Código: OEL1617
APRAXIA DE FALA: IMPLICAÇÕES DO DIAGNÓSTICO PARA O TRATAMENTO. |
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Autores: Olivia Machado, Olavo Panseri, Sheilla De Medeiros Correia , Letícia Lessa Mansur |
Instituição: DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA, FONOAUDIOLOGIA E TERAPIA OCUPACIONAL- FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO |
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Apraxia de fala é uma desordem motora da fala decorrente de lesões das áreas motoras secundárias do sistema nervoso, responsáveis pelo planejamento e execução do ato motor. Isto resulta em articulação anormal de seqüências de fonemas, principalmente de consoantes, que na maioria das vezes são substituídas. As tentativas de produções caracterizam-se por padrões inconsistentes de erros.
Este estudo relata o caso de M.R.A.B, gênero feminino, 60 anos, 6 anos de escolaridade, com história de AVEi em região córtico-subcortical, fronto-têmporo-parietal esquerdo em decorrência de doença oclusiva da artéria carótida esquerda. A paciente apresenta como hipóteses diagnósticas fonoaudiológicas afasia de Broca e disartria leves e apraxia de fala moderada.
O objetivo é caracterizar as manifestações apráxicas visando adequada intervenção fonoaudiológica. Para tanto foi realizada avaliação funcional da linguagem e provas de repetição de palavras.
Os resultados sobre os erros de produção obtidos foram: na fala espontânea a porcentagem de palavras erradas foi de 4,5% e na repetição 55,75%. Com relação aos tipos de erros: fala espontânea – omissão (37,9%); troca de vogal (15,8%); troca de consoante (9,5%); repetição de sílaba (16,84%); repetição – omissão (20%); troca de vogal (20%); troca de consoante (18%); inserção de fonema (18%). As trocas incluem substituição e distorção de fonemas, com desempenho inferior na repetição em comparação com a fala espontânea.
Na repetição de 70 pares (palavra alvo + palavra distratora) os resultados foram: repetição imediata da palavra alvo- acerto(A)=14,3%; ausência de resposta(NR)=14,3%; erros(E)=71,42%. Repetição imediata do distrator- A=15,71%; NR=10%; E=74,3%. Repetição diferida da palavra alvo (após as situações anteriores)- A=4,3%; NR=24,3%; E=71,42%. Os erros se constituíram de omissões, substituições e distorções de fonemas.
O detalhamento das manifestações apráxicas permitiu propor terapia fonoaudiológica direcionada com base em princípios do aprendizado motor, notando-se ganho embora discreto em tarefa de repetição de pseudopalavras, anteriormente impossível de ser realizada. |
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Contato: oliviamac_usp@yahoo.com.br |
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