DEGLUTE: NOVAS TECNOLOGIAS TERAPÊUTICAS PARA REABILITAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO
Gabriela Lima
Palestrante
 
COPO DO BEBÊ Objetivo: Verificar e comparar o uso da cuia quanto a estimulação e preparação oral para o aleitamento materno. Método: Foi utilizada orientação à mãe quanto ao aleitamento materno, segundo o Ministério da Saúde, em alojamento conjunto na cidade de Campo Grande-MS, substituindo o uso de copo descartável e utilizando a cuia, em quinze RN acima de 33 semanas, sem alterações anatômicas orais, com acompanhamento e avaliação diária. Resultados: A idade gestacional média dos bebês avaliados variou em 36 semanas. Antes da utilização da cuia, 100% dos bebês apresentava sucção incoordenada, sucção do tipo suckling e recebia complementação alimentar no copo descartável. Dos 15 bebês avaliados, 86,67 % possuíam reflexo de Gag presente e 26,67% faziam uso de sonda nasogástrica; 73,33% apresentaram tosse ao serem alimentados com a cuia na primeira vez. Nenhum dos bebês precisou ser aspirado após o uso da cuia. O tempo para que os mesmos se tornassem aptos a mamarem exclusivamente no peito variou entre 1 a 16 dias, apresentando um valor médio de 3 dias quando utilizada a cuia. Antes da utilização da cuia, 35,71% dos bebês possuíam pega coordenada, 21,43% apresentavam posicionamento anterior da língua, 13,33% possuíam coordenação entre sucção, deglutição e respiração. No primeiro dia de utilização da cuia 100%, dos bebês avaliados apresentaram pega adequada e posição anterior de língua e 57,14% coordenação da sucção deglutição e respiração. No terceiro a coordenação, sucção deglutição e respiração aumentaram para 64,29% e nono dia todos os bebês já apresentavam boa coordenação para esses três movimentos Conclusão: Através da estimulação oral com as cuias, obteve-se uma sucção e amamentação mais rápidas do que ocorre atualmente nos serviços de atendimento a bebês normais e prematuros, sendo um instrumento que pode ser utilizado para estimulação do sistema estomatognático. Descritores: aleitamento materno, aleitamento artificial, recém-nascido, instrumentação, sistema estomatognático, fonoaudiologia, sucção, deglutição, respiração. “ COLHERES ANATÔMICAS “ A colher auxilia no disparo da deglutição de saliva e de alimento na cavidade oral. É de material flexível, que propicia o estímulo do disparo da deglutição, apresenta saliências na face posterior, que estimula a exteriocepção e propriocepção da boca. ESTÍMULO EXTERIOCEPTIVO: sensibilidade dolorosa, térmica e tato grosseiro, não discriminativo. ESTÍMULO PROPRIOCEPTIVO: sensibilidade profunda, cinético postural e vibratória, à pressão profunda dolorosa; à compressão profunda, de localização e discriminação tátil. INDICAÇÕES: pacientes com alterações da deglutição com: doenças neurológicas, AVE, tumores de cabeça e pescoço, TCE e crianças em fase de transição alimentar de líquidos para pastosos. MODO DE USO - Deve-se utilizar a colher com o dorso para baixo; solicitar ao paciente que feche a boca, dar três estímulos contínuos na base da língua e retirar da boca rapidamente; aguardar a resposta de deglutição (doenças neurológicas). “ KIT DE ESSÊNSIAS ” - Utilizado para a reabilitação da deglutição, deverá estimular a volta do prazer alimentar. Isso é feito através de aplicação de diferentes gostos e de discriminação dos odores. - A cavidade nasal é responsável pela detecção do odor. - Na inalação de diferentes odores, pode aumentar a produção salivar e ativar as estruturas do lobo olfatório que, por sua vez, está inserido no sistema límbico. - A saliva prepara o bolo alimentar, mantém a umidade da mucosa oral e faríngea, dissolve partículas que estimulam os corpúsculos gustativos, promovendo, dessa maneira, a limpeza da cavidade oral. - A sensação olfativa faz com que a memória seja desencadeada. MEMÓRIA: aquisição, formação, conservação e evocação de informações. A aquisição é igual à aprendizagem, só se grava o que se aprende. Evocar é recordar, só se recorda o que se aprende. INDICAÇÕES: Utilizar em indivíduos acima de 5 anos, portadores respiração oral, doenças neurológicas, afasias, AVE, TCE, alterações da memória, distúrbios alimentares. Para aumento salivar utilizar os odores de pêssego, maçã-verde e maracujá. MODO DE USO - Borrifar uma vez em um cotonete, levar próximo ao nariz do paciente, evitando contato direto com a pele. O paciente deve inalar duas vezes com um pequeno intervalo de tempo entre uma inalada e outra. O terapeuta deve observar as reações do paciente após cada inalada, seja verbal ou de deglutição. - Uso no inalador: dar três borrifada da essência em 10ml de água, retirar a máscara do inalador, colocar próximo ao nariz do paciente, evitando o contato direto com a pele. O paciente poderá inalar por no máximo três minutos, na presença de tosse pare a utilização. O terapeuta deverá observar as reações durante e após o uso dos odores. - Utilizar apenas os odores que o paciente tenha experiência, e, no máximo, quatro odores por terapia ou avaliação.
 
Contato: gabrielalimalima@hotmail.com
 

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