CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DAS TÉCNICAS TERAPÊUTICAS NA CLÍNICA DA DISFAGIA-FASE ORAL |
Yasmin Salles Frazão
Palestrante |
Instituição: INSTIRUIÇÃO |
|
São escassos os dados de pesquisa que comprovam a eficácia dos recursos técnicos utilizados na reabilitação do paciente disfágico. Pode-se fazer uma estimulação tanto através de manobras, no corpo e órgãos fonoarticulatórios, como de forma indireta, através de mudanças na consistência, textura, temperatura, volume do alimento oferecido. Independentemente da abordagem adotada – direta ou indireta – estabelecer uma rígida correlação entre os recursos técnicos e as alterações funcionais da deglutição pode frustrar a reabilitação.
As alterações em fase oral contribuem para a ocorrência de padrões motores limitantes para a aquisição dos movimentos orais funcionais. Mesmo quando não há constatação de aspiração traqueal, a alteração do tônus muscular somada à incordenação e falta de dissociação entre as estruturas orais e dessas em relação ao corpo do paciente, são relacionados aos quadros de desnutrição.
Além das alterações citadas, a presença de reação exagerada ou muito diminuída à entrada de estímulo em cavidade oral, concorre para a piora do padrão funcional de deglutição.
É importante que o fonoaudiólogo faça uma intervenção pontual, selecionando os recursos técnicos que promovam a aquisição de uma melhor dinâmica muscular. Isso nem sempre corresponde a um padrão funcional normal, mas a uma função com compensações que permite a manutenção da nutrição e saúde pulmonar do paciente.
Na presente apresentação pretendo descrever as alterações da fase oral da deglutição e alguns dos recursos técnicos utilizados para minimizar essas alterações. Falo em minimizar os sintomas por entender que raramente conseguimos erradicá-los. Considero importante apontar, também, que a reabilitação segue um curso específico dependendo do grau de severidade, do tipo de lesão e do estado de preservação do nível cognitivo. Mesmo fazendo essa consideração, vale interrogar: a eficácia das técnicas é determinada pela gravidade do caso ou pela capacidade do terapeuta em estar constantemente se reavaliando e propondo modificações na terapia?
|
|
Contato: yasminsf@terra.com.br |
|

Imprimir Palestra |
|