Código: DCA0157
TESTES DICÓTICOS VERBAIS E NÃO-VERBAIS EM CRIANÇAS COM DOENÇA CEREBROVASCULAR |
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Autores: Karla Maria Ibraim da Freiria Elias, Maria Valeriana Leme de Moura-ribeiro |
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS/ UNICAMP |
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Introdução: Na infância, a doença cerebrovascular (DCV) constitui condição rara, de etiologia variada, em que a evolução a curto e longo prazo mostra variáveis índices de alterações comportamentais, cognitivas, lingüísticas e de aprendizagem. Em relação ao processamento das informações auditivas o conhecimento é bastante restrito.
Objetivo: O presente estudo em DCV objetivou caracterizar a habilidade de atenção seletiva em crianças e adolescentes a partir da aplicação de testes auditivos dicóticos com estímulos verbais e não-verbais.
Material e Métodos: Foram incluídos pacientes com DCV de comprometimento unilateral e episódio único confirmados pela avaliação clínica neurológica e exames de imagem como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética cerebral. Todos foram acompanhados desde a fase aguda da doença e apresentavam sensibilidade auditiva, habilidades de linguagem, nível de atenção e função cognitiva compatíveis com as tarefas exigidas, confirmados por avaliação fonoaudiológica e neuropsicológica.
Foram avaliadas 13 crianças de ambos os sexos (7 meninos) com idades entre 7 e 16 anos, grupo propósito, durante a realização de tarefas de integração e separação binaural. Os resultados foram pareados com grupo controle formado por crianças destras, do mesmo sexo, idade e nível sócio-econômico do grupo propósito.
Os testes aplicados foram o dicótico não-verbal, consoante-vogal, dicótico de dígitos e de dissílabos alternados (Staggered Spondaic Word Test/SSW).
Resultados e Conclusão: Foi possível constatar no teste não-verbal, assimetria de respostas entre as orelhas direita e esquerda na etapa de atenção livre, e dificuldade em focalizar a atenção para a orelha solicitada nas etapas de atenção direcionada. No teste consoante-vogal foi constatada direção variável da assimetria perceptual na etapa de atenção livre e, dificuldade em dirigir a atenção para a orelha solicitada nas etapas de atenção direcionada. No teste de dígitos e de dissílabos alternados foram constatadas alterações ipsilaterais, contralaterais ou bilaterais em relação ao hemisfério acometido pela DCV. As crianças com DCV apresentaram alterações de habilidade auditiva considerada fundamental para o desempenho cotidiano, e crítica no ambiente escolar. |
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Contato: karlaelias@netsite.com.br |
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