ESTUDO DE CASO – DIFERENÇAS NO PROCESSO TERAPÊUTICO ENTRE RESPIRADORES ORAIS ALÉRGICOS E NÃO ALÉRGICOS
Erika Henriques Alves
Apresentador(a) de Caso
Instituição: FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS GOVERNADOR LAMENHA FILHO - UNCISAL
 
A respiração oral pode ser decorrente das obstruções nasais e/ou faríngeas, dentre elas alergias respiratórias. Pacientes com asma, sinusite e/ou rinite alérgica fazem do processo terapêutico um desafio para fonoaudiologia e demais da equipe interdisciplinar. O caso refere-se a uma universitária, 20 anos, com dificuldades de respirar pelo nariz, encaminhada pelo otorrinolaringologista e ortodontista. Antecedentes patológicos: asma e rinite alérgica desde os dois anos. Após avaliação miofuncional orofacial, constatou-se: tipo facial braquifacial, classe II divisão I bilateral (Angle), uso de aparelho móvel ortopédico, lábios ressecados, ausência de vedamento, superior encurtado e tônus aumentado, inferior volumoso e tônus diminuído; contração do músculo mentual durante vedamento labial; língua em soalho com tônus e mobilidade diminuídos. Funções estomatognáticas: respiração oral, tipo superior; além de alterações na mastigação e deglutição. Realizou duas cirurgias anteriores (adenóide e seio nasal) e uma durante a terapia fonoaudiológica (hipertrofia de cornetos bilateral e desvio de septo). Recursos terapêuticos: conscientização do problema, orientações sobre fisiologia normal da respiração e conseqüências secundárias às alterações funcionais; limpeza das narinas, orientação quanto ao uso de soro fisiológico e nebulização com soro fisiológico; orientações para diminuição dos fatores desencadeantes da alergia. Foram realizadas: massagens na região facial, propriocepção com diferentes odores, propriocepção da corrente aérea e aumento do fluxo aéreo através de inspiração / expiração e mensuração do fluxo aéreo nasal com espelho de Glatzel. Para alongamento do lábio superior foi utilizado também, garrote na região do vestíbulo, além do uso de espátula entre os lábios na fase de automatização e manutenção da função. Após a terceira cirurgia, a paciente foi reavaliada constatando-se: aumento no fluxo aéreo, vedamento labial sem esforço respiratório, ausência de contração do músculo mentual, língua em papila palatina. O tratamento foi concluído em vinte duas sessões com duração de quarenta e cinco minutos semanalmente, obtendo sucesso terapêutico.
 
Contato: erika_henriques@yahoo.com.br
 

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