Código: OEL1777
DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA: ESTUDO DE CASO DE TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA EM DUPLA |
|
Autores: Vânia de Oliveira Gonzalez, Maria Sílvia Cárnio |
Instituição: LABORATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM LEITURA E ESCRITA DA F M U S P |
|
V.O.M. e R.H.S., sexo masculino, 15 anos, 8ª série (EF) em escolas distintas e com históricos respiratórios e psicológicos. Suas escolaridades têm, em comum, a ação social ocasionadora da convivência com colegas de diversos níveis sócio-culturais. Têm como distinção V.O.M. estudar numa “escola de aplicação” gratuita, repetindo a 8ª série e R.H.S. numa escola subsidiada por uma sociedade de industriais que oferece bolsas. Receberam atendimento semanal individual de Fonoaudiólogas distintas no mesmo serviço público de Leitura e Escrita durante 2004. Em função da abordagem da linguagem como constitutiva do sujeito (Massi & Berberian, 2005), considerou-se que “o autor se move no plano do pessoal/privado a partir do momento em que se decide por escrever e aceita, com todas as limitações e precauções que se queiram, que o que escreve pode ser lido por alguém” (Viñao, 2004) e, diante disso, decidiu-se pelo atendimento em dupla. Conseqüentemente, em 2005, realizou-se avaliação inicial com procedimento e instrumentos idênticos, em sessões distintas e se diagnosticou, em ambos, dificuldades de compreensão de leitura, produção, coesão, erros ortográficos e desorganização gráfica de letras. Na devolutiva individual, pacientes e familiares foram questionados sobre interesse na formação da dupla e, somente após resposta afirmativa individual, iniciou-se a terapia em díade. Nela, referencial de mundo e nível de leitura ficam pareados, possibilitando que cada paciente-autor conceba a produção a fazer considerando a decodificação do paciente-interlocutor, corrija espontaneamente sua prosódia na leitura e esclareça dúvidas reais do paciente-interlocutor sobre a mensagem, diferentemente do que ocorre com o terapeuta, que simula dificuldades para evidenciá-las. Nesse contexto, cabe ao Fonoaudiólogo propor análises da falha, da solução e das possíveis alternativas, incentivando a auto-correção. Concluiu-se que a terapia fonoaudiológica de leitura e escrita em dupla oferece mais estratégias para problematizar a dificuldade trabalhada quando o referencial deixa de estar centrado no Fonoaudiólogo. |
|
|
|
Contato: vaniaog@usp.br |
|

Imprimir Trabalho |

Imprimir Certificado Colorido |

Imprimir Certificado em Preto e Branco |
|