Código: OCM0591
MASTIGAÇÃO EM DISPÉPTICOS FUNCIONAIS
 
Autores: Mariana Pantuso Monteiro, Fabiana Pontes Carneiro, Natália de Assis Penido Felipe, Andréa Rodrigues Motta
Instituição: CEFAC
 
Objetivo: avaliar aspectos morfo-funcionais da mastigação em pacientes com dispepsia funcional, além de verificar o recebimento de orientações sobre a função mastigatória.Métodos: anamnese e avaliação morfo-funcional da mastigação de 30 indivíduos portadores de dispepsia funcional. Para associação das variáveis foi utilizado o Teste Qui-quadrado. Resultados: A mordida frontal prevaleceu em 63,3%, a forma mastigatória mais encontrada foi predominantemente unilateral (46,7%) e os movimentos predominantemente verticais e rotatórios (76,7%). O ritmo foi classificado como lento (96,7%) e o volume ingerido, como grande (50,0%). Na associação estatística, o volume ingerido não dependeu do gênero do paciente (p=0,367). Também não foi encontrada associação significante entre o fato de o paciente ter recebido orientações sobre mastigação e o volume ingerido (p= 0,748). Em 66,7% foram encontrados restos de alimento em cavidade oral. A associação de volume ingerido e sobra de alimento na cavidade oral não foi considerada estatisticamente significante (p=0,562). Verificou-se que 80,0% dos avaliados apresentavam próteses e/ou falhas dentárias, tendo sido este fato associado à presença de assimetria à palpação do masseter (p=0,028) e do temporal (p=0,037). A associação das variáveis sobra de alimento e presença de próteses e/ou falhas dentárias não foi considerada significante com valor-p de 1,000. O acompanhamento fonoaudiológico de indivíduos com dispepsia funcional poderia enfatizar e complementar as orientações já fornecidas pelo médico, além de adequar as funções estomatognáticas quando necessário.
Conclusão: a mastigação caracterizou-se por ser predominantemente unilateral com movimentos verticais e rotatórios, ritmo lento, volume ingerido grande, lábios vedados, com sobras de alimento em cavidade oral e ausência de ruído. Foi encontrado alto percentual de falhas dentárias e uso de próteses. Menos da metade da amostra recebeu orientações médicas sobre mastigação.
 
 
Contato: tatinatipenido@terra.com.br
 

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