Código: TCC0716
ANÁLISE TARDIA DA DEGLUTIÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS A PROTOCOLO DE PRESERVAÇÃO DE LARINGE/HIPOFARINGE
 
Autores: Ivy Jungerman, Ana Paula Brandão Barros, Simone Aparecida Claudino da Silva, Olavo Feher, Luiz Paulo Kowalski, Elisabete Carrara-de Angelis
Instituição: HOSPITAL DO CÂNCER AC CAMARGO
 
Introdução: A preservação de órgãos é uma alternativa às técnicas tradicionais de tratamento do câncer de laringe e tem como premissa a redução dos déficits anatômicos. Entretanto, pode acarretar déficits funcionais na voz e na deglutição, que necessitam ser estudados para serem melhor compreendidos. Objetivo: Caracterizar a deglutição dos pacientes submetidos ao protocolo de preservação de laringe/ hipofaringe, dois anos após o tratamento. Casuística e Métodos: Estudo transversal, pacientes submetidos ao protocolo de preservação da laringe no período entre novembro de 1999 e dezembro de 2002, total de 50 pacientes. Destes 36 foram excluídos (18 óbitos, 1 doença em atividade, 12 submetidos a cirurgia de resgate, 3 residentes de outro Estado e 2 recusaram a participar). A casuística constitui-se de 14 participantes, 12 homens e 2 mulheres, média de idade de 62 anos. Os pacientes foram tratados com quimioterapia semanal (paclitaxel 30mg/m2 e cisplatina 20mg/ m2) concomitante à radioterapia fracionada (180cGy/fração/dia), dose média total de 7040cGy. Foram submetidos à avaliação videofluoroscópica da deglutição, sendo avaliadas as fases preparatória, oral e faríngea e determinados o grau de penetração/aspiração laríngea e a severidade da disfagia. Resultados: Foram detectadas alterações na fase preparatória-oral em 21,4% dos pacientes, 35,7% na fase oral e 100% na fase faríngea. Quarenta e três porcento dos pacientes apresentaram aspiração silente. Na escala de severidade da disfagia, 78,6% dos pacientes foram agrupados no grau “regular” (níveis 5, 4 e 3), 14,3% grau “bom” (níveis 7 e 6) e 7,1% grau “ruim” (níveis 1 e 2). Conclusão: Os achados evidenciam os efeitos tardios da radioterapia sobre a mobilidade e sensibilidade dos tecidos da faringe e laringe e reforçam a necessidade de gerenciamento fonoaudiológico pós-tratamento a médio prazo, para propiciar a melhora da qualidade de vida destes pacientes.
 
 
Contato: siclaudino@yahoo.com.br
 

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