Código: TCS1541
ATENÇÃO À SAÚDE DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA: UMA ANÁLISE DA NECESSIDADE DE INSERÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
 
Autores: Fábio José Delgado Lessa, Cynthia Maria Barboza do Nascimento, Gabriella Morais Duarte Miranda, Lívia Teixeira de Souza, Renata Florêncio Santiago, Vanessa de Lima Silva, Tatiane Fernandes Portal de Lima
Instituição: DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA (NESC) – CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES (CPQAM)- FIOCRUZ- PE
 
O perfil de morbidade na população se caracteriza pelo predomínio das causas externas, doenças do aparelho circulatório(DAC) e neoplasias, que evoluem deixando multi-seqüelas (deficiências motora e cognitiva), comprometendo a comunicação. Destas, as DAC adquirem relevância, destacando-se as doenças cerebrovasculares, particularmente, o acidente vascular cerebral(AVC), representando a primeira causa de incapacidade entre adultos. Buscou-se identificar a necessidade de inserção do fonoaudiólogo no SUS na atenção ao portador de deficiência física, considerando o AVC como principal causa das incapacidades. Para tanto, foram analisados dados de 121208 internações por AVC nas Regiões do Brasil e Unidades Federativas, no ano de 2004. Os dados foram retirados do Sistema de Informação Hospitalar do Ministério da Saúde e processados pelo software TABWIN. Os resultados evidenciam uma maior prevalência de internações na Região Sudeste(47,64%), ficando São Paulo com o maior percentual(22,29%), o Nordeste apresenta a segunda maior ocorrência com 24,44%, estando a Bahia com a maior proporção(7,24%), sucedem as Regiões Sul(15,48%), Centro-Oeste(6,95%) e Norte(5,21%). Sabe-se que há uma prevalência de 50% de Distúrbios de Comunicação como seqüela do AVC e, 78% dos casos de AVC permanecem internados até sete dias, tais dados foram considerados como indicadores para inferir a necessidade de fonoaudiólogos. Considerando que a inserção do fonoaudiólogo em hospitais se dá com uma carga horária de 40 horas/semanais, estima-se a necessidade de 45 profissionais no País para a atenção ao portador de deficiência física por AVC, distribuindo-se desta forma: 22 no Sudeste, 11 no Nordeste, 07 no Sul, 03 no Centro-Oeste e 02 no Norte. Considerando uma jornada de 20 horas/semanais, estes indicadores duplicam. Percebe-se, a relevância destes indicadores para a formulação de políticas públicas de atenção à saúde. Ademais, a inserção de fonoaudiólogos entre a equipe interdisciplinar na atenção à saúde do portador de deficiência física reafirma o princípio doutrinário do SUS – integralidade na atenção.
 
 
Contato: livia_tsouza@yahoo.com.br
 

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