POLÍTICAS PÚBLICAS DE ALEITAMENTO MATERNO
Maria Teresa P. Cavalheiro
Palestrante
 
A participação do fonoaudiólogo na saúde pública intensificou-se com a regulamentação do SUS (Lei 8080/90). Ao inserir-se nas equipes multiprofissionais dos equipamentos de saúde, o fonoaudiólogo se depara com a necessidade de conhecer as políticas públicas e direcionar suas ações, contribuindo para a consolidação dos princípios do SUS. Para isso, é preciso articular formação técnica à ação política que prevê iniciativa, compromisso e responsabilização. O diagnóstico do território e das condições de vida deve ser ponto de partida para o trabalho, de modo a atender às necessidades da população. O aleitamento materno, foco de diferentes políticas públicas, nacionais e internacionais, depende de profissionais comprometidos para sua implementação, nos vários níveis de atenção à saúde. Entre estas políticas podemos citar: a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o Método Mãe-Canguru, a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos (NBCAL). No hospital, na UBS, nas instituições educacionais e em muitos espaços da sociedade civil organizada, deve ser fortalecida uma rede de defesa do aleitamento materno, de modo a impactar os indicadores de morbimortalidade infantil. Na assistência, o fonoaudiólogo deve buscar sua inserção nas equipes multiprofissionais, desde a atenção básica, incluindo o Programa de Saúde da Família (PSF), até a assistência hospitalar, participando de grupos educativos, ambulatórios de seguimento, ações no alojamento conjunto, capacitação e outras modalidades de intervenção. Além disso, deve procurar envolver-se em movimentos de defesa do aleitamento materno, tornando-se, inclusive, protagonista destas mobilizações. Por outro lado, as Instituições Formadoras devem implementar atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas para o aleitamento materno, incentivando experiências interdisciplinares e multiprofissionais. No momento atual, em que os Ministérios da Saúde e Educação se articulam para promover debate sobre a formação profissional, configura-se oportunidade ímpar para que as mudanças na graduação provoquem transformação no funcionamento e qualidade dos serviços de saúde, incluindo maior investimento nas ações de defesa do aleitamento materno.
 
Contato: bibifono@superig.com.br
 

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