Código: TCL1739
INVESTIGAÇÃO DE LINGUAGEM EM EPILEPSIA TEMPORAL MESIAL
 
Autores: Cristiane Stravino Messas, Letícia Lessa Mansur , Luís Henrique Martins Castro , Carmen Lisa Jorge
Instituição: DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA, FONOAUDIOLOGIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
Introdução. As alterações do sistema semântico vêm sendo esclarecidas com as contribuições dos estudos que envolvem estruturas mesiais temporais. Pacientes com epilepsia de lobo temporal apresentam alterações relacionadas ‘a memória declarativa, porém a memória semântica tem recebido pouca atenção nos estudos dedicados ao assunto.
Objetivo. O presente estudo teve por objetivo, primeiramente, investigar aspectos semânticos da linguagem em pacientes com epilepsia mesial temporal, tomando por modelo a codificação, armazenamento e resgate de informações em sistema de memória declarativa. Em segundo lugar, identificar dificuldades específicas na memória semântica.
Métodos. Foram avaliados 20 pacientes com epilepsia mesial temporal, separados em dois grupos: 9 sujeitos com epilepsia mesial temporal esquerda (EMTE) e 11 à direita (EMTD), determinados pelo exame de Ressonância Magnética. Foram incluídos destros, com idade entre 18 e 55 anos, 8 ou mais anos de escolaridade e ausência de outras doenças neurológicas e psiquiátricas. Os sujeitos foram avaliados por provas que investigaram a memória episódica verbal (aprendizagem de palavras e recontagem de história) e provas relativas à memória semântica (geração de palavras, nomeação, emparelhamento palavra-figura, definição de palavras). Os sujeitos foram comparados entre si e com o grupo controle, composto por 18 indivíduos saudáveis, pareados por idade e escolaridade.
Resultados.Os dois grupos de lesados tiveram desempenho significativamente pior do que os controles nas provas de nomeação (p<0,05) e geração de palavras (p<0,05). O grupo de lesados em hemisfério esquerdo, além disso, teve diferenças significativas no aprendizado verbal de palavras e recontagem de história (p<0,05)
Conclusões. As alterações de memória episódica evidenciaram o predomínio do envolvimento de hemisfério esquerdo no processamento desse subsistema de memória verbal, enquanto que as alterações de linguagem nas provas envolvendo memória semântica evidenciaram o processamento bi-hemisférico nos aspectos semânticos da informação, sendo que a etapa de resgate pareceu responder em larga medida pelas desvantagens encontradas.
 
 
Contato: messas@netpoint.com.br
 

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