Código: OCL1623
MEIOS COMUNICATIVOS UTILIZADOS POR FONOAUDIÓLOGAS COM CRIANÇAS PERTENCENTES AO ESPECTRO AUTÍSTICO
 
Autores: Camila Ramos Moreira, Fernanda Dreux Miranda Fernandes
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
INTRODUÇÃO: Indivíduos portadores de alterações do espectro autístico apresentam uma inabilidade na utilização social da linguagem verbal, vocal e gestual. Levando em consideração que interações sociais podem ser ensinadas e aprendidas, verifica-se que na intervenção terapêutica específica a atitude comunicativa do fonoaudiólogo é fundamental no processo terapêutico. O profissional deve ser capaz de interpretar pistas verbais e não-verbais, provendo oportunidades freqüentes de linguagem expressiva, dando significado às emissões da criança, provocando assim uma melhora no desempenho funcional da comunicação. Portanto, medir, controlar e padronizar variáveis de produção espontânea no contexto terapêutico é essencial para fornecer dados objetivos para a intervenção de linguagem com crianças autistas.

OBJETIVO: Analisar os meios comunicativos expressos por terapeutas de crianças do espectro autístico através do perfil comunicativo da dupla criança-terapeuta durante interação em terapia de linguagem.

MÉTODO: Sujeitos: 36 crianças diagnosticadas por psiquiatras como pertencentes ao espectro autístico (divididas entre verbais e não-verbais) e suas terapeutas, estagiárias de pós-graduação latu-senso em Fonoaudiologia nos Distúrbios Psiquiátricos da Infância. Procedimentos: Foram analisados os dados referentes ao perfil funcional da comunicação de 36 díades paciente-terapeuta segundo o protocolo de Pragmática (Fernandes,2004), a partir de situações terapêuticas gravadas em videotape. Em seguida foi realizada análise estatística dos dados.

RESULTADOS: A análise estatística indicou diferenças significativas no uso dos meios comunicativos pelas terapeutas quando em interação com crianças verbais. Elas tendem a usar mais o meio verbal com crianças verbais. Por outro lado, há diferença estatisticamente significativa na utilização do meio gestual, associado ou não ao vocal, com as crianças não verbais. Além disso, a análise estatística evidencia diferenças individuais entre as terapeutas.

CONCLUSÃO: Os dados obtidos permitem considerar que as terapeutas modificam seu próprio uso dos meios comunicativos em função dos meios preferencialmente utilizados pelos pacientes apresentando também características pessoais próprias.
 
 
Contato: fga.camilamoreira@gmail.com
 

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