Código: OCV0571
ANÁLISE VOCAL (AUDITIVA E ACÚSTICA) NOS DIFERENTES TIPOS DE DISARTRIA |
|
Autores: Luciane Carrillo, Karin Zazo Ortiz |
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO |
|
Introdução: Disartria é um nome coletivo para as alterações de fala resultantes de distúrbios no controle de seu mecanismo, devido a danos no sistema nervoso central ou periférico (Darley, Aronson, Brown 1969, 1975). As disfonias neurológicas são comuns nas disartrias e desempenham um importante papel no diagnóstico diferencial. Objetivo: descrever auditiva e acusticamente a voz nos diferentes tipos de disartria. Material e Método: A amostra foi composta por 18 pacientes (12 do sexo masculino e 6 do feminino) com diagnóstico neurológico etiológico definido, idade variando de 20 a 76 anos. Todos os pacientes foram submetidos à gravação da voz pelo programa VoxMetria. Resultados: Na disartria flácida (n=6), foi observada qualidade vocal rouca-soprosa, com harmônicos mal definidos, ruído entre os harmônicos e nos harmônicos superiores. Na hipocinética (n=2), observou-se voz rouco-soprosa astênica, com ruído entre os harmônicos e ausência de harmônicos superiores. Na espástica (n=5), a qualidade vocal foi rouco-soprosa tensa, com ausência de harmônicos superiores, presença de subharmônicos, harmônicos mal definidos e ruído entre os harmônicos. Na disartria do neurônio motor superior (n=5), a voz foi considerada rouca-soprosa crepitante, com instabilidade de frequência, harmônicos superiores mal definidos e ruído entre os harmônicos. Nos parâmetros acústicos selecionados observou-se que os que mais variaram entre os tipos de disartria foram a frequência fundamental - média mais elevada na hipocinética (F0= 200, 83 Hz) e mais baixa na espástica (F0= 163,15 Hz) e o TMF - disartria espástica (média= 10 seg.) e hipocinética (média=6 seg.). Quanto à diadococinesia, observou-se melhor desempenho na disartria hipocinética e do neurônio motor superior, no entanto em todos os tipos o desempenho foi considerado alterado. Conclusão: a análise acústica quando associada às medidas perceptivas provê o clínico de informações sobre a fisiologia laríngea e mudanças fisiológicas produzidas no comportamento vocal do paciente, sendo importante para a conduta terapêutica. |
|
|
|
Contato: lucianecarrillo@hotmail.com |
|

Imprimir Trabalho |

Imprimir Certificado Colorido |

Imprimir Certificado em Preto e Branco |
|