Código: OCL1552
RECONHECIMENTO DE FOTOGRAFIAS E ESQUEMAS FACIAIS EM CRIANÇAS COM SINDROME DE DOWN
 
Autores: Paula Pereira Mathias , Camila Rocha de Oliveira , Leticia Ribeiro de Oliveira , Carolina Colin Lima , Fernanda Dreux Miranda Fernandes
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
 
Dos meios de comunicação não-verbal possíveis, a expressão facial é uma das mais importantes fontes de informação para a interação social, sendo fundamental para a modificação dos comportamentos sociais (Bretzke, 1998; Vicari et al., 2000 e Gross, 2004).
De acordo com estudos de Walden e Field (1982), crianças normais de três a cinco anos discriminam as expressões de alegria e tristeza mais precisamente que as de assustado e raiva. Baron-Cohen, Leslie e Frith (1986) observaram que crianças com Síndrome de Down apresentam um desempenho tão bom quanto as crianças normais de quatro anos de idade.
Tendo em vista que a compreensão de expressões faciais auxilia o entendimento da mensagem e a produção de respostas coerentes, faz-se necessário pesquisar como crianças com Síndrome de Down reconhecem emoções. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar a habilidade em reconhecer emoções faciais por meio de fotografias e figuras (esquemas faciais) de 10 crianças com Síndrome de Down, com média de idade de 8,2 anos, em atendimento fonoaudiológico semanal. Os estímulos utilizados foram quatro fotografias e quatro figuras padronizadas retratando as emoções: feliz, triste, bravo e assustado. Foi solicitado que as crianças reconhecessem as emoções citadas pelos pesquisadores e respostas gestuais ou verbais foram consideradas.
Os resultados demonstraram que as crianças com Síndrome de Down tiveram dificuldades em reconhecer fotografias (média de acerto de 45%) e figuras (média de acerto de 40%). O número de acertos pareceu estar mais relacionado as dificuldades cognitivas e comportamentais do que a variável idade. 60% da amostra apresentou mesma performance tanto para fotos quanto para figuras, sendo que, 30% apenas explorou o material proposto. As crianças reconheceram mais a expressão de felicidade tanto para fotos e figuras.
O fracasso apresentado pelo grupo na habilidade de reconhecimento de emoções pode relacionar-se aos déficits comunicativos na interação social.
 
 
Contato: fernandadreux@aol.com
 

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