Código: OCL0496
HABILIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM EM IDADE ESCOLAR |
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Autores: Debora Maria Befi-lopes , Amalia Rodrigues , Milena Guerreiro Capanema , Paula Pereira Mathias |
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP |
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As crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) apresentam alterações fonológicas, representando um dos grandes marcos clínicos diagnósticos (Reed, 1994). Além disso, demonstram grandes dificuldades relacionadas às habilidades de consciência fonológica, especialmente em tarefas que exigem maior consciência metalingüística (Fazio, 1997; Briscoe, Bishop e Nobury, 2001), constituindo, assim, uma população de alto risco para dificuldades de leitura e escrita (Joffe e Victoria, 1988; Gillon-Gail, 2002).
A habilidade em analisar a fala em seus componentes fonológicos é chamada Consciência Fonológica, um subtipo de consciência metalingüística, extremamente importante para compreender a mensagem escrita e apresenta grande correlação com a habilidade de pensar e refletir sobre a linguagem como um objeto (Cielo, 2002; Morales, Mota, Keske-Soares, 2002; Costa, 2003).
O objetivo desse estudo foi verificar o desempenho de 16 sujeitos com DEL, com média de idade de 8,3 anos, em atendimento fonoaudiológico semanal, em tarefas de Consciência Fonológica. Foi utilizada a Prova de Consciência Fonológica (Fernandes et al., 1998), que avaliou as habilidades de memória verbal, análise e síntese auditivas, rima, aliteração e soletração.
As únicas tarefas totalmente compreendidas e realizadas foram memória verbal e síntese auditiva. O grupo de sujeitos apresentou baixo desempenho nas tarefas avaliadas, principalmente em rima (igual e diferente) e soletração. As melhores médias de acertos foram observadas nas habilidades de análise (M=80%) e síntese auditivas (M=88,5%). Apesar de realizarem a tarefa de memória, a média obtida foi de apenas 45% e na soletração o grupo apresentou o pior desempenho na prova, com média de 26,5%.
Quanto mais complexa a tarefa, menor número de acertos foi apresentado pelo grupo. O desempenho em memória verbal parece ser um importante marcador cognitivo dessa população. A maioria das dificuldades de leitura e escrita desses sujeitos decorre da associação entre as alterações no processamento fonológico e os déficits residuais na linguagem oral. |
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Contato: amalia@usp.br |
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