Código: TCF0055
PERFORMANCE DE FALA EM FALANTES FLUENTES – USO DA REAFERENTAÇÃO AUDITIVA ATRASADA
 
Autores: Claudia Regina Furquim de Andrade, Fabíola Juste, Vanessa de Oliveira Martins, Monica Medeiros de Britto Pereira, John Van Borsel
Instituição: USP; VEIGA; GENT
 
A literatura internacional indica que experiências de fala com atraso da reaferentação auditiva induzem às rupturas de fala em indivíduos fluentes.

Essa pesquisa investigou o efeito da reaferentação auditiva atrasada (DAF) em indivíduos fluentes. Os participantes foram 12 mulheres, falantes fluentes, segundo o SSI, com idade variável de 18 a 25 anos. Os participantes foram submetidos a 3 diferentes situações de fala (leitura; frase alvo; contar história) em condição normal e com 8 variações do DAF de 25ms a 200ms (com intervalos de 25 ms) produzidas pelo aparelho DEFSTUT/laytec. Foram investigadas variáveis quantitativa e qualitativas. Comissão Ética 013/05.

Resultados:

ESTUDO I – houve diferença estatisticamente significante (p<0,001) indicando que o aumento da defasagem da reaferentação auditiva aumenta o tempo dispendido para a leitura em todos os participantes (a partir de 100 ms). Com relação à naturalidade de fala houve perda (por prolongamentos e variação na prosódia) para todos os participantes.

ESTUDO II - houve diferença estatisticamente significante (p<0,001) indicando que o aumento da defasagem da reaferentação auditiva aumenta o tempo dispendido para a fala em todos os participantes (a partir de 125 ms). Em 200ms o processo inicia uma inversão. Com relação à naturalidade de fala não houve perda para todos os participantes.

ESTUDO III - nesse estudo o DAF induziu às rupturas de fala (comuns e gagas). Para as rupturas comuns não parece haver influência do tempo de defasagem. para as rupturas gagas observa-se um padrão de aumento a partir de 150ms.

Os achados da pesquisa são consistentes com os dados da literatura internacional indicando que o sistema de reaferentação periférica dos falantes fluentes é sensível aos efeitos da defasagem auditiva. Existem indícios que as defasagens temporais induzem as rupturas de fala. O atraso de 150 ms parece ser consensual na indução das rupturas.
 
 
Contato: clauan@usp.br
 

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