Código: OEL0447
ANEMIA FALCIFORME E AVC INFANTIL: PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS. RELATO DE CASO CLÍNICO
 
Autores: Luzia Poliana Anjos da Silva, Maria Luiza Belo, Laura Giotto Cavalheiro
Instituição: CEPRED - CENTRO ESTADUAL DE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS
 
Introdução:Anemia falciforme é o termo genérico para a família das hemoglobinopatias caracterizadas pela presença da hemoglobina S(HbS). É uma doença congênita transmitida de pais para filhos que se caracteriza por crises álgicas,em crianças são comuns as septicemias e meningites por microorganismos, como o Streptococcus pneumoniae e o Haemophylus influenzae. As lesões no SNC dependem basicamente da obstrução vascular decorrente do fenômeno siclêmico. As anormalidades mais comumente encontradas são estreitamento ou oclusão completa da artéria cerebral anterior e/ou cerebral média. Esse estreitamento é conseqüência da proliferação causada pela lesão endotelial (hemácias falcêmicas). Em crianças até 10 anos, encontra-se mais comumente a isquemia cerebral, com sinais e sintomas como: hemiparesia, distúrbios visuais, paralisia de nervos cranianos ou alteração de comportamento. Descrição do Quadro:Criança de 05 anos, portadora de anemia falciforme detectada logo após ao nascimento, apresentava desenvolvimento neuropsicomotor dentro do esperado para faixa etária, linguagem oral fluente e sem distúrbios. Após AVC isquêmico apresentou quadro de involução neuropsicomotora. Atualmente, a criança apresenta sialorréia constante, dificuldade de deambulação, tempo de concentração reduzido, déficit de atenção,distúrbio visual, e linguagem gestual. Procedimento: Foi realizada anamnese, avaliação fonoaudiológica e terapia para potencialização das funções do complexo motor oral, e melhora dos aspectos relacionados a memória e concentração,também foi indicado e adaptado uma prancha PCS de comunicação suplementar. Resultados: A criança apresentou melhora da sensibilidade com maior controle da sialorréia, e melhora considerável do padrão de comunicação através do uso da prancha PCS, contudo ainda apresenta grande dificuldade motora e aumento progressivo da desatenção, e oscilação do padrão de comportamento com impulsividade. Conclusões: A atuação fonoaudiológica em crianças portadoras de anemia falciforme com seqüelas neurológicas é pouco descrita na literatura, desta forma destaca-se a necessidade de estudos epidemiológicos mais abrangentes, que retratem o perfil fonoaudiológico desta população, especialmente no Nordeste,onde a anemia falciforme apresenta altas taxas de incidência.
 
 
Contato: polianafono@yahoo.com.br
 

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