Código: TCV0015
VOZ PROJETADA DE ATORES MASCULINOS: UM ESTUDO DE EMISSÕES DE LONGO TERMO (LTAS) COM ESPECIAL REFERêNCIA AO “FORMANTE DO ATOR”.
 
Autores: Suely Master, Anne Maria Laukkanen, Noemi de Biase, Brasilia Maria Chiari, Luiz Roberto Ramos
Instituição: UNIFESP E UNESP
 
As vozes de atores e de não atores foram comparadas em intensidade habitual por meio do LTAS, espectro que dispõe a distribuição média da energia sonora ao longo de uma extensão de freqüências e que reflete a qualidade de uma voz, produto combinado da fonte glótica e das propriedades de filtro do trato vocal.
O nível de pressão sonora médio, a proporção alfa (NPS 1-5kHz - NPS 50Hz-1kHz), a diferença entre os níveis de pressão sonora das regiões de F1 e f0 (L1 - L0) e a diferença entre o pico mais forte do espectro (F1 ou f0) e o pico mais forte de 3-4 kHz (região do formante do ator) foram mensurados. Foi também realizada uma avaliação perceptivo-auditiva. As relações entre os resultados das análises acústica e perceptivo-auditiva (grau de projeção e grau de loudness) foram estudadas.
Comparando-se ambos os grupos, os atores apresentaram uma proporção alfa maior (p < .01) e um pico mais forte na região de 3-4 que caracteriza o denominado “formante do ator” (p < .01). Não houve diferenças estatisticamente significativas no nível de pressão sonora médio e na relação L1 - L0. As vozes dos atores foram percebidas como mais projetadas (p < .001) e mais fortes (p < .001) porém o “formante do ator” não se correlacionou com a percepção de projeção e sim, com a loudness.
Os resultados sugerem a existência de um “formante do ator” nas vozes de atores masculinos brasileiros. Este formante parece ser muito mais um resultado de um efeito de ressonância, que do NPS. A percepção de projeção, entretanto, parece estar relacionada com outros aspectos, e não somente com o “formante do ator”.
 
 
Contato: smaster@osite.com.br
 

Imprimir Trabalho

Imprimir Certificado Colorido

Imprimir Certificado em Preto e Branco