Código: TCV1627
CONFIGURAÇÕES LARÍNGEAS DA VOZ DE ATORES EM SITUAÇÃO DE EMOÇÃO SELECIONADAS |
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Autores: Larissa Loto Lago, Mara Behlau, Gisele Gasparini, Osíris do Brasil |
Instituição: CENTRO DE ESTUDOS DA VOZ - CEV |
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O objetivo do presente trabalho é identificar ajustes vocais laríngeos e perceptivo-auditivos utilizados por atores na representação das emoções ira, dor e pânico. Participaram 12 atores profissionais, 4 mulheres e 8 homens, com idade entre 23 e 31 anos e com 4 a 10 anos de experiência. Os participantes responderam um questionário para levantamento das queixas vocais e foram submetidos a avaliação perceptivo-auditiva e visual. Na análise visual foram avaliados, por meio de nasofibroscopia, constrição mediana e antero-posterior, coaptação e movimentação glótica, movimentação vertical e posição da laringe, além de alongamento e encurtamento das pregas vocais. Na análise perceptivo-auditiva foram avaliados ruídos inspiratórios, loudness e pitch. As amostras foram apresentadas aleatoriamente e analisadas por fonoaudiólogas treinadas. Dentre os 12 atores estudados somente 2 já tiveram contato com um fonoaudiólogo. As queixas vocais mais comuns entre eles foram rouquidão, pigarro, tosse, queda da qualidade e potência vocal após várias apresentações seguidas. Todos relataram fazer aquecimento vocal. A análise da ira mostrou constrição mediana (58,4%) e anteroposterior (58,4%), atividade glótica (91,6%) e movimentação laríngea intensas (100%), pregas alongadas (75%), loudness aumentada (91.6%) e pitch agudo (66.6%). A dor mostrou constrição mediana (75%), atividade glótica diminuída (66,6%), pregas encurtadas (83,3%), movimentação laríngea reduzida (75%), laringe baixa (100%), fechamento glótico completo (66,6%), loudness fraca (100%) e pitch grave (58,3%). O pânico mostrou menos constrições, atividade glótica intensa e variada (41,6%), movimentação laríngea instável (75%), laringe alta (91,6%), pregas alongadas (91,6%), fechamento glótico completo (58,3%), loudness aumentada (58,3%) e pitch agudo (91,6%). Os atores utilizaram ajustes laríngeos diferentes para cada uma das emoções selecionadas. A emoção mais facilmente identificada foi ira, tanto do ponto de vista das configurações laríngeas como da análise perceptivo-auditiva. Portanto, monitorar a produção da emoção pode reduzir fonotrauma. |
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Contato: giselegasparini@uol.com.br |
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