Código: OED0528
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NEONATAL NA ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICA: ESTUDO DE CASO
 
Autores: Débora Margarida Marchini, Mariana San Jorge, Jéssica Matheus
Instituição: CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS CAISM/UNICAMP
 
A redução no suprimento de oxigênio cerebral no recém-nascido (RN) é chamada de hipóxia neonatal. A incidência desta, na população neonatal, é de aproximadamente 1%. Dentre as repercussões neurológicas, destaca-se a encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI). Esta se caracteriza pela redução no suprimento de oxigênio (hipóxia), combinada à redução no fluxo sangüíneo (isquemia) do cérebro, podendo ser resultado de obstrução localizada de uma artéria cerebral ou de hipoperfusão tecidual sistêmica. As principais manifestações clínicas da EHI são: convulsões, hipotonia global, tempo de latência aumentado e/ou ausência de reflexos globais, bem como comprometimento e/ou ausência de repostas às reações orais. Vale ressaltar que a prontidão das respostas desencadeadas pelos estímulos orais é de fundamental importância para a garantia de uma alimentação segura e eficiente na população neonatal. Com base nestes dados, este trabalho tem por objetivo descrever a atuação fonoaudiológica, no início do desenvolvimento alimentar, em um caso de encefalopatia hipóxico-isquêmica, conseqüente de hipóxia neonatal grave. Para tanto, foi selecionado um RN com este diagnóstico médico, nascido em um Hospital Universitário e posteriormente acompanhado, durante seis sessões, no Ambulatório de Fonoaudiologia Neonatal desta mesma Instituição. O RN nasceu a termo, adequado para idade gestacional (3460g), 51 cm, Apgar 2/6 e, na alta hospitalar, fazia uso de sonda nasogástrica. Os resultados do processo avaliativo evidenciaram as seguintes características: sonolência, ausência da reação oral de busca, sucções esporádicas, tosses, engasgos e incoordenação sucção-deglutição-respiração. O plano interventivo buscou o aumento do ganho de peso, a aceleração na maturação do automatismo de sucção e transição mais rápida para alimentação por via oral. Ao final do tratamento, o lactente alimentava-se, exclusiva e satisfatoriamente, por via oral. Assim, diante das condutas propostas pela atuação fonoaudiológica, ressaltou-se o desempenho positivo da função alimentar no lactente, evidenciando a necessidade e a importância da presença do fonoaudiólogo na Unidade Neonatal.
 
 
Contato: debora_fono@yahoo.com.br
 

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