Código: OCD1354
ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO A PACIENTES ADULTOS NO LEITO:
UMA ALTERNATIVA PARA A REDUÇÃO DAS ASPIRAÇÕES LARINGOTRAQUEAIS
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Autores: Adriana Colombani Pinto, Carolina Fontes Guadagnoli |
Instituição: HOSPITAL SANTA HELENA |
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No hospital, a atuação fonoaudiológica com adultos tem como principal enfoque a prevenção, orientação e intervenção no sintoma da disfagia. Tem o objetivo de proporcionar deglutição segura ao paciente, estimular a motivação para alimentar-se, melhorar o estado nutricional e monitorar o estado pulmonar que apresenta complicações decorrentes de aspirações laringotraqueais. Objetivo: Estudar os pacientes adultos atendidos pelo setor de fonoaudiologia do hospital no período entre maio e dezembro de 2004. Casuística e método: Foi feita a análise retrospectiva das avaliações clínicas fonoaudiológicas de 192 pacientes atendidos pelo setor, focalizando: idade, sexo, doença, sintoma de disfagia, uso de sonda nasoenteral ou traqueostomia, dieta exclusiva por via oral, risco de aspiração e aspiração. Resultados: dos 192 pacientes, 46 foram a óbito durante o período de internação, por complicações das doenças de base. A maior incidência foi do sexo masculino (61,97%), com idade entre 70 e 80 anos (32,81%), sendo os diagnósticos mais prevalentes: Acidente Vascular Cerebral, Traumatismo Crânio Encefálico e Doença de Alzheimer. 127 pacientes apresentaram alteração de deglutição: 81 com sonda nasoenteral, devido ao rebaixamento do nível de consciência além das alterações fisiológicas do paciente disfágico; 45 com dieta exclusiva por via oral, porém com alteração de consistência e uso de manobras facilitadoras da deglutição durante a alimentação e 1 com traqueostomia. 127 tinham risco de aspiração e 11 broncoaspiraram. Discussão: A disfagia é um fator de risco para a ocorrência de aspiração. 66,14% dos pacientes atendidos pelo setor de fonoaudiologia apresentavam este risco, porém, apenas 5,72%, apresentaram broncoaspiração, diferindo da literatura que indica que 30-40% dos pacientes internados apresentam alteração de deglutição ocasionando riscos de aspiração, sendo esta encontrada em 20% dos pacientes. Tal diferença justificou-se pela rotina de trabalho do setor que implicou, na avaliação e conseqüente mudanças nas condutas alimentares, a discussão do caso com a equipe interdisciplinar, a orientação à família e auxiliares de enfermagem (cuidadores), reduzindo a incidência de aspirações laringotraqueais. |
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Contato: inaguadagnoli@ig.com.br |
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