PESQUISA EM PROCESSOS TERAPÊUTICOS EM LINGUAGEM – TEORIA E PRÁTICA
Denise Terçariol
Palestrante
Instituição: UNIVALI
 
A clínica fonoaudiológica de crianças, remete o profissional a um vasto campo de indagações; entre elas, o lugar dos pais. São eles, que de uma forma ou de outra possibilitam (ou não) o atendimento fonoaudiológico de seus filhos à medida que, em primeira mão, revelam ao clínico o motivo pelo qual desejam algum tipo de intervenção com a criança bem como, discutem acerca dos horários das sessões e demais questões relativas ao processo terapêutico. Por outro lado, são também os pais que ocupam o lugar de interlocutores significativos no universo relacional da criança e encontram-se diretamente implicados a constituição subjetiva de seu filho. Diante disto, o lugar dos pais no processo terapêutico é “território” de investigação para a clínica fonoaudiológica. O campo para a problematização desta temática é amplo e deve abarcar, minimamente, as seguintes perguntas de pesquisa: como se dá a implicação dos pais na constituição subjetiva da criança bem como, na constituição das “enfermidades” de seu filho?; como se apresentam as “reações” parentais ao longo dos processos terapêuticos das crianças?; quais as possibilidades e modalidades de intervenção dos fonoaudiólogos com pais de crianças em atendimento fonoaudiológico?; quais os limites destas intervenções? Estas questões e os seus desdobramentos vêm permeando os estudos dos fonoaudiólogos há mais de uma década. Embora a literatura da área já tenha avançado nestas problematizações, há uma lacuna teórico-metodológica no dia-dia da clínica. Discussões sobre por que não incluir os pais no processo terapêutico de seu filho não fazem parte das reflexões da Fonoaudiologia e merecem ser enfrentadas pelos profissionais, para que seja possível a resposta sobre o lugar dos pais nesta clínica.
 
Contato: detece@terra.com.br
 

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