Código: TCL1241
AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM: UMA ABORDAGEM PSICOLÍNGUÍSTICA
 
Autores: Rui Rothe-neves , Erica de Araujo Brandão Couto, Rachel Ferreira de Campos Loiola, Regina Carla Lapate, Julianada Silva Sardinha Pinto
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; UNICENTRO IZABELA HENDRIX
 
O presente trabalho tem como objetivo relatar a construção e teste das “Tarefas de Avaliação de Linguagem” (TAL-UFMG), um conjunto de tarefas de avaliação de distúrbios de linguagem na abordagem psicolingüística, seguindo o padrão proposto por Caplan (1992). As tarefas permitem inferir sobre associações e dissociações entre distúrbios e o tipo e grau de compromentimento. Para isso, cada tarefa foi construída a partir de critérios extraídos da literatura sobre compreensão e produção de linguagem com estímulos no Português Brasileiro. Uma revisão bibliográfica sobre avaliação de linguagem na LILACS mostrou que não há tarefas semelhantes. As TAL-UFMG consistem em 6 tarefas de compreensão (discriminação de fonemas, decisão lexical auditiva, combinação palavra-figura, julgamento de relação para afixo, compreensão de frases variadas e compreensão de frases complexas) e 3 tarefas de produção de linguagem (repetição de palavras e pseudopalavras, nomeação e produção de frases). As tarefas foram administradas em um grupo controle de 56 sujeitos, com 2° grau completo. Um 2o grupo de 26 adultos com diagnóstico de afasia e escolaridade variada foi submetido às mesmas tarefas. Como conclusão temos que: a bateria de tarefas é adequada à aplicação em populações com distúrbio de linguagem adquirido; as tarefas permitiram discriminar entre grupos – o grupo experimental obteve escores significativamente mais baixos que o grupo controle; os subsistemas lingüísticos avaliados por cada tarefa foram diferentemente comprometidos no grupo experimental, já que em cada tarefa os sujeitos obtiveram um grau de acerto diferenciado. O estudo mostra que as TAL-UFMG cumprem o objetivo de avaliação a que se propõem. Algumas limitações deverão ser superadas em estudos futuros. A amostra do grupo clínico-experimental foi relativamente pequena (26 sujeitos), o que dificulta a generalização das análises. A amostra de controle não foi pareada e isto é importante, na medida em que o desempenho em tarefas de linguagem é dependente de fatores como sexo, idade, nível socio-econômico e escolaridade.
 
 
Contato: ecoutobhz@gmail.com
 

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