GERENCIAMENTO DAS DISFAGIAS EM PEDIATRIA/NEONETOLOGIA
Ana Maria Hernandez
Palestrante
 
O gerenciamento da disfagia infantil é amplo e variado como o são os indivíduos acometidos, atingindo de recém nascidos pré-termo a adolescentes, com diversidade significativa de fatores etiológicos. (Newman, 2000). Portanto, abordar esse tema exige dois movimentos diferenciados, mas complementares. Focar inicialmente a especificidade do caso e num segundo momento ampliar o foco para as generalidades e questões relevantes na tomada de decisões. Tentando mostrar a diversidade na proposta de gerenciamento serão descritos três casos com etiologias, prognósticos e evoluções singulares. A escolha de três entidades nosológicas diversas permitirá encontrar direcionamentos e questionamentos comuns a despeito da particularidade de cada um. Caso 1 – J.P.E. criança de 1;7, com diagnóstico de gangliosidose GM1. Caso 2 – R.B.B. criança com 2 anos, história de prematuridade extrema, DPMH, BDP, HIC grau I e atresia de esôfago. Caso 3 – C.P.F. Criança de 3 anos, portadora de doença neuromuscular a esclarecer. De maneira geral considerou-se, na avaliação e na proposta de atendimento, os desempenhos característicos de cada período do desenvolvimento, com as habilidades sensório-motoras correspondentes e devida eficiência na função alimentar, mas principalmente os riscos para a saúde pulmonar e global envolvidos e as considerações sobre o custo benefício na manutenção ou não de dieta enteral exclusiva. Temos como dados comuns entre os casos a severidade da disfagia, a impossibilidade/restrição de alimentação por via oral, com risco de recrudescimento da condição patológica em face das estimulações propostas, o comprometimento pulmonar e a recusa alimentar apresentada ao longo do tempo. Acima de tudo, foi valorizado o suporte à família, a importância de orientações para manutenção de saúde bucal, de postura e mobilidade global e oral favorecedoras das funções básicas orais (as possíveis) e preparação da família e do paciente para o futuro que os aguarda, com esperança, mas realismo.
 
Contato: anahernan@gmail.com
 

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