Código: OCL0639
ANÁLISE DE PROCESSOS FONOLÓGICOS EM FUNÇÃO DE GÊNERO E IDADE NO TRANSTORNO FONOLÓGICO
 
Autores: Haydée Fiszbein Wertzner, Daniela Evaristo Dos Santos Galea, Ana Carolina Camargo Salvatti Papp
Instituição: CURSO DE FONOAUDIOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
As variáveis mais estudadas no transtorno fonológico são gênero e idade. Estudos mostram maior ocorrência no gênero masculino, sendo o diagnóstico fornecido entre 4:0 e 5:0 anos (Hodson e Paden, 1981; Shriberg e Kwiatkowski, 1982a; Shriberg et al., 1986; Wertzner, 2002).
O objetivo da pesquisa foi verificar a proporção de meninos e meninas e a idade de crianças em crianças com transtorno fonológico, bem como verificar a ocorrência de processos fonológicos.
Foram analisadas 50 crianças entre 4;3 e 11;6 anos com transtorno fonológico, separadas em oito faixas etárias. Para a análise dos processos fonológicos, utilizaram-se as provas de imitação e nomeação (Wertzner, 2000).
Os resultados mostraram proporção de 2,33 meninos para 1 menina. Não houve diferença estatística (ANOVA, n sig.10) entre os gêneros quanto à ocorrência dos processos tanto na nomeação (p=0.836) como na imitação (p=0.398). Esses achados também são observados em crianças em desenvolvimento típico (Galea, 2003).
Quanto à idade, houve maior número de sujeitos entre 4;1 e 7;6 anos, sendo a média para meninos de 6;0 anos e para meninas de 6;1 anos.
Na prova de nomeação a faixa etária com maior média de ocorrência de processos é a de 11 anos e, na imitação, a maior ocorrência foi encontrada na faixa etária de 9 anos. Considerando-se todos os processos fonológicos, a técnica Kruskal-Wallis, (n sig.05) mostrou diferença média significante somente na prova de nomeação entre as faixas etárias.
Os dados corroboram achados de pesquisas anteriores nas quais registrou-se maior ocorrência do transtorno fonológico no gênero masculino e entre 4;1 e 7;6 anos (Hodson e Paden, 1981; Shriberg e Kwiatkowski, 1982;1988; Forrest e Morrisette, 1999; Vanzin et al., 2000; Wertzner et al., 2001).
Destaca-se que, quanto à ocorrência de processos fonológicos, não há diferença entre os gêneros.
 
 
Contato: hfwertzn@usp.br
 

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