Código: TCV1166
ANÁLISE PERCEPTIVO-AUDITIVA DOS AJUSTES DO TRATO SUPRAGLÓTICO POR MEIO DO PROTOCOLO DE MOTIVAÇÃO FONÉTICA (LAVER 1980) EM INDIVÍDUOS DISFÔNICOS COM ALTERAÇÃO NA CONFIGURAÇÃO GLÓTICA. |
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Autores: Marta Assumpção de Andrada e Silva, Raquel Buzelin Nunes |
Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE SÃO PAULO |
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Introdução: As disfonias podem ser referir a distorções vocais provenientes da fonte e/ou do filtro. A qualidade vocal segundo Laver (1980) não deriva apenas da atividade laríngea, mas igualmente de contribuições supralaríngeas.Assim, a importância de avaliar a qualidade vocal segundo o modelo de motivação fonética (VPAS) é indiscutível. O modelo permite avaliar os diversos ajustes que ocorrem no trato supraglótico uma vez que estes indivíduos utilizam estratégias compensatórias para suprir alterações anatômicas e/ou funcionais para produzir a voz. Objetivo: Analisar por meio do protocolo de motivação fonética (VPAS) os ajustes do trato vocal supraglótico em pacientes disfônicos. Método: foram avaliadas vozes de 31 indivíduos disfônicos, sexo feminino, faixa etária 20 a 45 anos, com alterações vocais e na configuração glótica observada por meio da videolaringoestroboscopia. As vozes foram avaliadas, em consenso, por três fonoaudiólogas experientes na área de voz e com o protocolo VPAS. Resultados: Dos 31 indivíduos analisados observou que: categoria supralaríngeos longitudinais: 23(74,1%) indivíduos apresentaram laringe alta, 9(29%) laringe baixa e 8(25,8%) configuração neutra. 24(77,4%) apresentaram labiodentalização, 3(9,6%) lábio protrusão e 8(25%) neutra. Supralaríngeos transversais: 19(61%) indivíduos apresentaram lábios estirados, 4(12,9%) arredondados e 3(9,6%) neutra. Ajustes mandibulares: 18(58%) mandíbula fechada, 1(3,2%) mandíbula aberta e 12(38,7%) configuração neutra. Ajustes transversais ponta de língua: 23(74%) apresentaram ponta de língua avançada, 3(9,6%) recuadas e 6(19,3%) neutra. Em relação ao corpo de língua a maioria apresentou configuração neutra. Ajustes de base 19(61,2%) indivíduos apresentaram configuração neutra, 10(32,2%) constrição faríngea e 2(64,5%) expansão faríngea. Categoria velar: configuração neutra em 26(83,8%) indivíduos. Ajustes fonatórios: voz crepitante em 7(22,5%) indivíduos, 5(16,1%) voz soprosa, 27(87%) voz áspera e hiperfunção em 29(93,5%) indivíduos. 10(32,2%) indivíduos apresentaram instabilidade na voz. Conclusão: pacientes com alterações glóticas apresentaram ajustes de trato vocal supraglótico diferentes que interferiram na qualidade vocal final sendo a identificação desses ajustes importantes no tratamento dos mesmos. |
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Contato: raquelbnunes@uol.com.br |
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