Código: TCA1618
TESTE VESTIBULAR EM PACIENTES COM PATOLOGIA CENTRAL: ESCLEROSE MÚLTIPLA
 
Autores: Denise Utsch Gonçalves, Andreza Batista Cheloni Vieira, Lilian Felipe, Marco Aurélio Lana Peixoto
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
 
Introdução: a avaliação otoneurológica permite o topodiagnóstico da lesão vestibular (central, periférica, lado acometido) e o grau de comprometimento. As alterações otoneurológicas relacionadas as labirintopatias periféricas são as mais observadas na prática fonoaudiológica. Contudo, alterações centrais são mais importantes, pois se relacionam às doenças de maior risco e apresentam grande diversidade, podendo, inclusive, mimetizar uma lesão periférica. Assim, interessa para o fonoaudiólogo conhecer os achados otoneurológicos de pacientes com esclerose múltipla, doença desmielinizante do SNC que compromete o tronco cerebral de forma freqüente, causando alterações centrais no teste vestibular. Objetivo: descrever, analisar e discutir os principais sinais otoneurológicos na esclerose múltipla. Metódos: realizou-se exame otoneurológico em 42 pacientes com esclerose múltipla em fase remissiva, atendidos em hospital universitário de referência. As alterações no exame foram analisadas. Resultados: avaliaram-se 13 homens e 29 mulheres com idade média de 41 anos. Anormalidades otoneurológicas verificadas foram: alteração na calibração (sacade) em 2% dos casos, no rastreio em 36%, nistagmo espontâneo em 5%. Na prova calórica, a hiperreflexia foi observada em 17% dos casos e não se observou hiporreflexia. Na avaliação comparativa, predominância labiríntica ocorreu em 17% dos casos e preponderância direcional em 12%. Ausência de EIFO ocorreu em apenas um caso. Discussão: O rastreio mostrou-se o exame mais alterado nas provas oculomotoras, concordante com a literatura. Na prova calórica, hiperreflexia foi importante. Essa alteração, quando presente nas quatro irrigações, pode estar associada à ansiedade, ser um sinal central ou, raramente, ser observada em pessoas normais. Ausência de EIFO e presença de nistagmo espontâneo foram incomuns. Ressalta-se que essas manifestações são valorizadas pela Fonoaudiologia como sinais centrais, o que não foi demonstrado no presente estudo. Conclusão: O fonoaudiólogo necessita estar atento para as manifestações centrais menos comuns associadas ao teste vestibular para que tenha um bom desempenho na execução do exame.
 
 
Contato: lilianfelipe@hotmail.com
 

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