Código: TEL0906
PERFIL DE HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO DE DOIS PACIENTES COM A SÍNDROME DE TREACHER COLLINS.
 
Autores: Aleide Vieira Martins, Célia Maria Giacheti, Simone Ghedini Costa Milanez
Instituição: UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
 
A síndrome de Treacher Collins (STC) foi descrita em 1900 por Treacher e em 1949 foi denominada síndrome da disostose mandíbulo-facial. É uma desordem do desenvolvimento craniofacial, com malformações de orelha, alterações mandibulares, fissura palatina, fissuras palpebrais oblíquas em posição antimongolóide e coloboma da pálpebra inferior. Estudos sobre habilidades de linguagem na STC ainda são escassos. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil de habilidades de comunicação de dois pacientes com a STC e compará-los com dois controles, pareados por gênero e idade, sem queixas fonoaudiológicas. S1, gênero feminino, 13a1m, 1ª série do ensino regular e S2, gênero masculino, 5a10m, pré III. Realizou-se avaliação fonoaudiológica e aplicação do Teste Illinois de Habilidades Psicolingüísticas (ITPA). Em S1 foi aplicada a Prova de Consciência Fonológica (PCF). S1 responde perguntas, mantendo o tema e é capaz de seguir instruções verbais simples. Entretanto, apresentou fala ininteligível em algumas situações, trocas e omissões de fonemas e voz hipernasal. No ITPA obteve pontuação inferior a idade nos subtestes auditivos, porém apresentou desempenho adequado para a idade na maioria dos subtestes visuais, quando comparados com o controle. Na avaliação fonológica S1 apresentou trocas e omissões de fonemas. Na PCF S1 obteve 32,5% de acertos, apresentando escores abaixo do esperado para sua idade e escolaridade. S2 possui fala inteligível, com substituição de fonemas e voz hipernasal. Faz troca de turnos no diálogo, narra fatos e histórias, responde perguntas, mantendo o tema e segue instruções simples e complexas. No ITPA obteve pontuação inferior no subteste associação auditiva, apresentando desempenho adequado nos demais subtestes, quando comparado com o controle. Na avaliação fonológica S2 apresentou trocas de fonemas. Conseguiu escrever seu nome e reconhecer letras. Os resultados indicaram que, apesar de ambos terem o mesmo diagnóstico genético, o perfil fonoaudiológico diferiu. Desta forma, ressaltamos a importância da avaliação fonoaudiológica de indivíduos com essa condição visando estabelecer o perfil de habilidades de comunicação dos mesmos.
 
 
Contato: simone@videoimagemdvd.com.br
 

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