Código: OEM1748
ACHADOS FONOAUDIOLÓGICOS E ORTODÔNTICOS NA SÍNDROME DE PARRY-ROMBERG: UM ESTUDO DE CASO
 
Autores: Maria Isabel D Ávila-freitas, Marcelo Roberto Pereira Freitas, Cássia Renata Zuin, Régis Knop
Instituição: UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
 
A Síndrome de Parry-Romberg foi descrita por Parry, em 1825 e melhor estudada por Romberg, em 1846. É uma síndrome rara de etiologia desconhecida, mais encontrada no sexo feminino (SAMPAIO JUNIOR, 2004). Caracteriza-se por atrofia progressiva auto-limitada de uma das hemifaces, sendo o lado esquerdo mais atingido. Há acometimento do tecido subcutâneo, pele e mucosas, com tardio envolvimento de músculos e estruturas osteocartilaginosas, podendo atingir o parênquima encefálico. Além dos aspectos neurológicos, podem existir alterações que interessam a Fonoaudiologia como: paralisia facial, espasmos do masseter, oclusão dentária alterada, atrofia parcial de língua, faringe e laringe, entre outros (ASSENCIO-FERREIRA, 2003). Descreve-se o caso de uma paciente do sexo feminino, leucoderma, 12 anos, que desde os 2 anos de idade vem evoluindo com atrofia da hemiface esquerda, alteração na coloração da pele, alteração da oclusão dentária e das estruturas oromiofuncionais. Os estudos radiológicos mostram que há assimetrias ósseas da face, contudo, até o presente momento, não se observam alterações de consistência óssea, sendo que o tratamento ortodôntico vem sendo realizado seguindo-se as intervenções normais de um paciente com maloclusão semelhante. Nas questões fonoaudiológicas pode-se observar que as alterações são de caráter oromiofuncional (tonicidade e mobilidade de língua, lábios e bochechas), não havendo comprometimentos de linguagem, voz ou audição. O tratamento fonoaudiológico baseia-se na atenuação das alterações oromiofuncionais para minimização das seqüelas musculares decorrentes da atrofia facial. Segundo dados da literatura (CARDOSO et al, 2000), o tratamento cirúrgico é indicado nesses casos para reparação estética da face, realizando-se enxerto para tal compensação. Por apresentar um conjunto de manifestações, o paciente com a Síndrome de Parry-Romberg deve ser atendido em equipe interdisciplinar que inclua o médico (clínico e o cirurgião), o ortodontista e o fonoaudiólogo.
 
 
Contato: mariaisabel@sc.estacio.br
 

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