Código: OCM1047
SINTOMAS FUNCIONAIS NA FISSURA DE PALATO SUBMUCOSA OPERADA E NÃO OPERADA
 
Autores: Vivian Cristhina Cardoso Betoni, Luciane Riehl, Katia Flores Genaro
Instituição: HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS / FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU-UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
SINTOMAS FUNCIONAIS NA FISSURA DE PALATO SUBMUCOSA OPERADA E NÃO OPERADA

Introdução: A fissura de palato submucosa (FPSM) é uma malformação palatina com características clinicas e anatômicas especificas, conhecida como tríade clássica de sinais diagnósticos: úvula bífida, diástase muscular e chanfradura óssea no palato duro. Esses sinais anatômicos podem levar à disfunção velofaríngea (DVF), acarretando refluxo nasal de alimentos, alterações otológicas, auditivas e, na fala, hipernasalidade, articulações compensatórias, emissão de ar nasal, mímica facial associada e fraca pressão aérea intra-oral. Entretanto, nem todos os casos têm indicação para a correção cirúrgica, pois o comprometimento funcional nem sempre está presente, fazendo com que o diagnóstico precoce, necessário para prevenir problemas de fala, auditivos e alimentares, bem como direcionar o tratamento adequado e na época propícia, ocorra tardiamente, quando sintomas já estão instalados.
Objetivo: Comparar os sintomas funcionais em casos com FPSM operada e não operada.
Método: Estudo retrospectivo de 848 casos com FPSM, idades variadas, ambos os gêneros, coletando informações sobre os sintomas apresentados: audição, refluxo nasal e fala, quanto aos aspectos ressonância e articulação, bem como emissão de ar nasal (EAN), fraca pressão aérea intra-oral (FP) e mímica facial associada (MF).
Resultados: Dos 848 casos, 67,20% (n:525) realizaram palatoplastia (grupo I) para correção da DVF e 37,20% (n:319) não realizaram (grupo II), sendo verificado os seguintes sintomas funcionais para os grupos I e II, respectivamente: alteração na audição (33,71% e 15,04%); refluxo nasal (38,67% e 15,85%); hipernasalidade (86,09% e 25,70%); articulação compensatória (57,52% e 20,06%); EAN (29,14% e 4,38%); FP (40% e 6,58%) e MF (8,57% e 0,94%).
Conclusão: Os sintomas funcionais, apesar de presentes nos dois grupos, têm maior ocorrência nos casos que realizaram palatoplastia, evidenciando a importância do acompanhamento dos mesmos, para a intervenção no momento adequado, sendo esse acompanhamento realizado pelo fonoaudiólogo.
 
 
Contato: vivianbetoni@bol.com.br
 

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