Código: TCV1511
EFEITO DO AVANÇO DA MAXILA POR DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA SOBRE A FALA: ANÁLISE PERCEPTIVA E INSTRUMENTAL. |
|
Autores: Adriana de Oliveira Camargo Gomes, Trixy Cristina Niemeyer Vilela Alves, Ana Paula Fukushiro, Katia Flores Genaro, Inge Elly Kiemle Trindade |
Instituição: HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO |
|
Introdução: A correção cirúrgica das fissuras labiopalatinas influencia o crescimento craniofacial, resultando na restrição do crescimento maxilar, podendo ocasionar discrepâncias maxilo-mandibulares de diferentes graus. Uma forma de correção das discrepâncias severas é a distração osteogênica da maxila, envolvendo osteotomia, seguida do avanço maxilar gradual, por meio de um aparelho de tração reversa ativado diariamente, durante um tempo determinado, promovendo estabilidade no avanço devido à neoformação óssea. Entretanto, o avanço da maxila promove aumento no diâmetro ântero-posterior da nasofaringe, podendo ocasionar alterações no fechamento velofaríngeo e, conseqüentemente, na ressonância da fala.
Objetivo: Analisar o efeito da distração osteogênica da maxila sobre a função velofaríngea (FVF) e ressonância da fala, por meio de avaliação perceptivo-auditiva e nasométrica.
Método: Avaliou-se 8 indivíduos com fissura labiopalatina operada, de ambos os sexos, entre 9 e 21 anos, antes (PRÉ) e, em média, 8 meses após a instalação do distrator (PÓS). Na avaliação perceptiva, a FVF foi classificada em adequada, marginal ou inadequada, baseada na combinação de escores de hipernasalidade, emissão de ar nasal e articulação compensatória, segundo classificação proposta por Trindade et al (2005). A nasalância (correlato acústico da nasalidade) foi determinada por meio da nasometria, em 5 indivíduos, durante a produção de um texto contendo sons exclusivamente orais.
Resultados: Após a cirurgia, 38% dos indivíduos apresentaram piora na FVF,
passando de marginal para inadequada. Os valores médios de nasalância (±DP) foram de 15±12% (PRÉ) e 30±12% (PÓS). As diferenças entre os valores pré e pós destes 5 indivíduos foram estatisticamente significantes.
Conclusão: Os resultados mostraram que a distração osteogênica provocou alterações na fala, mesmo sendo um avanço gradual da maxila. Portanto, a avaliação fonoaudiológica e orientação quanto à possibilidade de ocorrência de alterações na FVF e na ressonância, antes da cirurgia, são fundamentais, assim como o direcionamento da reabilitação da fala, após esse procedimento. |
|
|
|
Contato: drigomes@usp.br |
|

Imprimir Trabalho |

Imprimir Certificado Colorido |

Imprimir Certificado em Preto e Branco |
|