Código: OEV0939
REGRESSÃO DE PÓLIPO VOCAL POR FONOTERAPIA - UM ESTUDO DE CASO |
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Autores: Isabel Cristina de Arruda, Dr. Rubem Cruz Swensson |
Instituição: PARTICULAR |
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Pólipos vocais são lesões de massa geralmente unilaterais, de configuração exofítica a partir da borda livre, podendo ser sésseis ou pendiculados, de tamanhos e coloração variados. Ocorrem em diferentes regiões da prega vocal e podem consistir de vasos dilatados, tecido fibrótico e pequenas hemorragias. Sua incidência é quase exclusiva no sexo masculino, muito raramente na infância (GONZÁLEZ, 1981). A conduta de eleição é cirúrgica. A presença de elementos vasculares indica uma alteração irritativa que atingiu as camadas mais profundas na lâmina própria e a possibilidade de regressão espontânea ou terapêutica do pólipo é muito reduzida (BOUCHAYER & CORNUT, 1991). Este estudo refere-se a uma mulher de trinta e três anos, professora primária, com diagnóstico de pólipo vocal, indicada para fonoterapia pré- cirúrgica. Na avaliação fonoaudiológica, constatou-se qualidade vocal rouco/áspera em grau moderado a severo, pitch grave e loudness fraca. Na análise espectrográfica (GRAM 5.7), verificamos estabilidade da emissão alterada, TMF e número de harmônicos reduzidos. A conduta fonoaudiológica teve como principal foco a orientação à paciente quanto ao uso vocal, hidratação, eliminação de comportamentos abusivos, exercícios específicos para relaxamento cervical, técnica do /b/ prolongado, técnica de vibração e exercícios de ressonância (BEHLAU E PONTES, 1995). Desenvolvendo a percepção auditiva e sinestésica da paciente, visamos diminuir a força de fechamento glótico, melhorar os padrões de vibração e ressonância e reduzir o edema. Houve importante orientação escolar, buscando propiciar técnicas para diminuição do uso vocal. Após quatro meses de terapia obtivemos melhora da qualidade vocal, com diminuição da rouquidão, pitch e loudness mais adequados. A reavaliação espectrográfica mostrou emissão mais estável, aumento do TMF e do número de harmônicos. A nova laringoscopia revelou PPVV com pequena fenda fusiforme anterior, nódulos em dimensões muito diminutas em 1/3 anteriores, de consistência flácida. Considerando melhora acentuada em relação aos exames anteriores, não foi indicada cirurgia. |
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Contato: claudio.isa@terra.com.br |
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