Código: OED0882
ACOMPANHAMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE PACIENTE DISFÁGICO POR HIPÓXIA APÓS AFOGAMENTO: ESTUDO DE CASO
 
Autores: Cláudia Moreira Esteves, Andréa Rodrigues Motta
Instituição: CEFAC
 
Acompanhamento fonoaudiológico de paciente disfágico por hipóxia após afogamento: estudo de caso
Cláudia Moreira Esteves
Andréa Rodrigues Motta



Resumo

Introdução: A disfagia é considerada um sintoma de uma doença de base que pode acarretar sérias conseqüências para saúde do paciente, caso haja aspiração de alimento ou até mesmo de saliva para via respiratória. Objetivo: descrever a intervenção fonoaudiológica em um caso de disfagia por hipóxia após afogamento. Métodos: relato de caso de uma criança de sete anos e quatro meses portadora de disfunção neuromotora do tipo tetraplegia espástica, com quadro de disfagia severo, decorrente de afogamento. Na avaliação inicial verificou-se como vigil; presença de sialorréia discreta; vedamento labial incompleto; halitose; xerostomia; higiene oral precária; engasgos na tentativa da família de introduzir via oral e ate mesmo com a própria saliva. A respiração era ruidosa e oral; havia acumulo de secreção em valécula; ausência de reflexo de tosse; língua com mobilidade reduzida; tempo aumentado de transito oral, elevação laríngea reduzida e reflexo de deglutição muito reduzido; presença dos reflexos de mordida e vomito; hiper-sensibilidade intra e extra oral e hipossensibilidade gustativa reagindo apenas a estimulo amargo. O exame funcional com alimento demonstrou total inabilidade para deglutir a consistência pastosa com ausculta cervical alterada e manutenção de restos na cavidade oral, sendo necessária a retirada do alimento pela terapeuta. Resultados: após quinze meses de terapia diária, com uso de técnicas diretas, indiretas, passivas, ativas, posicionamento adequado e um trabalho interdisciplinar entre Fonoaudiologia, Neurologia, Nutrição e Fisioterapia, a paciente que se alimentava por sonda nasogástrica passou a se alimentar exclusivamente por via oral, tendo o quadro de disfagia evoluído de severo para moderadamente leve. Conclusão: apesar da gravidade do caso, com as técnicas fonoterápicas utilizadas foi possível observar melhora da funcionalidade da deglutição, que se tornou mais confortável, sem riscos de aspiração e principalmente melhora da qualidade de vida da paciente que obteve o prazer de alimentar se por via oral novamente.
 
 
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