Código: OCA1224
IMPACTO SOCIAL DA DIFICULDADE AUDITIVA EM IDOSOS: COMPARAÇÃO COM OS ACHADOS AUDIOLÓGICOS |
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Autores: Juliana Onofre de Lira, Cátia Cavalcanti Meneguelli |
Instituição: CENTRO DE REFERÊNCIA DO IDOSO - SÃO PAULO - SP |
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Introdução: O tratamento da perda auditiva inerente ao envelhecimento engloba programas de reabilitação existentes para minimizar o impacto desta perda. No entanto, para estabelecer coerentemente todos passos deste programa, é necessário conhecer as características auditivas e seu impacto na rotina diária destes idosos.
Objetivo: Caracterizar a perda auditiva em idosos atendidos em serviço público de atenção secundária à saúde, comparando-a com a desvantagem social em que esta pode acarretar.
Metodologia: Antes de serem submetidos à avaliação audiológica básica, os idosos eram questionados sobre presença de hipoacusia, tontura, zumbido e se apresentavam ruído ocupacional. Os idosos com queixa de hipoacusia foram solicitados a responder um questionário sobre desvantagem auditiva (HHIE – Wieselberg, 1997).
Resultados: Foram estudados 84 idosos(53 mulheres e 31 homens), entre 60 e 84 anos(média=70,1). As principais queixas foram: zumbido bilateral(42,9%), hipoacusia bilateral(41,7%), e tontura(33,3%). Quando comparados os sexos, observou-se diferença estatisticamente significante em relação à queixa de tontura mais freqüente nas mulheres (p=0,02–Chi-square) e exposição a ruído ocupacional em homens (p=0,01-Chi-square). Houve uma prevalência de perda auditiva em ambos os sexos de 73,8%, com destaque para as seguintes características: neurossensorial(67,8%), configuração descendente(67,8%), bilateral simétrica(63,1%) e grau leve(45,8%). A média do Índice de Reconhecimento de Fala(IRF) foi OD-87,6%/OE-86,9%. Na imitanciometria, foi mais freqüente a curva tipo A(65,5%). O índice indicador de desvantagem em relação à audição foi 52,07%.
Conclusão: Considerando que o HHIE classifica o valor >42,0% como indicador de uma percepção severa do handicap, os resultados encontrados apontam que há uma alta prevalência de perda auditiva nos idosos e, que, a maioria considera a dificuldade auditiva como um fator de desvantagem na relação com o meio. Desta forma, demonstra-se a necessidade de criar um Programa de Reabilitação Audiológica específico para esta população, considerando não apenas a protetização mas a relevância psicossocial da deficiência auditiva no idoso. |
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Contato: julira31@terra.com.br |
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