Código: OCL0943
COMPREENSÃO DE QUESTÕES CATEGORIAIS EM CRIANÇAS DO ESPECTRO AUTÍSTICO
 
Autores: Camila Gioconda de Lima e Menezes, Ana Carina Tamanaha, Jacy Perissinoto
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
 
Introdução: Os quadros que compõem o espectro autístico caracterizam-se por prejuízos severos e invasivos do desenvolvimento social, da comunicação e dos interesses (APA, 2002). Muitos sujeitos deste espectro sequer chegam a falar, sendo que a fala ecolálica é descrita como uma das primeiras formas de comunicação verbal (Prizant & Duchan, 1981;Rydell & Mirenda, 1991; Menezes e col., 2002). A compreensão nos sujeitos deste espectro encontra-se prejudicada, e o contexto e tipo de questionamento feito à criança pode resultar em mais respostas ecolálicas (Paccia & Curcio, 1982). O objetivo deste estudo foi analisar a ocorrência de respostas adequadas e inadequadas a questões categoriais em sujeitos do espectro autístico.
Método: A amostra constituiu-se de cinco meninos verbais, entre 4 e 10 anos, diagnosticados por equipe multidisciplinar como portadores do espectro autista. Foram analisadas as respostas às questões categoriais na observação de situação lúdica, com contexto físico e lingüístico favoráveis, durante 15 minutos. Foi realizada a transcrição e as respostas foram separadas em adequadas (espontânea adequada) e inadequadas (ecolálicas e espontâneas incompletas ou inadequadas ao contexto).
Resultados: Aproximadamente 75% das respostas apresentadas pelas crianças foi incompleta ou inadequada. Dentre estas, evidenciaram-se cerca de 45% de enunciados ecolálicos. Somente cerca de 25% das respostas foram adequadas ao contexto.
Conclusão: Nem sempre uma resposta espontânea é adequada e muitas vezes uma resposta ecolálica pode indicar uma transição para a fala espontânea, ainda que se apresente de forma incompleta.
 
 
Contato: cagimenezes@yahoo.com.br
 

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