Código: TCL0739
CONSCIÊNCIA FONOARTICULATÓRIA E FONOLÓGICA: UM RECURSO PARA REABILITAR AS DISLEXIAS |
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Autores: Renata Savastano Ribeiro Jardini, Patrícia Thimóteo de Souza |
Instituição: UNICAMP- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS/FCM |
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Entende-se que a consciência fonoarticulatória é a habilidade em se refletir sobre os gestos articulatórios realizados durante a fonação (“boquinhas”) e consciência fonológica a habilidade de se refletir sobre as estruturas sonoras das palavras faladas, sejam sílabas, palavras ou fonemas (consciência fonêmica). Entende-se por dislexia um acometimento do processamento neurológico das funções da linguagem, apresentando sintomatologia predominante, alterações na leitura/escrita e dificuldades escolares, sobretudo em consciência fonológica.
O objetivo deste estudo foi o de comparar o desempenho na alfabetização de crianças disléxicas severas com estimulação e treino da consciência fonológica associado ao gesto articulatório, ou seja à “boquinha”, com a alfabetização nos moldes tradicionais.
Participaram deste estudo 40 crianças disléxicas, entre 7 e 9 anos, sendo 23 meninos e 17 meninas. Todas apresentavam atraso na aquisição da leitura e escrita, de pelo menos 6 meses, em relação aos demais alunos. Foram divididas em grupo tradicional, com ênfase na memorização e escrita por cópia e, grupo experimental, trabalhadas pelo Método das Boquinhas (Jardini, 2003). Todas receberam uma intervenção semanal, além de freqüentarem sua escola regular de origem, que não fazia uso dos recursos fonológico/articulatórios.
Como resultados o grupo trabalhado tradicionamente apresentou maior dificuldade em dominar a leitura e escrita, alfabetizando-se completamente em cerca de 18 meses de intervenção, ainda mantendo algumas trocas de letras. O grupo experimental apresentou maior desenvoltura no trato com as letras, maior motivação para ler e alfabetizando-se, sem trocas de letras, em cerca de 8 meses de intervenção. O diferencial mais significativo apresentou-se na segurança para ler e escrever, com o apoio das “boquinhas”, referido pelas próprias crianças.
Conclui-se que as crianças disléxicas beneficiam-se muito dos métodos de alfabetização multissensoriais, principalmente quando associados às pistas fonoarticulatórias, como é o caso deste estudo. |
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Contato: rsjardini@aol.com |
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