Código: OEL1519
A CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO NO PROCESSO TERAPÊUTICO FONOAUDIOLÓGICO COM O AFÁSICO
 
Autores: Cristiane Konyi Brandão, Suzana Magalhães Maia
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
 
Justificativa: a busca de novas abordagens terapêuticas , tem gerado transformações no método clínico fonoaudiológico.Objetivo:analisar a construção do diálogo de um paciente afásico dentro de um processo terapêutico fonoaudiológico, partindo do pressuposto segundo Bakthin, que a linguagem é uma atividade entre sujeitos , e tomando o enunciado como elo de comunicação .Método:Através dos registros contínuos e transcrição das sessões de terapia , realizar um estudo descritivo e qualitativo do atendimento fonoaudiólogico realizado com um paciente afásico , de 79 anos, encaminhado pelo médico devido, AVC isquêmico ocorrido em agosto de 2004.Resultados: os resultados obtidos na terapia , demonstram que uma nova maneira de se pensar a construção do diálogo , como neste caso, ocorrido através da reelaboração dos enunciados da história do paciente e interlocução com o fonoaudiólogo . Desta forma, a linguagem pode ser vivida , ajudando no manejo terapêutico e na melhora do quadro do paciente. A fundamentação teórica utilizada à concepção de linguagem foi M.Bakthin e para concepção de homem e de clínica foi a de D. Winnicott.Discussão:Vemos que na prática fonoaudiológica a busca por testes padronizados que parecem elencar uma série de fatores descritivos da linguagem acaba sendo um recurso na prática com o afásico.Se o sujeito apresenta um déficit no sistema lingüístico , como tentar aplicar testes se , estes só demonstram uma interpretação na linguagem patológica do afásico? Com isso, há uma fragilidade no processo terapêutico, e com o contexto histórico do paciente, não cabendo aqui ir além de aspectos verbais e extra-verbais. Conclusão:pretendemos com a apresentação deste caso, questionar a idéia de que o manejo terapêutico com o afásico deva ser questionado e fundamentado em práticas que valorizem a construção e reabilitação da linguagem do paciente, valorizando a escuta terapêutica abrindo novos caminhos para pensar nossa prática.
 
 
Contato: brandao.cris@uol.com.br
 

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