Código: OCL1404
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: LINGUAGEM E MEMÓRIA
 
Autores: Lilian Juana Levenbach de Gamburgo, Maria Inês Bacellar Monteiro
Instituição: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
 
A memória é trabalho de reconstrução, registro da voz de indivíduos particulares, recriação no presente das vivências individuais e sociais, patrimônio do indivíduo, adquirido ao longo de seu percurso existencial. A linguagem é garantia de continuidade da construção da subjetividade (também) nesta etapa da vida. A (re)reconstrução através da memória autobiográfica, afetiva e social se dá na e pela linguagem, favorecendo o processo, permanente ao longo da vida, de formação da identidade. OBJETIVO. Refletir sobre a linguagem dialógica/interativa no envelhecimento saudável, em indivíduos sem ‘patologias’ na comunicação. MÉTODO. Realizarmos seis entrevistas com sujeitos residentes numa instituição de longa permanência para idosos, em cidade do interior de SP, onde moram pessoas de origens sócio-econômicas diversas: em pavilhões coletivos residem aposentados e pessoas com menos recurso financeiro (três sujeitos). Há também chalés, adquiridos por pessoas com mais recursos (três sujeitos). As entrevistas foram gravadas, transcritas e seus conteúdos analisados. RESULTADOS. Os dados revelaram um conjunto de memórias pessoais, autobiográficas, colhidos através do diálogo entre pesquisador e pesquisados, que oportunizaram o conhecimento da dimensão subjetiva, bem como das teias de significação que unem as vidas dos sujeitos. CONCLUSÕES. 1. É impossível realizar generalizações quando se fala de senescência: olhamos indivíduos únicos, singulares, que estão nesse processo. Para Bakhtin o sujeito deve ser visto tanto em sua singularidade quanto no contexto histórico e social. Singularidade remete às idéias de subjetividade e identidade - processos em permanente construção - expressas através da reconstrução ocorrida pelo relato da memória autobiográfica. Esta reconstrução é exemplo de constituição de si mesmo como sujeito, permitindo e promovendo a re-significação do sentido da própria vida. 2. A linguagem é, também, ferramenta de resgate, expressão, reconstrução, compreensão da memória individual e social. Os sujeitos resgataram parcialmente sua memória e história, utilizando a linguagem. A memória é socializada pela linguagem.
 
 
Contato: gamburgo@mpc.com.br
 

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