O PAPEL DOS CUIDADORES NOS QUADROS DE DISFAGIA NEUROGÊNICA
Katia Alonso Rodrigues
Coordenador(a)
Instituição: IGD (INSTITUTO DE GERENCIAMENTO EM DEGLUTIÇÃO)
 
RESUMO O cuidador é um agente terapêutico que assume papel essencial nas assistências domiciliar e institucional. Normalmente, a responsabilidade está quase sob uma única pessoa podendo esta ser um membro da família ou um profissional contratado. No âmbito familiar, geralmente muitas transformações, ajustes e adaptações são necessárias devido as funções que o cuidador irá desempenhar, as responsabilidades assumidas e as expectativas geradas pelos próprios parentes. De uma maneira geral, o cuidador tem como objetivo proporcionar ações mais direcionadas e eficazes do “cuidar” juntamente com intervenção da equipe interdisciplinar, transformando o local de trabalho num espaço vital para promover mudanças das condições já existentes. Tais cuidados refletem no conforto, na segurança e na dignidade do paciente, ou seja, na qualidade de vida. De acordo com a doença de base e necessidades únicas do paciente, cada cuidador tem responsabilidades diárias variadas quanto ao tipo, forma e quantidade dos cuidados oferecidos, sendo este um processo dinâmico devido o curso da doença. Considerando a especificidade de cada uma das assistências, é exigido do cuidador preparo e aprendizagem de novas habilidades, sendo a educação continuada oferecida pela equipe interdisciplinar de extrema importância. No caso de pacientes que apresentam disfagia orofaríngea devido a doença neurológica, é vital que o fonoaudiólogo mantenha um relacionamento estreito com o cuidador, a fim de orientá-lo sobre a doença em questão e todo o trabalho que está sendo realizado do ponto de vista alimentar. Em função do contato diário e da troca de experiências, esse agente terapêutico passa a ter habilidade para observar e informar detalhes importantes que influenciam na evolução fonoaudiológica do caso, além de participar ativamente do atendimento. Como exemplo, o cuidador pode, sem criar expectativas irreais, encorajar o paciente a ter independência durante o ato de se alimentar e/ou realizar exercícios fonoaudiológicos solicitados regularmente, dependendo da fase de reabilitação.
 
Contato: katiaalonso@terra.com.br
 

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