Código: TCL1499
DISCREPÂNCIA DE RESPOSTAS NA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ENTRE PACIENTES AFÁSICOS E SEUS CUIDADORES |
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Autores: Cristiane Ribeiro, Letícia Lessa Mansur |
Instituição: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - HCFMUSP |
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DISCREPÂNCIA DE RESPOSTAS NA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ENTRE PACIENTES AFÁSICOS E SEUS CUIDADORES
Pacientes que sobrevivem a um acidente vascular encefálico podem permanecer comprometidos no plano físico, na comunicação, no humor, comportamento, dependentes de outros para a realização das atividades diárias, e isolados de seu meio social. O modo como os sujeitos percebem e reagem a essas limitações influencia de modo direto sua recuperação. Por essa razão, é crescente o interesse por pesquisas sobre qualidade de vida (QV) em afasias. Em decorrência dos déficits de comunicação dos afásicos, a avaliação sobre a qualidade de vida muitas vezes é realizada pelo familiar mais próximo do paciente. O objetivo do presente trabalho é identificar se os fatores apontados pelos cuidadores como os que mais influenciam a QV, após AVE, são os mesmos relatados pelos próprios afásicos. Foram selecionados 10 pacientes com média de idade de 43,6 anos, sendo sete do gênero masculino e 3 do feminino, com afasia decorrente de AVE há pelo menos 6 meses. A média de idade dos cuidadores avaliados era de 35,8 anos, 8 do gênero feminino e 2 do masculino. Todos os sujeitos foram entrevistados pelo questionário SF-36, individualmente. Os resultados mostraram que os afásicos apresentaram como maiores indicadores de baixa qualidade de vida os domínios: emocional (50%), social (20%) e físico (20%). Em contraposição, seus cuidadores apontaram maiores escores para baixa qualidade de vida os aspectos físicos (60%), capacidade funcional (20%) e aspecto emocional (10%). A discrepância dos resultados nos leva a concluir que a diversidade de percepções entre cuidadores e pacientes pode comprometer a detecção de mudanças na qualidade de vida dos afásicos, quando investigada somente sob a visão do cuidador. Questiona-se, portanto, se a avaliação dos cuidadores pode assegurar ou substituir a avaliação dos próprios pacientes na intervenção dos estudos pós AVE. |
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Contato: kristianeribeiro@yahoo.com.br |
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