudar o participante a perceber suas novas possibilidades de fala. O objetivo da oficina da voz é fazer relações entre o ato de falar com as várias possibilidades de compreender a expressividade e trabalhá-la como ponto de partida para a criatividade, a consciência e a escuta de outras formas de expressão. Respeita-se aqui a individualidade e as condições de cada participante em relação à sua produção vocal.
 
Contato: mluciatorres@terra.com.br
 

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