Código: PTS1797
UMA CLÍNICA NO COLETIVO: EXPERIMENTAÇÕES NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA |
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Autores: Vera Lúcia Ferreira Mendes |
Instituição: PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA CLÍNICA DA PUC-SP |
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Este é um trabalho sobre a clínica na saúde pública, mais especificamente na atenção básica, entendida como atenção integral à saúde, na qual a perspectiva é dar conta do caráter global e complexo dos problemas de saúde de muitos segmentos sociais cujo direito à saúde e o acesso aos serviços são bastante restritos.
Por ser relativamente recente, a idéia de atenção integral, bem como suas estratégias de intervenção, ainda buscam se consolidar. Além disso, as experiências engendradas sob esta ótica da análise da complexidade das questões de saúde e dos quadros sanitários brasileiros, favorecem uma abertura ao trabalho interdisciplinar, no sentido de movimentos concertados entre profissionais de áreas distintas, população usuária e gestores dos serviços, com vistas à produção de saberes e formas de equacionamento de problemas de saúde, lá onde se dão e em função das muitas variáveis que os constituem. Tal abertura atenua condições comuns no sistema de saúde, como por exemplo, a compartimentalização das ações por especialidades, e a hegemonia do modelo médico, que é bastante verticalizado.
Genericamente falando, a atenção integral à saúde se contrapõe à assistência médica primária e à atenção primária seletiva, nas quais, respectivamente: a atenção se limita à consulta médica e outras ações são tidas por subalternas e contingentes; e as atividades sanitárias ficam reduzidas a intervenções de baixo custo e de eficácia comprovada (geralmente na área médica) em torno de um limitado número de problemas de saúde, que afetem um grande número de pessoas. (Vasconcelos, 1999).
Nesta medida, a noção de integralidade franqueia a incidência da clínica no campo da saúde pública. Não desta ou daquela disciplina clínica, mas da clínica enquanto plano cuja potência permite escutar, cartografar e construir formas de intervenção, na medida em que diz respeito à força de desobstrução daquilo que paralisa ou desacelera os processos vitais, quer sejam doenças, transtornos ou outros desassossegos e problemas capazes de afetar, direta ou indiretamente, a saúde física e/ou mental das pessoas, em âmbito individual e em segmentos sociais.
Aqui, a clínica foi utilizada como dispositivo para operar com a saúde nos coletivos, que são tomados por composições múltiplas de elementos e fluxos heterogêneos – materiais e imateriais –, funcionando nos indivíduos, nos segmentos sociais e, por meio deles, na sociedade inteira. O problema de pesquisa então diz respeito a pensar uma clínica no coletivo, a viabilidade e a pertinência, no campo da saúde pública, em se colocar à escuta de tais elementos e fluxos, do como se transvasam e dos efeitos que produzem para, a partir daí, construir formas de enfrentamento e de superação de problemas de saúde.
A pesquisa se deu na experiência clínica realizada no seio do Programa de Saúde da Família. Em síntese, o objetivo e o desejo foram sistematizar e compartilhar acontecimentos e questões relativas ao plano clínico e não a esta ou aquela disciplina, refletindo potencialidades, limites e vicissitudes do encontro entre o plano clínico e os coletivos, quando efetuado no âmbito de determinadas políticas de atenção básica e sob condições institucionais marcadas pela estrutura e pelo funcionamento da saúde pública.
A rigor, o design da investigação é o de um estudo de caso, na medida em que se configura pela análise de um conjunto delimitado de situações – em suas várias relações – relativas a um processo social específico: as experiências clínicas de equipes de saúde da família no Qualis II, no período de 1998 até meados de 2003.
No entanto, pela natureza das experiências e também pelo fato da pesquisa ter sido realizada em ação, isto é, com minha participação direta no processo dos atendimentos dos casos pelas equipes, a coleta, a análise e a discussão do material pesquisado não ficaram circunscritas a um enquadre metodológico rígido. Procurei escapar de traçados metodológicos apriorísticos, admitindo que o próprio movimento da pesquisa pudesse abrir novas vias de investigação, uma vez que esta é sempre relativa “a certos contextos problemáticos, singulares e contingentes, e que se traçam ao mesmo tempo em que estes se constituem” (Lopes, 1996, p. 22)
Os registros e documentos foram atravessados, o tempo todo, por minha memória das situações e acontecimentos. Não só memória de fatos e circunstâncias, mas de afetos, dos modos pelos quais as experiências me afetaram, perfazendo uma leitura singular do processo
Esse trabalho da memória também matizou o diálogo com conceitos e perspectivas teóricas, pois, embora sistemáticos, não pretenderam ser exaustivos e sim operadores da reflexão, funcionando como referências e estímulos a problematização e para dar consistência às proposições e às posições apresentadas.
O texto está organizado em duas partes, seguidas por um capítulo final. A primeira parte: “O campo da experiência”, situa e contextualiza o universo institucional no qual o trabalho se desenvolveu. No primeiro capítulo: “A cena e o jogo”, desenho um cenário bastante geral do Sistema Único de Saúde (SUS), que permite entender certos enquadres, aos quais respondem o Programa de Saúde da Família (PSF) e, particularmente, sua versão no Qualis II. Apresento também as características do PSF: suas motivações, princípios, diretrizes, formas de operacionalização, etc., demarcando semelhanças e diferenças da proposta geral do programa em relação aos modos pelos quais foi pensada e implementada no Qualis II, como também pontuo posições sobre a clínica, que serão desdobradas na segunda parte e no capítulo final.
No segundo capítulo: “A atmosfera”, tento recriar o clima do trabalho no Qualis II, sua pulsação, suas potencialidades e entraves, e suas formas peculiares de gestão, preparando o terreno para as experiências clínicas que o sucedem. O tom da narrativa neste capítulo já se aproxima daquele com que compus o relato e a discussão das questões clínicas subseqüentes; isto por considerar que o “ambiente” (político, institucional e afetivo/relacional) e a gestão do programa são atravessados pelos sentidos das experimentações clínicas e dos coletivos nos quais elas acontecem e se constituem.
Na segunda parte: “Gestos intensivos”, trabalho com quatro casos, cada um deles num capítulo, buscando problematizar e extrair daí um conjunto de questões e de proposições capazes de facultar a percepção de uma clínica no coletivo, no âmbito da saúde pública. Naturalmente, certas ordens de questões aparecem, embora com variações, em mais de um caso. Por isso, destaquei em cada capítulo apenas os aspectos que mais me afetaram, daí, inclusive retornarem com intensidade enquanto escrevia o texto. Sei também que tal procedimento é uma escolha entre outras, e escolher implica em incluir e excluir, certamente deixei de fora questões importantes, porém não tenho nenhuma pretensão de esgotar a experiência no Qualis II com esta investigação, pelo contrário, quero apenas fazer com que ela reverbere ainda um pouco mais.
No primeiro capítulo da segunda parte: “Leituras de paisagem do real”, é Júlio, um menino de oito anos à época, quem introduz numa intrincada composição coletiva, na qual se entrecruzam as dimensões familiar, escolar e saúde, como também questões relacionadas com os chamados distúrbios de aprendizagem, com formas de cognição e com dificuldades nas relações de ensino/aprendizagem da escrita. A escuta clínica ao que emerge dessas redes, desemboca na produção das “Oficinas de linguagem”, que funcionam como espaço/tempo de elaboração em relação aos desassossegos aí implicados.
No segundo capítulo: “A invenção de dispositivos clínicos”, um paciente “poliqueixoso” faz com que a equipe de saúde da família (re)avalie valores e procedimentos, se abrindo à invenção de novos dispositivos de funcionamento interno, que reorientam a dinâmica do trabalho clínico.
No terceiro capítulo: “Experiência no limite”, o atendimento de Danilo, naquilo que desdobra em termos de relações da equipe com o garoto, seus familiares e a comunidade, inclusive com grupos do tráfico de drogas, fazem com que essa experiência se mova sempre numa espécie de fio de navalha, seja pelo impacto das situações nos “corações e mentes” dos profissionais, seja pelos riscos e ameaças concretas aos quais estão expostos. Isto gera uma crise interna e traz à tona uma série de questões sobre os tipos de investimentos e de compromissos que a assunção de uma certa perspectiva de exercício clínico convoca.
No quarto capítulo: “O menino cachorro”, outra experiência clínica no limite se impõe, de novo situações extremas estão em jogo, mas aqui o que se destaca são processos de diferenciação daqueles que se implicam com o atendimento; processos fomentados e sustentados, mesmo com percalços e hesitações, desde o plano clínico, de sua potência de percepção, de acolhimento e de enfrentamento do sofrimento de pessoas e segmentos sociais.
O capítulo final: “Uma clínica no coletivo”, reúne e sistematiza elementos que, ao longo do texto, derem indicações sobre a pertinência de se engendrar potencialidades clínicas na saúde pública. Não como panacéia aos seus campos problemáticos, mas como transversalidade ou modos de relação com as intensidades e com a dimensão dos coletivos. Também enquanto movimento de resistência a tendências homogeneizantes e ao caráter hegemonicamente indiferenciado e totalizante de formulações das políticas públicas de saúde. |
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