Código: OCL0530
ANÁLISE DA NARRATIVA ORAL DE CRIANÇAS AUTISTAS: UM ESTUDO DE CASO CONTROLE
 
Autores: Pâmella Michelle Pezenatti, Ana Carina Tamanaha , Jacy Perissinoto
Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
 
Introdução: Atualmente o Autismo Infantil é considerado uma subcategoria dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, e caracteriza-se por um desenvolvimento anormal ou alterado, que se manifesta antes dos 3 anos, em diversas áreas do desenvolvimento: interação social, comunicação e interesses. (OMS, 2000; APA, 2002).
Dentre as diversas manifestações clínicas, a dificuldade em realizar narrativas tem sido estudada, por evidenciar a inabilidade comunicativa em portadores desta patologia.
Objetivo: Analisar a narrativa oral de portadores de Autismo Infantil.
Metodologia: A amostra foi composta por 10 crianças, de ambos os sexos, na faixa etária de 5 a 10 anos de idade, diagnosticadas, por equipe multidisciplinar, como portadoras de Autismo Infantil, sendo todas verbais e atendidas em diversas instituições. (Grupo Autismo).
Além disso, avaliamos 20 crianças, sem alterações de desenvolvimento, pareadas com o Grupo Autista, numa proporção 2:1, por sexo e idade cronológica (Grupo Controle).
Utilizamos três tipos de seqüências lógico-temporais propostas por Baron Cohen & Col (1986). As seqüências deveriam ser ordenadas e posteriormente, as crianças foram encorajadas a narrar as histórias. As narrativas foram classificadas de acordo com a proposta original (descritiva, causalidade e intencional).
Resultados: Verificamos melhor desempenho na ordenação das cenas, independente do tipo de sequência, do Grupo Controle, na comparação com o Grupo Autista.
No Grupo Controle houve maior frequência de uso de narrativa por causalidade, 81%, em média, seguida de 20% de intencional. No Grupo Autista também houve predominio de narrativas causais, no entanto houve 0% de narrativas intencionais.
Conclusão: Observamos que as crianças autistas apresentaram um desvio significativo tanto na ordenação das cenas, quanto no ato de narrar, quando comparadas ao Grupo Controle. Embora tenham apresentado resultados semelhantes no tipo de narrativa causal, falharam no uso do tipo intencional, quando comparadas com o Grupo Controle. Esses achados confirmam as premissas estabelecidas na literatura.
 
 
Contato: pamellapezenatti@ig.com.br
 

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